Um Amor em Windenburg 32.
Sexta-feira, 8:00 horas da manhã.
Willow Creek.
Helena teve uma boa noite de sono, sentia-se feliz porque ela e o seu
amor, finalmente estavam se entendendo.
Mas dormiu mais do que devia.
— Ah não, tô atrasada!
"Eles já devem tá terminando o café da manhã, que bela mãe eu sou!
Tenho que me acostumar a cuidar do meu filho sem a ajuda da Jena, quando eu me
mudar, vou ter que levar ele pra escola todos os dias."
Terminou de escovar os dentes, tomou um banho rápido e foi se arrumar às
pressas.
"Será que o Jean ainda tá por aqui?..." — Ela lembra da noite passada quando esteve com ele. "Eu acho que
não tem como amar mais do que já amo aquele homem... Me apaixono um pouco mais
todas as vezes que olho naqueles olhos verdes."
Ela desce as
escadas correndo e encontra a família conversando na sala, já tinham terminado
de tomar o café da manhã. Jean estava com eles.
"Tomaram o
café sem mim? Também, tô muito atrasada e as crianças precisam ir para a
escola."
Helena observa por
alguns segundos a família conversando e comentando sobre ela, eles estavam
falando em como ela estava cansada e estressada ultimamente.
— Bom dia a todos, desculpem pelo atraso. —
Ela se desculpa, olhando para Jean completamente sem graça e feliz ao mesmo
tempo.
— Mamãe, eu senti
saudades. Ontem você não foi no meu quarto contar histórias.
— Desculpa meu
filho, eu tive um dia muito cheio e ainda tive que ir a uma... reunião de
negócios em nome do seu tio Heitor. — Ela não quis dizer que tinha ido a uma
festa, Joel não entenderia que a festa era para negócios.
— Outra reunião? —
Joel pergunta um pouco chateado.
— É o trabalho da mamãe, filho.
— Eu sinto saudades
mamãe!
Me desculpa meu
filho, eu vou compensar todo esse tempo que fiquei afastada de você, vamos
passar bastante tempo juntos daqui por diante.
Jean observa os
dois se abraçarem. As queixas do seu filho quanto ao pouco tempo que passa
junto com a mãe, faz o coração dele entristecer, mas ele se conformava em saber
que tudo ia mudar muito em breve.
— Helena, você está
bem? — Jena, pergunta com um pouco de sarcasmo.
— Bom dia, Jena! Me
desculpe pelo atraso, eu dormi demais... não sei o que aconteceu comigo.
— Tudo bem,
querida... me desculpa, é que eu estou preocupada com você, na verdade, todos
nós estamos. — Jena se arrepende do modo como falou com a sua melhor amiga.
— Não se preocupem comigo, eu estou muito bem!
— Bom dia, Jean...
— Bom dia, Helena.
Dormiu bem?
— Dormi sim.
— Tem certeza? Você
não parece descansada, está trabalhando demais?
— O quê?... Não! O
meu trabalho não é cansativo. — "Eu mato ele, tá querendo me deixar sem
graça" — Pensou ela.
Jena observa os
dois, mas não comenta sobre ter visto Helena sair do quarto onde Jean dormiu,
não comentaria sobre um assunto desses e na frente das crianças, ela esperaria por uma oportunidade.
— A sua mãe
participa de muitas reuniões, Joel, porque ela é uma excelente profissional e
nós confiamos muito nela para representar a Adams Corp. Ela precisa trabalhar
para cuidar de você. — Jena explica para Joel.
— Mas você cuida
dos meus primos sem trabalhar, tia Jena. — Joel questiona.
— Mas a sua tia
Jena não precisa trabalhar, ela tem o tio Heitor que trabalha para a família
inteira, e sua mãe ainda não se casou, por isso precisa trabalhar, no entanto,
isso pode mudar a qualquer momento, basta ela querer, o que não falta é pretendente,
eu tenho certeza!
Helena pigarreia
coçando a garganta.
— Não falta mesmo!
Mas eu realmente espero que ela escolha um à sua altura, que encontre alguém
que a mereça e que não a faça sofrer, pois Helena é muito amada por todos nós,
eu odiaria qualquer um que a magoasse. — Jena fala em um tom sério, tentando
intimidar o irmão.
Heitor e Helena se
olham, sem entender o porquê de Jena, estar daquele jeito. Ele não sabia
exatamente o que a esposa queria dizer, mas a conhecia bem para saber que ela
estava chateada e com motivos palpáveis para isso, e logo ele descobriria quais
seriam.
