O Poder Do Destino. Capítulo 15.
Essa história é fictícia e foi inteiramente criada por mim. Patrícia Leal.
Tartosa. Domingo 18:00.
Caminhando pela beira-mar de Tartosa, o mundo parecia desacelerar ao redor de Hugo e Amanda.
A luz dourada do fim de tarde beijava os paralelepípedos da calçada, e o som das ondas quebrando suavemente nas pedras acompanhava seus passos — como se o próprio mar quisesse participar da conversa.
Amanda olhava tudo com olhos de encantamento.
— Que lugar lindo!… — disse, quase em sussurro, como se tivesse medo de quebrar o encanto com palavras altas demais.
Hugo a observava com um meio sorriso discreto, satisfeito.
— Fico feliz que você tenha gostado. Não conhecia essa cidade?
Ela balançou a cabeça, ainda encantada.
— Não, nunca vim aqui. Parece cenário de filme. Ou de livro romântico… — olhou para ele de lado, sem sorrir completamente, mas deixando no ar a provocação tímida.
— Talvez seja — ele respondeu, desviando os olhos para o horizonte, onde o mar encontrava o céu numa linha quase invisível. — Ou talvez seja só um bom lugar pra lembrar que a vida pode ser mais leve… de vez em quando.
O vento soprou leve, bagunçando o cabelo dela. Amanda riu.
E pela primeira vez em muito tempo… Hugo sentiu vontade de guardar uma tarde inteira dentro do peito.
Os dois caminhavam pela passarela de pedra que levava ao restaurante, com o mar cintilando ao redor como um tapete vivo de azul e dourado. Amanda seguia ao lado de Hugo, tentando entender como haviam chegado até aquele pedaço escondido do paraíso.
O vento sussurrava entre as árvores retorcidas, e o céu tingido pelo pôr do sol parecia abençoar a ocasião com cores que só a natureza sabia misturar.
— É de um conhecido de longa data — Hugo respondeu com naturalidade, como se alugar um restaurante inteiro fosse algo comum em sua rotina.
Amanda parou por um segundo e olhou para ele, confusa.
— E quem são aqueles homens de preto?
— Seguranças — ele disse, com um leve encolher de ombros. — Mas não se preocupe com eles, estão aqui somente para proteger os clientes.
— Proteger de quê?
— De possíveis ameaças. Naturalmente… como em qualquer outro restaurante.
Ela arqueou uma sobrancelha, incrédula.
— Não nos restaurantes que eu tô acostumada a ir!
Hugo sorriu de canto, quase se divertindo com a sinceridade dela. Estava acostumado a blindar a própria vida, a se mover entre sombras e riscos calculados. Amanda, por outro lado, era luz pura — e ele sabia disso.
— Vamos relaxar, aproveitar a paisagem e a boa comida. Tudo bem?
Ela hesitou por um segundo, mas depois assentiu com um leve sorriso.
— Tá bom… Mas só porque o lugar é lindo demais pra desperdiçar com preocupação.
Eles continuaram a caminhada em silêncio por um momento. O som das ondas, a brisa salgada e o céu se preparando para a noite criavam uma moldura digna de lembrança.
Hugo, mesmo sem dizer, sabia: aquela noite era uma tentativa de mostrar a Amanda um pedaço do mundo dele — um mundo cheio de cercas invisíveis, mas onde, pela primeira vez, ele desejava construir pontes em vez de muros.
O restaurante branco surgia à frente como uma joia esculpida entre palmeiras e ondas. Flores lilases se derramavam dos beirais, e uma árvore de folhas rosadas dominava o jardim central como se tivesse brotado ali só para testemunhar o encontro deles. Era o tipo de lugar que parecia existir fora do tempo — mas não fora dos segredos.
Amanda caminhava ao lado de Hugo, os passos sincronizados no compasso calmo de quem quer prolongar o momento. Ele, sem pressa, passou o braço direito pelas costas dela, puxando-a suavemente para perto. Era raro vê-lo assim — leve. Talvez até vulnerável.
— Esse restaurante… — ela começou, hesitante, olhando ao redor. — É mesmo só de um amigo?
