O Poder Do Destino. Capítulo 20.

 





Windenburg. 14h00. Mansão Brandão.


Hugo atendeu ao pedido nada amigável de Vivian, que exigira uma conversa.





Ivoneide, uma das diaristas recém-contratadas por Vivian, foi quem o recebeu. Todos os funcionários fixos haviam sido dispensados por ela — exceto o motorista, mantido por insistência de Otacílio. A diarista, sem saber ao certo com quem estava lidando, apenas seguiu as ordens: conduzi-lo até a área da piscina, onde Vivian o aguardava.





Mas Hugo sabia o caminho. Seguiu em silêncio, firme como um juiz diante da sentença que precisava ser dada. Vivian o esperava ansiosa, trajando uma saia azul curta e um cropped da mesma cor, semi-transparente. Usava salto agulha, maquiagem impecável e suas joias favoritas. Queria estar deslumbrante. Irresistível.
Queria ser amada — nem que fosse à força.






Mas Hugo não estava ali por vontade. Vivian ousara pronunciar o nome de Pedro — um aviso claro. Se ela descobrisse sobre Amanda, o perigo seria real.






Seja bem-vindo, meu amor! — disse ela com um sorriso largo. — Que bom ver você… só não estou mais feliz porque minha conta está quase zerada.

Você ficou com uma boa quantia. O suficiente para se manter. Sei que pode conseguir mais.

Você podia ter esperado um pouco mais! Eu preciso desse dinheiro pra investir nos meus negócios… falta tão pouco pra gente ficar milionários!

Não me inclua nos seus planos. Já disse que não quero mais nada com você.







Estamos juntos há tanto tempo e você quer me descartar assim?! Não lembra de tudo que passamos? Quantas vezes precisou de mim pra aplicar os seus golpes?

Agora você é livre. Não deve mais nada a ninguém. Nem a Marcelo, nem a mim.

Livre? Eu não vejo liberdade sem você!

Por quê? Porque eu trago lucro? Porque você não sabe se sustentar sozinha?

Você não entende… eu nunca trabalhei pra você. Eu te amo. Sempre fiz tudo por amor.






Você não sabe o que é amor. Nunca soube.

Vivian estranhou o tom. Hugo nunca falava sobre sentimentos. Era discreto, frio.
Mas ali… havia algo. Um eco distante de emoção. E isso a inquietou.

E você sabe? — ela rebateu, encarando-o.
Ele hesitou por um instante — e então respondeu, firme como uma rocha:

Não. Mas um dia saberei. E não será com você. Nunca senti amor por você. Éramos parceiros de negócios, e só.

Parceiros de negócios que transavam o tempo todo?! Que dormiam juntos quase todas as noites? Que dividiam conta bancária? Isso não é só negócio!





Era e sempre foi. Agora siga com a sua vida. Me deixe em paz. Não me ligue. Não me procure. Você já me pagou o que devia — e isso é tudo.

Vivian endureceu a expressão, ferida.

Você tem alguém… não tem? Encontrou outra pra ocupar o meu lugar?! Quem é ela? Conhecida? Conheceu aqui?

Ninguém ocupará o seu lugar.







Vivian se iluminou com as palavras. Acreditou que ele, no fundo, ainda a considerava especial.
Deu um passo à frente, sorrindo.





Vamos conversar lá dentro. Reservei um quarto só pra nós dois. Tá muito calor aqui fora…

Mas Hugo apenas a encarou, com repulsa nos olhos.





Quando ela tentou se aproximar, ele a segurou pelo braço, firme.
Vivian queria tocá-lo como antes… mas o passado não se repetiria.

O que pensa que está fazendo?

Quero sentir o seu cheiro… o gosto da sua pele… Tô com saudade de você.

Mas eu não quero que se aproxime de mim! Já disse que acabou!

Mas você disse que ninguém vai ocupar o meu lugar! Você gosta de mim!





Ninguém ocupará seu lugar porque não quero me envolver com gente como você. Não cometerei os mesmos erros. Me arrependo do que fiz com Marcelo — e sei que vou pagar por isso. Mas não quero mais nenhum vínculo com você.

