O Poder Do Destino. Capítulo 13.
Essa história é fictícia e foi inteiramente criada por mim. Patrícia Leal.
Windenburg. Domingo 02:00
— Amigo e futuro namorado! Muito prazer, Hugo. E você pode me chamar de Tae — disse o rapaz, sorrindo com naturalidade. Seus traços orientais eram delicados e o brilho nos olhos deixava claro que estava encantado com Luísa. — Meus pais são coreanos, mas eu nasci em San Myshuno.
— Prazer em conhecê-lo, Tae. Parece que você não é um idiota como o seu amigo. — Hugo respondeu num tom neutro, mas com uma leve ponta de ironia.
— Ahh… ele pede desculpas pelo mal-entendido. A Luísa já explicou tudo. — Tae riu, tentando amenizar a tensão.
— Tudo o quê? — Amanda franziu o cenho, desconfiada, os olhos alternando entre os dois.
— Esse rolo de vocês, né, Amanda? Eu percebi desde o primeiro dia que vocês se gostavam, mas você insistia em dizer que era só amizade! — Luísa entregou, rindo com a ousadia típica dela.
Hugo suspirou. Não queria prolongar a conversa, nem se expor mais do que o necessário.
— Estamos indo para casa. — Sua voz soou firme. Havia sempre uma urgência silenciosa nele, um receio contido. Locais cheios o deixavam desconfortável, como se fantasmas do passado pudessem surgir de qualquer canto.
— Eu não vou com vocês! Vou dormir na casa do Tae e amanhã vou direto pra loja. Você pode levar uma roupa pra mim, Amanda? Eu troco no banheiro da loja mesmo.
— Mas Luísa, você nem conhece ele direito… — Amanda murmurou, preocupada, o olhar inquieto.
— Eu vou cuidar bem dela, Amanda. Vou te passar o endereço da minha casa. Sou um cara legal! Pode confiar. — Tae tentou tranquilizá-la com um sorriso gentil.
Hugo o analisou brevemente, o olhar frio e observador, como quem lia as entrelinhas de um livro fechado.
— Não se preocupe, Amanda, ele não representa perigo algum para ela… Mas eu acho que ele pode estar em perigo. Tome cuidado, rapaz. — A frase saiu seca, mas carregada de significado.
— Heii! Também não é assim! — Luísa fingiu ofensa, mas sorria.
Chegaram em casa.
— Amanda, calma!... — pediu entre beijos, a respiração pesada, a voz rouca de desejo. — Por favor, vamos parar! Se continuar me beijando desse jeito… eu não vou conseguir me controlar!
— Mas quem disse que eu quero que você se controle? — sussurrou contra os lábios dele, tão ofegante quanto ele.
— Não!... Não pode acontecer assim, Amanda!
— Por que não?...
— Você bebeu. Não sabe o que está fazendo.
— Eu sei exatamente o que eu quero. Eu quero você, Hugo. Me leva pro seu quarto?
— Tudo bem… eu levo você.
Ela sorriu, se agarrando a ele enquanto era levada nos braços. Amanda parecia um furacão de emoções — intensa, entregue, desejando apenas ele. Hugo, por dentro, era um campo de batalha entre o desejo e a consciência.
— Isso… me leva com você… — ela sussurrou, agarrando-se a ele. — Eu quis tanto te beijar, mas não imaginei que seria tão bom assim… Só quero você, Hugo. Eu te quero muito!
— Eu também quero muito você…
— Por que você parou aqui?… — ela perguntou, a voz embriagada de desejo e frustração.
— Eu não posso levar você para o meu quarto.
— Por que não?… — a voz dela murchou, carregada de decepção.
— Mas Hugo! Você não me acha bonita?…
— Você é linda.
— Então?!…
— Amanda… você não está com a sua consciência plena. Eu não quero que acorde arrependida ao meu lado. Se amanhã, ainda me quiser… aí sim, ficaremos juntos.
No quarto, Amanda já havia tomado banho, mas não lavou os pensamentos que borbulhavam por dentro.
— Bom dia… — responde ela, com a voz baixa e os olhos fugindo dos dele.
— Err… Hugo, eu queria conversar sobre ontem.
— Tudo bem.
Ela respira fundo. Cada palavra parece um espinho engolido.
— Eu fiz um monte de coisas ontem. Tô envergonhada… não costumo ser daquele jeito. Não sei o que aconteceu comigo.
— Não precisa ficar constrangida. Não aconteceu nada de mais.
Ele fala com doçura, tentando dar a ela um chão onde pisar sem culpa.
Hugo a observa em silêncio. Não com julgamento, mas com a mesma intensidade de quem lê uma carta escrita com o coração.
— Eu não penso isso de você.
A frase vem como uma âncora lançada ao mar revolto.