— Um velho conhecido — ele respondeu, mantendo o tom neutro. Não era mentira. Mas a verdade carregava muito mais peso do que ele queria pôr nos ombros dela.
O proprietário era um membro importante da irmandade — uma organização tão oculta quanto eficaz, especializada em proteger certos tipos de pessoas. Pessoas como ele. Pessoas como Vivian. Amanda não fazia ideia do quão profundo era o mundo em que pisava agora, nem de quão caro era o preço da segurança naquele lugar. Hugo ainda fazia parte, pagava religiosamente por essa "tranquilidade". Vivian havia deixado de pagar — e foi isso que a afastou. A irmandade não perdoava dívidas.
— A gente nem precisava comer nada — disse Amanda enquanto admirava o lugar. — Só o passeio já valeu a pena! É lindo demais… eu moraria aqui pro resto da minha vida.
Hugo sorriu, aquele sorriso contido, quase secreto, como quem tem o mundo inteiro escondido atrás dos olhos.
— Eu disse que escolheria um lugar especial… e que você iria gostar.
— Eu adorei! Que bom que você ganhou aquela aposta. Só vieram coisas boas pra mim!
— Não concordo… — ele respondeu com a voz baixa, rouca de sinceridade. — Tenha certeza de que o maior beneficiado fui eu.
Amanda arqueou uma sobrancelha, rindo com suavidade.
— Mas a aposta foi meio injusta pra você. O lucro que tivemos das vendas foi pra loja, e até hoje só vendemos bem porque você ajudou muito. E por ajudar, o que ganhou foi me levar pra sair, gastando com tudo isso e ainda me trazendo pra um lugar que, convenhamos… não deve ter custado pouco. Que benefício você teve?
Hugo parou por um segundo, encarando o mar por cima do ombro dela. O sol refletia nas ondas como ouro derretido.
— A sua companhia. Estar com você… eu não queria outra coisa além disso.
Amanda o fitou em silêncio. O coração, até então leve e festivo, deu um tropeço no peito.
— Você me deixa confusa… não sei como isso pode ser um prêmio?
Ele se virou, a mão procurando a dela.
— Não sabe o valor que você tem. É preciosa… valorosa… inestimável pra mim.
A sinceridade do olhar dele pesava mais do que qualquer joia que pudesse carregar. Amanda desviou o rosto, tentando disfarçar o rubor.
— Hugo… eu não sei o que dizer. Mas obrigada!
— Não precisa dizer nada… — ele respondeu, e apontou adiante. — Olha, chegamos.
O restaurante surgia imponente mas acolhedor, coberto de flores e luz suave. No meio do salão, uma cerejeira exuberante se erguia como uma guardiã antiga, desafiando o tempo.
— É um restaurante tão fofo! Tem uma cerejeira bem no meio dele?!
— Essa árvore já estava aí quando o proprietário comprou o lugar — explicou Hugo. — Então ele decidiu preservá-la.
— Ele deve ser um homem bom… poupou a vida dessa árvore linda!
Hugo soltou uma risada seca, sem ironia, mas com uma sombra no olhar.
— Hmm… isso é relativo. Depende do ponto de vista… e do conceito do que é ser bom ou mal.
— Seja bom ou mal, ele deixou ela aí — disse Amanda, teimosa, como se quisesse proteger a inocência daquela árvore com as próprias palavras.
— Sim — ele respondeu, e estendeu a mão. — Vamos entrar?
— Vamos!
Lá dentro, tudo era cuidadosamente planejado. A recepcionista, os garçons, o barman, até mesmo os cozinheiros… todos eram agentes discretamente treinados, prontos para agir ao menor sinal de ameaça. Para quem conhecia os bastidores, o restaurante era mais uma fortaleza do que um estabelecimento gastronômico.
As horas passaram devagar, como em um sonho. O jantar foi impecável, os sabores intensos, a conversa fluindo entre sorrisos e olhares roubados. Do lado de fora, o céu escurecia em tons de azul profundo, enquanto as luzes do restaurante começavam a brilhar como vagalumes presos no tempo.