Foi legítima defesa! Ele ia matar a gente! Não se culpe… e não me culpe!

Aquilo foi legítima defesa, sim. Mas e as mortes que você ainda planeja? Quantas vidas mais vai tirar, Vivian? Por ganância? Por prazer?

Faço isso pra sobreviver. E faço por você também! Só quero viver bem… ser feliz ao seu lado. Eu te amo, Hugo!







Hugo sentiu um arrepio de nojo. Um gosto amargo na garganta.
Empurrou-a para longe.






Não quero o seu amor doentio! Afaste-se de mim ou eu acabo com você!






Vivian caiu sentada no chão, gritando de dor.
Mas nenhum dos empregados ouviu.
Ou talvez tenham preferido não ouvir.





Você se diverte me machucando?

Achei que você gostasse. Sempre pedia isso durante o sexo, não? — ele cuspiu as palavras. — Já chega. Você me adoece com a sua loucura. Não me procure mais. Ou estará procurando a morte.

Eu não vou desistir de você!

Se preza pela sua vida… desista.






Enquanto o silêncio enfim se instalava entre os dois, a calmaria da mansão era interrompida: Otacílio chegava, acompanhado de seu médico e do motorista.






O médico cardiologista Murilo Garcia Lopes, cúmplice e amante de Vivian, era um homem de 38 anos, casado e pai de duas crianças. Apaixonado por ela, seguia fielmente suas ordens, mesmo quando o coração pesava.

— Vamos direto para o seu quarto, senhor Brandão. Precisa tomar a medicação e repousar — disse Murilo, com a serenidade profissional que escondia intenções mais sombrias.

— Vou falar com minha noiva primeiro, e irei em seguida.






Ao entrarem na casa, foram surpreendidos por Hugo, saindo.




Otacílio parou, intrigado com a cena inesperada.
“O primo de Vivian? O que ele faz aqui… Ela não me avisou da visita, muito menos que ele já estava em casa.”

Murilo franziu o cenho. Não conhecia Hugo; Vivian ainda não os havia apresentado.
Primo dela? O que ele veio fazer aqui?” — pensou, desconfiado.






Hugo percebeu o desconforto nos olhares dos dois homens.
Por essa, a Vivian não esperava. O velho chegou antes do programado.
Mesmo contrariado com os planos dela, decidiu manter o silêncio. Expor Vivian naquele momento poderia prejudicar a ambos — e Hugo sabia o quanto ela era capaz de se vingar.






Vivian, ao ouvir vozes, desceu apressada. O nervosismo queimava sob a pele.
O que esses dois estão fazendo aqui? Do jeito que o Hugo está com raiva, pode falar o que não deve!” — pensou, tentando controlar o pânico. Precisava afastá-lo antes que ele soltasse alguma verdade inconveniente.






— Não sabia que vocês tinham visita hoje — comentou Murilo, disfarçando a tensão com um sorriso.

— Eu também não. Esse é Hugo, o primo de Vivian. Ela não me avisou da visita — disse Otacílio, ainda com a testa franzida.

— Primo? Sua noiva tem parentes em Windenburg? — Murilo indagou, desconfiado.

— Ele só está de passagem pela cidade.





Hugo aproximou-se com naturalidade e cumprimentou Otacílio. O velho, educadamente, o apresentou a Murilo.





Vivian chegou antes que a conversa avançasse.





— Otacílio? Dr. Murilo? O que aconteceu para estarem em casa a essa hora?

— O senhor Otacílio me ligou dizendo que estava com mal-estar. Trouxe-o para medicá-lo em casa — explicou Murilo, lançando um olhar enviesado a Hugo.

A presença dele o incomodava. A tensão entre os três era palpável.

— Eu não sabia que seu primo nos visitaria hoje, minha querida — comentou Otacílio, lançando a Vivian um olhar que mesclava desconfiança e reprovação. Ele ainda se lembrava da frieza com que Hugo tratara a prima na última visita.