— Nos conhecemos há seis dias, mas eu te conheço. Gosto de você, Amanda. Eu fui atrás de você na boate porque não queria que fizesse algo impulsivo, por causa da conversa que tivemos de manhã. A Sarah me disse que você saiu chateada, dizendo que ia beijar o primeiro que aparecesse. Sei que você não falou isso nesse sentido… mas podia ter acontecido.
— Eu não ia ficar com ele! Ou você tá achando que eu ia fazer com ele o que fiz com você?… Tá achando isso, né?! Que eu sou dessas?!
— Você não explodiu em nada! Não me levou pro seu quarto, mesmo eu querendo. Por quê?
Ele respira fundo. As palavras vêm com o peso da verdade.
— Porque eu não queria que você acordasse arrependida. Você bebeu… E por mais que eu quisesse muito, não me perdoaria se visse você hoje, assim. Mas você não precisa se sentir mal. Não aconteceu nada… além de beijos. Intensos.
— Você me ouviu dizer, ao menos uma vez, que estou arrependida?… Eu falei que sinto vergonha de não ter me controlado como você fez. Mas me lembro de cada segundo, de cada beijo... do gosto da sua boca na minha, do jeito que me apertava tentando se conter. Ainda sinto como você estava quando eu me esfregava em você, da sua respiração quente no meu pescoço... de como lutou pra não abrir minha calça, mesmo quando eu pedi, ali no carro.
— …
Os dois se encaram em silêncio. O ar entre eles parecia denso, carregado. Hugo estava tenso de novo, como se todo o controle do mundo fosse pouco.
— Eu fiz coisas que nunca tive coragem, nem vontade de fazer com outro homem. Talvez eu devesse sentir medo de que isso aconteça de novo, porque… eu não sou assim. Mas o que sinto perto de você é diferente de tudo que já vivi. No começo me incomodava, depois passou a me incomodar ainda mais… até eu perceber que era só vontade. Vontade de ter você. Por quê? Eu não sei explicar.
— Amanda!… — A voz de Hugo saiu trêmula. Toda a sensibilidade do seu corpo se resumia naquela mão que ela ainda tocava.
— Não precisa dizer nada. Somos diferentes. Talvez você até me ache bonitinha, mas sei que não vai acontecer nada… porque você não quer. Obrigada por não ter perdido o controle ontem. Você provou que não é um canalha. É um homem de verdade. E isso só me faz gostar mais de você. Te querer ainda mais. Eu não tô arrependida, Hugo. Mesmo que eu tivesse acordado ao seu lado, eu não me arrependeria. Eu sei que teria sido uma noite incrível!
Ele a puxou para si e a beijou. Era um beijo que implorava por freio, mas já vinha tarde demais. Hugo estava preocupado, tentando conter o desejo na vã esperança de que ela se arrependesse — assim ele poderia ir embora, mesmo sem querer. Mas agora ele a queria. E iria tê-la. Já não importava a razão.
— Era só o que eu precisava ouvir!…
Hugo havia prometido se afastar se ela estivesse arrependida. Mas Amanda não estava. Ela estava tão entregue quanto ele. Ignorou o orgulho, confessou o que sentia — e se jogou.
Desceu até a cozinha, mas não a encontrou. Seguiu até a garagem.
— Bom… bom dia! — Amanda respondeu, gaguejando.
— Bom dia, Pedro. — Hugo respondeu com firmeza. Ele percebeu que Pedro sabia. Mas optou por aguardar. Sabia que o respeito que Pedro sempre lhe teve permitiria uma conversa sincera no momento certo.
— Sim!… Você tem algo a dizer? Deve ter vindo por algum motivo, já que não costuma aparecer aqui. — Hugo retribuiu com outra pergunta, dando espaço para que Pedro falasse.
— Tenho, sim… mas não é nada demais.
— Então diga.
— Eu vou pra floricultura ajudar as meninas hoje. Assim passo o domingo com elas e ainda dou uma força.
— Aaah… que bom! — Amanda soltou o ar que prendia no peito. Estava quase roxa de tensão até então.
— Você tá bem, Amanda? Não tão brigando de novo, né? — Pedro perguntou, mesmo sabendo que o desconforto dela era por outro motivo.
— Não!! Eu tô bem, sim!… Só vim ver se deixei a caixa de fitas pra fazer os arranjos… Encontrei o Hugo aqui cedo, mas já tô indo porque a caixa nem tá aqui. — Ela riu, nervosa.
— Vai sair, Hugo? — Pedro perguntou, fingindo naturalidade.
— Vou correr. Me exercitar me ajuda a pensar. Relaxo e me concentro no que tenho que resolver.
— Não vai tomar café com a gente? — Amanda tentou manter o tom natural.
— Não. Posso falar com você mais tarde?
— Claro!… A gente conversa depois. Tchau!
— Até mais tarde.
O passado com Vivian era sombrio.