Hugo observava Amanda sorrir, falar, encantar-se com tudo. E no fundo do peito, sentia algo que ele ainda não ousava nomear. Era como se, pela primeira vez em muito tempo, ele estivesse vivendo algo que não precisava esconder.
Hugo conduziu Amanda até os fundos do restaurante, onde a vista para o mar era ainda mais impressionante. Ali, entre rochas e o sopro salgado da brisa, o tempo parecia parar. O céu, num tom entre azul e dourado, resistia à chegada da noite.
Amanda suspirou alto, com um sorriso encantado no rosto.
— Quanta água… parece que não tem fim! E olha isso… já são quase oito da noite e ainda tá claro! Como pode?
Hugo, com um braço envolto nos ombros dela, respondeu com uma calma que contrastava com a agitação interna que sentia ao tê-la tão perto.
— Nessa época do ano é assim nessa cidade. Deve haver alguma explicação lógica para isso… mas eu prefiro acreditar nas lendas que os moradores contam.
— Ah, é? Que lendas?
— Dizem que Tartosa é a cidade do amor… Que a vida aqui é mais longa, que o tempo passa devagar. E que quem se casa aqui vive feliz para sempre.
Amanda arregalou os olhos, encantada com a ideia.
— Então, se um dia eu me casar… quero que seja aqui!
— Se um dia eu me casar… também quero que seja aqui.
Ela se virou para ele, rindo com surpresa.
— Você quer se casar?
Hugo demorou um segundo para responder. O olhar dele, geralmente tão seguro, parecia mais suave agora.
— Acho que ainda não tô pronto… mas talvez um dia. Com alguém assim… como você.
— Assim como eu?
— Exatamente como você.
— Não existe ninguém exatamente como eu! — ela respondeu, fingindo um ar convencido. — Então você vai ter que se casar comigo!
Ele fingiu um suspiro dramático.
— Você tá me pedindo em casamento, Amanda?
— O quê?! Claro que não!
— Ué… você não acha que tá indo rápido demais? Mal nos conhecemos… mas tudo bem. Eu aceito.
— HUGO?! Você não disse que não estava pronto?
— Posso apressar as coisas. Fico pronto rapidinho.
Ela gargalhou alto.
— Quero um anel então! Nada muito caro… só com dois brilhantes!
— Dois brilhantes? Hugo! Ah, vou ter que trabalhar muito pra me casar com você!
Ele sorriu, mas dessa vez havia algo mais ali — uma ternura genuína, profunda.
— Eu seria um dos homens mais felizes desse planeta. Ter você comigo todos os dias… pra sempre? Seria um sonho.
Amanda ficou em silêncio, olhando para o horizonte. As ondas pareciam responder por ela, suaves e constantes.
— Você se casaria comigo?
Ela demorou, mas quando respondeu, a voz saiu baixa, quase um sussurro:
— Eu… acho que sim. Gosto muito de você. Muito mesmo.
— Eu também gosto muito de você — ele disse, puxando-a um pouco mais para si. — Farei você me amar. E quando isso acontecer… quando tiver certeza… voltaremos aqui e nos casaremos.
E ali, com o vento bagunçando os cabelos dela e o mar contando histórias de eternidade, Amanda pensou — pela primeira vez — que talvez fosse possível ser feliz para sempre.
O beijo deles ainda pairava no ar, mesmo depois de os lábios se separarem. Era como se o mundo ao redor tivesse parado para testemunhar aquele instante. Entre carícias, sorrisos e olhos que diziam mais do que qualquer palavra, Hugo não tinha mais dúvidas: estava apaixonado.
Amanda também parecia mergulhada nessa certeza silenciosa. Eles se abraçavam, trocavam beijos com uma naturalidade que parecia antiga, como se seus corpos já se conhecessem de outras vidas.
Mas mesmo envolto naquela magia, Hugo sabia — um casamento, ao menos legalmente, era impossível. A vida que levava não permitia esse tipo de sonho… não ainda. Mas sonhar, ah, sonhar era permitido.
— Obrigada…
— Por aceitar se casar com você?
Ela sorriu, balançando a cabeça com aquele jeitinho espontâneo.