— Foi inesperado. Eu já estava decidida a ficar em casa quando ele me ligou dizendo que estava na cidade — começou Vivian, nervosa.

Mas Hugo a interrompeu, firme.

— Me desculpem por vir sem avisar. Vim por negócios. Havia uma dívida entre nós, agora resolvida. Não poderei comparecer ao casamento. Em breve estarei deixando Windenburg.

— Pois é, era uma coisa boba. Mas está tudo resolvido — disse Vivian, tentando parecer serena. — Que pena que vai embora antes do casamento.

— É uma pena mesmo… Já que está de partida, gostaria de convidá-lo para um almoço de despedida. Você é o único parente de Vivian que conheço — sugeriu Otacílio.

— Vamos marcar outro dia — respondeu Hugo, mantendo o tom cordial, mas o olhar firme se voltou para Murilo. — Ouvi dizer que o senhor não está se sentindo bem. Isso tem acontecido com frequência?

— Sim… Náuseas, tonturas. Mas Vivian e o doutor têm cuidado bem de mim. Logo estarei bom — respondeu Otacílio, tentando tranquilizar a todos.

— Talvez seja a hora de procurar outro médico, em outro hospital. Um segundo parecer seria prudente — disse Hugo, fixando o olhar em Murilo com uma frieza cortante. O subentendido era claro: ele sabia.







Murilo sustentou o olhar, mas não respondeu. Algo em Hugo o intimidava.

Vivian interferiu rapidamente.

— O Dr. Murilo é um excelente profissional. Otacílio não precisa de outro médico! — disse, forçando um sorriso. — E Hugo já está de saída. Ele me disse que tem um compromisso e está atrasado.

— Sim. Estou de saída. Adeus a todos.






Virou-se e saiu pela porta da frente, deixando um rastro de desconfiança e tensão no ar.





— Ele disse “adeus”? Não íamos almoçar juntos antes de ele partir? — perguntou Otacílio, surpreso.

— Não conte com isso, amor. Hugo está com pressa para viajar — respondeu Vivian, tentando manter o controle da situação.

— Esse seu primo é diferente de você… Não parecem da mesma família. Chega a ser mal-educado.

— Eu avisei que ele não gosta de socializar. É o jeito dele. E, Dr. Murilo, não leve a sério o que ele disse. Confiamos plenamente em seu trabalho.

— Não me incomodei. A opinião de terceiros não tem importância. Apenas a dos meus pacientes importa. Mas devo concordar com o Sr. Otacílio: o primo é desagradável.

— Não se preocupe, ele não voltará mais a essa casa — garantiu Vivian, com firmeza.







Otacílio, ainda fraco, foi acompanhado pelos dois até o quarto. Ele estava sonolento, sentindo fraqueza e resolveu descansar até que passasse o mal-estar.




Aceitou os medicamentos que Murilo lhe ofereceu — os mesmos que tomava há dias, e que, aos poucos, corroíam sua saúde.

Deitado, murmurou para si:
Talvez eu devesse seguir o conselho do primo da Vivian… Não vejo melhora. Sinto que estou piorando a cada dia.

As palavras de Hugo ecoavam em sua mente. Fingiu ignorá-las, mas plantaram uma dúvida que crescia como erva daninha.

— O senhor vai acordar se sentindo melhor. Descanse para que o medicamento faça efeito — disse Murilo, com suavidade.

— Sim, vou descansar… Estou tão fraco que até levantar o braço é um esforço. Obrigado pelo pronto atendimento, doutor.

— Por nada. Só estou fazendo o meu trabalho. Agora tente dormir, por favor. Preciso voltar ao hospital.






— Isso mesmo, amor… descanse logo. Eu fico aqui, cuidando de você. — A voz de Vivian era um manto doce cobrindo uma lâmina afiada.

— Não queria te dar tanto trabalho, Vivian… Às vezes penso que você não merecia passar por isso. Talvez devesse ter escolhido um marido mais saudável… — Otacílio falava com dificuldade. O medicamento já fazia efeito, puxando-o para o sono como uma âncora no fundo de um lago.