— Helena, nós já
tomamos café da manhã, desculpe, mas as crianças tem que ir à escola. Mas você
pode tomar o seu café com calma, tem o dia inteiro de folga. E dessa vez, é
folga mesmo! Não atenda o celular se for coisa de trabalho. Entendeu?
— Heitor, eu...
— Helena, por
favor! Você está de folga!
— Sim senhor, chefe!...
— Engraçadinha! E
você Jean, vai ficar na cidade?
— Não tenho certeza
ainda, eu preciso resolver um assunto pendente aqui. — Jean não fazia o mínimo
de esforço para esconder o seu interesse em Helena.
— Confesso que
fiquei surpreso quando o vi pela manhã. Você estava na... reunião de ontem, não
estava?
— Estava sim! Vi Helena
na reunião e viemos juntos para sua casa.
— Então vocês
vieram juntos? Eu pensei que você estivesse acompanhado da Amanda Durand?
— Não estava.
Encontrei com ela lá, nos falamos e depois nos afastamos.
— Certo!... —
Heitor, também percebeu que tinha algo diferente acontecendo, apesar de ser
mais desligado, ficou pensativo e achava um tanto inesperado o comportamento
que o cunhado vinha tendo ultimamente, mas ele conversaria com a esposa sobre
isso depois. — Fique à vontade cunhado,
a casa é sua!
— Obrigado, Heitor.
— Esqueci de avisar
que entregaram o seu carro hoje às 6:00, exatamente às 6:00 horas em ponto!
— Eu pedi que
trouxessem para mim, exatamente nesse horário, os meus funcionários sabem como
eu gosto de pontualidade.
— Claro que sabem. Você não tem a fama de
senhor implacável à toa!
Já estava passando da hora de todos saírem, as crianças se despedem e
vão para o carro.
— Se precisar de alguma coisa, ligue para
mim, Helena! — Jena, sai receosa.
— Eu ligo, mas... acho que não vai
precisar. Obrigada Jena. — Helena, desconfia que ela viu alguma
coisa.
— Olha só, finalmente a sós com você!
— Não estamos a sós, esqueceu da Maria?
— Onde ela está?
— Eu acho que ela
está arrumando os quartos.
Helena caminha em
direção ao sofá, ela iria se sentar.
— Onde você pensa que vai? — Jean pressiona Helena contra a parede.
— Jean, eu acho que a Jena viu alguma
coisa!
— Ela viu sim, estava claro que os avisos
eram para me intimidar.
— Eu não quero que ela fique chateada
comigo...
— Nem eu quero chatear a minha irmã, mas
nada me afasta de você. Nada! Entendeu?
— Não quero que você brigue com a sua irmã
por minha causa.
— Então case-se comigo. Vamos resolver logo
esse assunto?!
— Vamos sim!
Helena beija Jean
ali no meio da sala, sem se importar com alguém vendo os dois.
— Então você não me empurrou e nem me
disse, não? — Jean, não acreditou que ela o beijou sem
medo de serem vistos.
— Eu pensei que fosse o que você queria...
— Deus!... Isso é tudo o que eu mais quero!
Vamos contar agora para eles?!
— Eles acabaram de sair, vamos conversar à
noite quando todos voltarem.
— Tudo bem, eu espero, são só mais algumas
horas, não é mesmo?
— Sim. Eu quero acabar logo com essa
situação, não me sinto bem enganando a Jena e o Heitor. Eu quero me casar com
você o quanto antes... Você quer, não é?
— Você ainda tem alguma dúvida quanto a
isso? — Jean a beija intensamente.
— Eu não posso acreditar que finalmente ficaremos juntos, como deveríamos estar há sete anos.
Jean olha
para o rosto de sua amada, sentindo uma paz que há muito tempo não sentia.
— Eu te amo Jean, e sempre sonhei com esse
dia, ainda que já estivesse perdendo as esperanças de te encontrar de novo.
— Eu também te amo... mais do que consigo
expressar... você sabe disso, não sabe?
— Eu sei... Apesar de que você é um pouco imprevisível
e cabeça dura, mandão e...
— Muito apaixonado por você!... Me perdoa
se te tratei mal, foi por insegurança, mas eu prometo que você nunca mais vai
sofrer por mim. Eu vou cuidar de você meu amor, de você e do nosso filho.