— Tô falando sério! — riu baixinho. — Obrigada por me trazer aqui… e por me tratar tão bem.
— Você não precisa agradecer por isso, Amanda. Você merece muito mais do que isso.
— Mesmo assim, eu agradeço! Esse lugar é lindo, a comida é uma delícia… mas achei estranho. Não tinha mais ninguém no restaurante. Será que fomos cedo demais?
Ela não sabia da verdade — não ainda. Não sabia do quanto Hugo queria que aquele momento fosse só deles.
— Eu reservei o restaurante. Queria que fosse um momento nosso. Havia outro lugar em mente… cheguei a pagar por ele, mas… percebi que talvez você não aprovaria.
Amanda arregalou os olhos.
— O quê?! Você… reservou o restaurante inteiro?
— Foi o que eu disse.
— Hugo… quanto isso te custou?
— Não muito. E é falta de educação perguntar isso, viu?
— Hugo!! Eu não quero que você faça isso de novo! Podia ter me levado pra tomar café numa padaria, como fizemos aquele dia. Eu teria gostado do mesmo jeito.
— Mas você disse que adorou estar aqui. E, convenhamos… é mais bonito que uma padaria.
— Mas custou caro!…
— Valeu cada centavo.
Ela segurou o rosto dele por entre as mãos, tentando manter a seriedade, mas o olhar entregava a ternura.
— E o outro lugar? Qual era?
— Um lugar onde pensei que poderíamos passar a noite. Contratei duas pessoas pra nos atender. Mas fui precipitado. Deveria ter perguntado se você queria dormir comigo antes de organizar tudo.
Amanda se calou por um instante. Seu coração acelerou.
— Você não dá valor ao dinheiro que ganha?
— Dou, sim. Mas o que eu gasto com você… é o melhor investimento que já fiz. Você vale mais que qualquer cifra, Amanda.
— Você já pagou mesmo por esse outro lugar?
— Já. Mas não se preocupe… se você quiser, só esperamos o anoitecer e voltamos pra casa.
Amanda, então, olhou bem dentro dos olhos dele. Sua voz saiu mansa, mas cheia de decisão.
— Você não vai me perguntar se eu quero ir?
Ele sorriu, encantado com a coragem dela.
— Amanda… você quer dormir comigo essa noite?
Ela mordeu os lábios, tentando conter o sorriso que escapava.
— Quero.
Os Penhascos em Windenburg
A distância e o tempo para se chegar até uma cidade do mundo de The Sims 4 é pura imaginação da minha cabeça. Não pesquisei e nem calculei, faço isso sempre nas minhas histórias, e pode variar de uma história para outra.
Levar Amanda até os penhascos era o plano “A” de Hugo. O primeiro pensamento, o desejo imediato. Mas ele recuou. Sentiu que poderia estar apressando algo que queria que florescesse com calma. Queria que tudo fosse perfeito, que não houvesse dúvidas ou arrependimentos da parte dela. Porque da parte dele… não haveria. Hugo estava decidido a tê-la, e queria fazer isso do jeito certo.
Ali era o lugar ideal para um casal viver momentos românticos: uma casa de dois cômodos erguia-se entre as pedras e a vegetação, abraçada por uma vista deslumbrante para o mar. No andar térreo, um banheiro espaçoso, com decoração inspirada na natureza e no amor — o chão era de grama natural, a banheira ampla convidava ao relaxamento, e o lavabo se escondia ao lado, reservado. Mas o que mais chamava a atenção era a parede dos fundos: um aquário que ocupava todo o espaço, como se o oceano tivesse sido trazido para dentro.
O quarto e a varanda ficavam acima, decorados com toques florais, em tons suaves e acolhedores. Havia conforto, havia intenção. A piscina, que antes fora um lago de águas quentes, foi adaptada cuidadosamente, preservando a nascente natural. E, um pouco mais distante, uma cozinha modesta, afastada, e uma banheira externa com temperatura controlada, quase um convite ao esquecimento do mundo lá fora.
Tudo aquilo ficava no alto de um penhasco, com o mar se estendendo à frente como uma eternidade líquida. O caminho até lá era feito por uma rua estreita e íngreme, quase desafiadora, mas recompensadora.