— Não fale isso de novo. Eu amo você. Não quero outro. Esse mal-estar vai passar assim que você acordar. — "Dorme logo, seu desgraçado… Amo o seu dinheiro, e não posso sair do seu lado até que morra de vez!" — pensou ela, com o mesmo sorriso suave com que mentia.







Minutos depois, Otacílio dormia pesado, entregue ao torpor da dose dobrada.






— Ele dormiu mesmo? Não vai acordar se a gente fizer barulho? — A pergunta foi feita com os olhos semicerrados, já cheios de promessas maliciosas.

— Dormiu. Dobrei a dosagem do calmante. Deve ficar assim por umas oito horas. — respondeu Murilo, num tom cauteloso.

— Ótimo. Quero transar com você. Aqui. Neste quarto.

— Aqui?... Vivian, eu não acho que…

— Vai recusar?







Murilo hesitou, olhos fixos no corpo dela como um náufrago encara a terra firme.
— Primeiro vamos conversar sobre aquele suposto primo. Quem é ele? — Murilo não estava convencido sobre o parentesco entre Vivian e Hugo. — É por isso que gosto de você… Você é esperto, inteligente e ainda, é bonito!… Na verdade, esse gostar está virando algo maior, mais importante. — Vivian sabia como virar o jogo a favor dela, envolvendo as pessoas da forma como ela queria. — Vivian… Eu também gosto muito de você, a ponto de não desejar mais a minha esposa. Penso muito em você o dia inteiro. — Então por que me olha com essa desconfiança? — Ele parecia saber demais. Sobre nós, sobre o que está acontecendo com Otacílio. Você contou algo pra ele? — É meu ex!… Eu devia um dinheiro pra ele, mas já paguei. Não se preocupe com ele, não é ninguém importante, só uma pessoa do passado, e não contei nada pra ele, não pode nos prejudicar! Só tá de passagem pela cidade e decidiu me cobrar, agora que tá sabendo que eu vou me casar com esse velho e ficar rica.







— Vocês ainda têm algo? — Não! Não temos nada mais, ele só tá passando pela cidade e já vai embora, como ele mesmo disse. — Vivian fingiu um desapontamento sutil. — Quantas perguntas, doutor?
— Desculpa. É que… o que estamos prestes a fazer é grave. Podemos acabar presos. Eu só preciso garantir que estamos seguros. — Nós estamos!… Você tá inseguro quanto a morte do velho ou pelo que sinto por você? Parece ser ciumes. — Eu… não quero dividir você!… Estou apaixonado. — Murilo estava apaixonado por Vivian, não se relacionava sexualmente com sua esposa desde que começou a traí-la com Vivian, o casamento estava abalado.








Ele não resistiu. A puxou para si, erguendo-a sobre a cômoda. Os beijos se misturaram com a respiração ofegante, e o quarto se encheu de um calor indecente, ignorando a presença adormecida de Otacílio.

— Não vai dividir! Sou apenas sua, ninguém mais toca no meu corpo além de você, meu amor. — Você é tudo para mim, Vivian! Não estou fazendo isso só pelo dinheiro, eu, quero ficar com você!… Ainda quer transar aqui, no quarto dele? — Murilo pergunta para ela, ele olha para Otacílio que estava dormindo na cama ao lado. — Quero que me foda com todo o desejo que você tá sentindo — sussurrou ela. — Quero fazer isso… olhando pra ele. — Você está com raiva dele? O que ele fez? Tentou forçar de novo? — Não. Os remédios que você me deu resolveram isso. Ele não toca mais em mim. Obrigada, meu amor. — Vivian, havia dito para Murilo, que Otacílio a incomodava frequentemente tentando ter relações sexuais com ela, disse ainda que ele a forçou após ter bebido demais, e que ela não reagiu como deveria por medo de que ele a deixasse, pois se isso acontecesse eles não se casariam e o plano não seria concretizado, mas ela não estava falando a verdade, estava mentindo para controlar Murilo a seu favor.