— Vamos cuidar um do outro, tá bom?
— Tá bom.
— Eu queria ir ver a nossa casa, a que você
comprou pra mim, não olhei bem naquela noite.
— Aquela casa? Podemos comprar uma maior já
que vamos nos casar!
— Jean! Você comprou a casa recentemente, e
eu gostei muito dela.
— Gostou? Pensei que não tinha gostado,
você reclamou e brigou comigo!
— E depois fizemos amor na cozinha!
— Sim, é verdade..., mas Helena, aquela
casa é...
— Perfeita para nós! Eu adorei o bairro, e
é em Willow Creek, pertinho da escola dos meninos.
— Tudo bem, eu concordo por enquanto, mas
já vou avisando que não vamos ficar por muito tempo morando nela. Eu não posso
residir definitivamente nessa cidade, e quero minha esposa e meu filho ao meu
lado.
— Estaremos ao seu lado, Sr. Martinez. Vai
ser só por enquanto, até o Joel se acostumar com a nova vida que ele vai ter, e
pra falar a verdade, eu também preciso me acostumar...
— Está com medo de ser a Sra. Martinez?
— Com muito medo, mas o amor que eu sinto
por você supera qualquer medo, qualquer coisa.
— Não vai se arrepender de ser minha
esposa, em nem um segundo da sua vida.
— Espero mesmo que não, mas eu também espero
que você não se arrependa dessa decisão.
— Eu não vou me arrepender de me casar com
você. Eu quero e espero por isso desde o dia que eu beijei você pela primeira
vez, e tive a certeza de que seria minha quando se entregou para mim, naquela
casa no meio do nada...
Pouco tempo depois, eles já estavam na casa onde iriam morar
futuramente.
— Eu ainda acho que deveríamos morar em San
Myshuno, mas se você quer passar um tempo aqui para o período de adaptação do
nosso filho, então tudo bem.
— Obrigada, por
entender. Joel cresceu perto dos meninos, e se morarmos aqui ele vai poder
visitá-los com frequência.
— Você é uma
excelente mãe, eu tenho muito orgulho de você, meu amor.
— Obrigada..., eu nem sei o que dizer. —
Helena se emociona ao ouvir o reconhecimento do pai de seu filho, que é uma boa mãe, ela se dedicou
apenas ao filho e ao trabalho desde que ele nasceu.
— Não precisa
agradecer, você sabe que é muito boa em ser mãe, eu te disse isso antes mesmo
de saber que você era a minha Ellen. Lembra?
— Eu lembro!... Estremeci quando ouvi a sua
voz: rouca, macia, firme e hipnotizante, você deve conquistar tudo apenas
conversando com as pessoas.
— Não é bem assim, mas sou convincente
quando quero ser.
— Tive uma forte sensação de que era você,
mas não poderia ter certeza, era quase impossível de acreditar que era mesmo
você, não tinha o mínimo de chance de isso acontecer, o meu Marcos, irmão da
Jena?
— Me arrependo
muito de ter mentido para você, se eu tivesse falado a verdade sobre mim
estaríamos juntos e você não teria passado pelo que passou.
— Mas você não foi
único que mentiu, eu também escondi quem eu era e, fugi de você! Me perdoa por
ter sido covarde? Por não ter enfrentado o meu pai e ter deixado você?
— Não foi culpa
sua! Fiquei frustrado quando vi você, não sabia o que fazer, como me sentir...,
estava feliz e incrédulo, mas ao mesmo tempo que vinha a felicidade, eu sentia
uma raiva junto com uma dor que não cabia dentro de mim, por ter sofrido tanto
e... você sempre esteve tão perto de mim, você poderia ter me procurado, mas...
— Jean, ainda sofre com o que aconteceu no passado, mas ele tentava entender e
esquecer, para viver feliz ao lado da sua amada e de seu filho.
— Jean me
desculpa?! Eu nunca mais vou fugir de você.
— Me promete! Me
diz que você nunca vai tomar uma decisão em relação a nós sem antes conversar
comigo?!
— Eu prometo!
— Não importa o que
seja, não importa o quão grave pareça ser. Temos que conversar um com o outro e
resolver entre nós dois.
— Sim, eu prometo!
— Eu te amo demais,
Helena.
— Eu sei amor, eu
também te amo. Mais do que eu poderia imaginar amar alguém.
— Eu não sabia como
lidar com as minhas emoções, com as minhas inseguranças em relação a você, mas
de uma coisa eu tinha certeza.