— Hugo!... Que lugar lindo! — disse ela, com os olhos brilhando de encantamento.
— Pensei em trazer você aqui para passarmos um dia juntos... Teríamos mais privacidade, e poderíamos nos conhecer melhor. Mas hesitei, pois não sabia como você reagiria. Talvez pensasse que...
— Que você tivesse segundas intenções comigo?
— Sim...
— Ninguém nunca me tratou assim... Trabalhei tanto que nunca pensei em tirar um tempo pra conhecer lugares como esse. Mas você já me levou a dois, em menos de um dia?! Eu só posso te agradecer. E quanto às segundas intenções... Acho que tive primeiro com você. Lembra?
Estava apaixonado. E faria o possível para que ela também se apaixonasse, não pelo Hugo que ela conhecia, mas pelo verdadeiro. Com falhas, com sombras, mas com um coração que agora batia mais por ela do que por qualquer outra coisa.
Amanda se aproximou da borda do penhasco, curiosa com a vista. O mar lá embaixo era profundo e salpicado de rochas afiadas.
— Não se aproxime muito, é perigoso — advertiu Hugo, imediatamente envolvendo a cintura dela com os braços, firme e protetor.
— Eu não vou…
Ele não queria perdê-la. Não por um acidente, não por medo… nem pela verdade. O pôr do sol tingia o céu com cores suaves e douradas.
— O pôr do sol aqui é lindo… Imagino que o nascer seja ainda mais. Nunca fiquei até o amanhecer pra ver. Veremos juntos amanhã — disse ele, a voz baixa, quase uma promessa.
Amanda se virou para ele, os olhos brilhando.
— Já veio aqui com alguém? Com outra mulher?
— Não. Só com você.
— Pode me falar, não precisa mentir. Não vou ficar com raiva.
— Não estou mentindo — respondeu, com um sorriso sincero. — Eu não trouxe ninguém mais aqui além de você.
— Então como viu o pôr do sol? Você chegou faz pouco tempo e já conhece tantos lugares… Pensei que tivesse vindo pra cidade por alguém… sei lá, alguém que já conhecia…
Hugo entendeu o que ela não conseguia expressar em palavras. Pedro já havia mencionado uma mulher, uma dívida. Ele respirou fundo.
— Precisamos conversar. Vou contar por que vim pra Newcrest. Mas primeiro, pra esclarecer sua dúvida: vim com um cliente. Estávamos tratando de negócios e ele me mostrou essa propriedade. É dele, uma aquisição recente. É meu conhecido de longa data. Ficamos aqui por um dia, partimos ao anoitecer. Antigamente as pessoas faziam festas nesse lugar, sem saber que era privado. Ele construiu isso tudo pra lazer próprio e me ofereceu, caso eu quisesse relaxar algum dia. Quando fizemos aquela aposta, eu e você, pensei em te trazer aqui. Paguei a ele com serviços prestados, só pra não ficar devendo favores.
— Nossa!… É lindo. Agradeço por pensar em mim. E principalmente, por gostar de estar comigo…
— Amanda… você não faz ideia do quanto eu gosto de estar com você. Do quanto você me traz paz. Eu estou… eu…
Hugo hesitou. Estava prestes a dizer que a amava? Talvez. Mas travou. Amar era um verbo que ele nunca conjugara de verdade.
— Só me beija…
“Tô tão feliz… e ao mesmo tempo com tanto medo. Uma parte de mim sussurra que isso não vai durar. Que ele vai embora, como todos os outros. Meu pai… minha mãe… o Pedro, querendo vender tudo e sumir de novo.
E agora tem ele. Hugo.
Acho que nunca vou esquecer você.
Mas também acho que, cedo ou tarde… você vai embora.”
“Só espero que você não me abandone quando souber quem eu realmente sou…
Eu te amo, Amanda.
E não quero te perder.
Tenho pouco a oferecer, quase nada…
Mas por você, eu posso mudar.
Posso me transformar no que você quiser, no que você precisar.
Só… só fica comigo.”
Continua…
Imagem gerada por IA.
Comentários
Postar um comentário