Ele acreditava. Acreditava em tudo.
— Você é linda demais pra esse velho. Tão viva, tão cheia de paixão… Quero que seja minha. Não quero que esse velho force você a fazer o que não sente vontade. — O máximo que acontece entre nós, é um beijo sem gosto ou um abraço. Eu sou sua. Com você eu quero tudo. Porque amo você, Murilo. — Vivian, você tem certeza do que está dizendo? — Murilo, mal podia acreditar que ela estava mesmo dizendo que o amava. — Certeza absoluta. E ele acreditou de novo. A beijou com fome e ternura.






Murilo segura carinhosamente o rosto de Vivian com uma mão, e declara suas verdadeiras intenções para ela.
— Quero me divorciar, e quem sabe com um tempo podemos nos casar, não penso em outra coisa a não ser você… acho que estou enlouquecendo, sinto o seu cheiro até dormindo. Ouço a sua voz, o seu gemido de prazer o tempo todo, é só fechar os olhos que consigo sentir tudo. — Você ainda fica com ela? Pensa em mim quando tá comendo ela? — Pensava quando ficava, mas agora não consigo mais transar com ela. — Só fica duro pra mim?… Hmmm… Quero você agora, Murilo.






O desejo deles incendiava o espaço entre o luxo e a decadência. Vivian, sempre no controle, jogava com a mente de Murilo como uma pianista veterana. Sabia qual nota tocar, e em que intensidade.

— Já que você quer transar aqui, então vamos fazer melhor.
— O que você planeja, doutor?
— Quero começar na cama dele.
— Você me surpreende, doutor safadinho.





Murilo e Vivian, passaram da cômoda para a cama, sem respeito algum por Otacílio, que estava dormindo ao lado.





— Depois que ele morrer, vamos ficar juntos? — ele pergunta, com o rosto colado ao dela.
— Achei que tinha entendido que sim, quando eu disse que amava você.
— Ahhh, meu amor! Amo tudo em você… sua voz, seu cheiro, esse corpo maravilhoso.
— Então me mostra.






— Sempre fogosa! — Vamos para o sofá. Esse velho com cara de morto tá me dando enjoo. — Vivian olha para Otacílio, que dormia profundamente. — Pensei que isso te excitava. Mas vamos para onde você quiser ir.





Foram para a mesa de centro. Vivian, no entanto, se sentia entediada.

"Esse idiota é péssimo. Pau pequeno, sem pegada, soca fofo… AAAA! Prefiro mil vezes sexo com a Rayca. Tenho que reconsiderar quem vai morrer. Ele… ou ela?" — Vivian teria que escolher um dos dois para continuar com o plano, inicialmente escolheu Murilo, por ele ter mais utilidade devido à sua profissão e por ter uma família, se ele sumisse de repente a família poderia trazer complicações procurando por ele, mas a incompatibilidade sexual estava pesando muito nessa escolha, ela não gostava de fazer sexo com Murilo.






Murilo, por outro lado, estava entregue. Cego de paixão. O médico estava completamente nas mãos de Vivian.





— Murilo… puxa meu cabelo com força. Me bate!

— O quê?! Você quer que eu bata em você?

— Isso mesmo! Na bunda, na cara, onde quiser!
— Vivian... Não posso fazer isso. Vai machucar você!
— Ou você me bate… ou sou eu que bato em você! — Ela estava sedenta por algo mais bruto, mais real. Algo que a lembrasse de Hugo. — Tu… tudo bem… vou tentar então! —Murilo tentou. Sem jeito. Sem força. Sem tesão. — Bate mais forte!! — “Que imbecil, não sabe fazer nada direito! QUE ÓDIO! Tenho que pensar no Hugo, mais uma vez pra sentir orgasmo, ou fingir como sempre faço quando fico com esse lerdo!”






Depois do sexo:

— Te machuquei? — ele pergunta, preocupado.

— Não chegou nem perto. — Ela sorri, ironicamente.

— Que bom… eu… fiquei com medo.

— Que fofo. — "Homem mole… insuportável!"



Continua…

Dr. Murilo.
Imagem gerada por IA.



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