— Do quê?...
— De que iriamos
ficar juntos no final de tudo. Você é metade de mim e eu não posso estar
completo sem você.
— E você é metade
de mim, e juntos tivemos um filho lindo. Eu nunca mais vou fazer você sofrer
desse jeito.
— Fique ao meu lado
para sempre, ma belle?!
— Eu fico!...
Naquela manhã de
sexta-feira, Helena e Jean fizeram juras de amor um ao outro, eles decidiram
deixar o sofrimento do passado para trás e continuariam a sua conturbada,
porém, linda história de amor.
— Você ainda não se
alimentou. Por que não quis comer nada? Eu disse que esperaríamos até você
tomar café.
— Acordei me
sentindo enjoada, acho que bebi mais do que podia naquela festa.
— É mesmo?...
— Sim, mas daqui a
pouco peço alguma coisa por telefone. Não se preocupe comigo! Quando estou
ansiosa não consigo me alimentar direito.
— Então não fique
ansiosa, tudo está se encaixando como deveria.
— Impossível não
ficar! Ainda temos que contar para o Heitor e Jena, e o que mais me preocupa, é
a reação do meu irmão quando souber que você é o Marcos.
— Vamos nos
entender, você vai ver.
Minutos depois,
Jean liga para uma equipe de profissionais em decorações de casas, que prontamente
o atenderam, pois já trabalharam para a Martinez Corp, e sabiam que o pagamento
era mais do que satisfatório, quando o trabalho era bem-feito, Jean costumava
pagar mais do que o combinado.
A equipe chegou bem
rápido, vieram conhecer a casa e conversar com os proprietários para juntos
escolherem os móveis e a decoração.
Rute Lemos, era quem comandava a equipe
que não estava completa naquele momento, inicialmente iriam tirar fotos e
depois o resto da equipe trabalhariam para completar o mais rápido possível o
serviço, até porque, Jean exigiu um prazo de no máximo três dias para que
terminassem tudo. Não seria nada fácil, mas Rute aceitou o desafio, ela sabia
que valeria a pena todo o esforço.
— Não se preocupe
Sr. Martinez. Vamos entregar a sua casa lindamente decorada e totalmente
equipada para morarem no mais completo conforto, no prazo que pediu!
— Obrigado. É
importante que tudo esteja ao gosto da minha noiva e do meu filho, qualquer
móvel ou qualquer detalhe, tem que ter a aprovação deles. — Jean já tinha
apresentado Helena para eles, como sua futura esposa e já tinha falado que
tinha um filho com Helena. Rute ficou surpresa, pois um dos solteiros mais
cobiçado do país não só iria se casar com uma completa desconhecida do seu meio
social, como já tinha um filho de sete anos com ela. Mas ela manteve o
profissionalismo, e respeitou a intimidade do casal, falando apenas de
negócios.
— Eu estou com
pressa em me mudar, mas não sei se vai dar tempo de decorar toda a casa em
apenas três dias. Acho que o Jean está pedindo muito de vocês.
— Não se preocupe Sra.
Leão! O Sr. Martinez é um ilustre cliente, ele conhece o nosso trabalho e sabe
o que podemos fazer, nesse momento a nossa equipe não está completa, quando
terminarmos de conversar e escolher os móveis ficará bem mais fácil, e o resto
é com a gente.
— Tudo bem então.
Podemos começar?
— Claro, por favor?
Naquele instante, o
telefone de Jean, toca.
— Você pode levar
Rute e a equipe, para conhecer a casa, amor? Eu preciso atender essa ligação.
Helena leva todos
para dentro, eles iriam conversar sobre o design dos interiores da casa.
Jean parecia um pouco nervoso ao atender a ligação, mas não queria que
Helena percebesse nada, ele conversou por poucos minutos e desligou.
Depois chamou Helena, para explicar que teria que sair.
— Amor, eu preciso
ir, houve uma emergência.
— Mas, o que
aconteceu?
— Uma reunião que
tinha sido adiada, no entanto resolveu fazer agora. Eu adiaria novamente para
pode ficar com você, mas é um assunto que precisa ser esclarecido o quanto
antes.
— Tudo bem, eu
entendo perfeitamente, acontece o tempo todo na Adams.
— Obrigado por entender,
Sra. Martinez, logo estaremos juntos novamente.
— Eu ainda não sou
a Sra. Martinez!
— Mas será muito em
breve.
— Vamos contar para
todos hoje ainda?
— Vamos! De hoje
não pode passar! Dormiremos na mesma cama hoje à noite.
— Isso eu não posso
prometer. Ainda estou enjoada, e cansada também.
— Se continuar com
esse mal-estar, iremos ao médico.
— Não é nada, eu já
falei que é a ansiedade, e... você não tem me dado folga. Passei sete anos sem
transar e você aparece querendo descontar todo o atraso que tive, eu estou
fraca!
— HAHAHAHA!
— O que foi? É
verdade! Você é incansável Sr. Martinez.
— Mas você não
demonstra estar cansada quando estamos fazendo amor, e ontem à noite..., me
surpreendeu.
— Vamos mudar de
assunto? — Helena ficou um pouco envergonhada ao lembrar.
— Mas esse é o meu
assunto preferido. Você nua nos meus braços. E depois que nos casarmos, vai ser
bem melhor, vou te ter todas as noites.
— Não é bem assim
não! Teremos que conversar sobre isso.
— Eu respeito todos
os seus limites, é só impor que eu obedeço. Mas você precisará de uma rotina
diferente.
— Que tipo de
rotina?
— Comida saudável e
exercícios. Terá que se fortalecer.
— Jean?!! Eu já estou
com medo do que vem por aí! Ser a Sra. Martinez não vai ser nada fácil,
mentalmente e fisicamente.
— AHAHAHAHA! Você
vai adorar ser a minha esposa, não tem outra escolha Sra. Martinez! Eu avisei
que o Jean, é bem mais intenso do que o Marcos, você me escolheu.
— Eu prefiro você
de verdade, com todas as qualidades e defeitos.
— Pois é, mas eu
queria a Ellen!
— O quê?? Como
assim?
— É que ela era
incansável. Se bem que eu tinha que pegar leve sendo o Marcos Silva.
— Você tá me
chamando de velha? Eu não estou tão cansada assim, é só o trabalho e todo esse
turbilhão de coisas que...
— Ei amor, você não
está levando isso a sério, está?
— Mas...
— Eu estou
brincando, Helena. Só queria fazer você sorrir um pouco. Me desculpe?
— Eu é que peço
desculpas! Ando tão sensível
ultimamente. Acho que preciso mesmo de férias, como o Heitor me sugeriu outro
dia, me afastar um pouco do trabalho.
— E nós vamos. Onde
você quer passar a nossa lua de mel?
— A nossa lua de
mel?
— Sim, a nossa lua
de mel. Esqueceu?
— Podemos ir para
dois lugares?
— Podemos ir para
onde você quiser! Mas não esqueça que nosso filho irá junto.
— Então eu quero ir
em Windenburg, passar uns dias na sua casa que antes era aquela pousada,
reviver algumas lembranças junto com você, e depois iremos para Sulani, Joel
sempre me pediu para conhecer a praia.
— Nós iremos e
compraremos uma casa lá, sempre que ele quiser ir passear, terá o conforto que
merece ter. A minha família terá tudo de melhor que eu puder dar.
— Você é meu amor
de Windenburg, e será o melhor pai que uma criança pode ter, não por causa do
dinheiro que tem, mas pelo amor que você sente pelo seu filho. Eu tenho muita
sorte em ter você, meu futuro marido.
— Minha futura
esposa... Eu te amo tanto. Mas preciso ir agora, tenho que estar na reunião
daqui a pouco. Não vai ficar chateada, vai?
— Tudo bem amor, eu
não vou ficar. Vai lá resolver o que tem para resolver, e depois volta para
mim?!
— Volto! O mais
rápido possível.
Jean se despede de Helena e sai para o seu compromisso inesperado.
Helena conversa com Rute Lemos, e as horas passam sem que ela perceba.
Elas já tinham decidido quase todos os móveis que comparariam para a casa.
O inesperado não só aconteceu com o compromisso de Jean Martinez, mas
também com uma visita na nova casa do futuro casal.
"Então é aqui que ele quer esconder ela de mim? Não vou admitir que
o meu futuro marido tenha uma amante, isso não faz parte do nosso acordo! Ela
vai saber de tudo que aconteceu e está acontecendo entre nós. Vamos ver se
ainda vai aceitar brigar por ele comigo!"
Amanda Durand, apareceu sem que Helena ou Jean esperasse.
Continua...
Acho que Joel vai ganhar um irmão.
ResponderExcluirTambém acho kkkkk
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