Hugo fugiu do orfanato aos 14 anos. Quando criança, sofria maus-tratos dos outros garotos por ser diferente. Era recluso, não gostava de aglomerações, passava o tempo lendo, estudando, buscando saber. Curioso, observador, aprendia com facilidade. Gostava de se exercitar, se destacava nos esportes. Chamava atenção das meninas, o que despertava inveja nos outros.
Aos 10 anos, apanhou de um garoto de 14. O motivo? Uma garota de 13 o beijou. Ele retribuiu. O outro, que gostava dela, bateu em Hugo com violência. Hugo reagiu, mas apanhou feio. Aquilo foi o empurrão que precisava para se dedicar às artes marciais.
Aprendeu karatê, boxe, jiu-jitsu, taekwondo, capoeira. Não tudo de uma vez. Mas ao longo da vida. Começou pelo jiu-jitsu, estudando sozinho, vendo vídeos, treinando o corpo. Aos 14 anos, já era maior e mais forte que o agressor. E então se vingou.
O garoto estava para completar 18, já namorava a tal garota. Hugo a conquistou, fez com que ela o traísse — e tornou tudo público. Quando o garoto foi tirar satisfação, Hugo quebrou seus dois braços e causou vários ferimentos. Uma luta cruel. Sem misericórdia. O garoto foi parar no hospital, com hemorragia torácica.
Hugo foi chamado à diretoria. Provavelmente seria mandado para uma instituição de jovens infratores. Então fugiu. Começou uma vida nova, independente. E perigosa.
CENA: O DIA DA VINGANÇA
O pátio do orfanato estava quieto naquela tarde abafada. As nuvens se acumulavam, grossas e pesadas como o silêncio que pairava entre os dois. Hugo, aos 14 anos, já não era mais o menino franzino de quatro anos atrás. O tempo havia esculpido seu corpo como o aço moldado a fogo — e agora o fogo ardia em seu olhar.
O outro garoto, já com quase 18, não o reconhecia de início. Estava sentado no banco de concreto, rindo alto com dois amigos. A garota — a mesma de quatro anos atrás — passava ao longe, agora com outros olhos voltados para Hugo.
Ele sabia o que tinha feito. Tinha conquistado o coração dela com calma e palavras afiadas, só para esmagá-lo na hora certa. Ela não fora mais que a isca para o acerto de contas final. Um plano frio, sim… Mas dentro de Hugo, o calor da raiva antiga borbulhava como lava, escondido sob a superfície da calma.
Quando os olhos dos dois se cruzaram, foi como se o tempo parasse.
— Hugo? — o garoto se levantou, desconfiado. — Que porra você quer?
Hugo deu um passo à frente, o maxilar travado.
— Vim devolver o que me deu. Lembra daquele soco? Eu nunca esqueci.
— Você é doente — disse ele, rindo nervoso. — Tudo isso por causa de uma menina?
— Não. Por mim. Porque eu era só um moleque tentando viver em paz.
Sem esperar resposta, Hugo avançou. O primeiro golpe foi um cruzado no rosto, rápido como um raio. O garoto cambaleou para trás, surpreendido, mas revidou. Era mais velho, mais experiente — pensava ele — mas Hugo tinha passado os últimos anos treinando com disciplina de guerreiro.
O som dos punhos se chocando ecoava pelo pátio vazio. Um chute certeiro no abdômen, seguido de uma queda. O garoto tentou levantar, mas Hugo não recuou. Os movimentos eram precisos, ferozes, como os de um predador. Quando o outro ergueu o braço para se defender, Hugo o torceu com habilidade e quebrou o primeiro osso. O estalo seco preencheu o ar.
Gritos. Alguém correu chamar ajuda, mas a raiva de Hugo já havia transbordado.
— ISSO — gritou ele, socando com força — é por cada noite que fui dormir com raiva de mim mesmo! Por cada vez que me senti fraco! Por cada vez que vocês riram de mim!
O garoto caiu, arfando, sangrando, vencido. Hugo olhou em volta — o pátio vazio agora tinha olhos espiando pelas janelas. A garota, pálida, havia desaparecido.
Ele respirava rápido, o peito subindo e descendo como uma tempestade. A vitória tinha gosto de sangue, mas também de vazio.
E ali, com os nós dos dedos manchados e o passado partido aos seus pés, Hugo soube: ele jamais poderia ser só mais um. Já estava marcado. E dali em diante, a estrada seria só dele. Ele não seria mais um órfão invisível. Seria um nome. Uma lenda. Um medo nos olhos dos outros.
Mas também… uma alma perdida, buscando redenção.
Vivian era filha única de uma mulher que, durante muitos anos, viveu como garota de programa e era dependente de drogas. Sua mãe nunca soube quem era o pai da criança. Quando descobriu a gravidez, tentou interrompê-la — sem sucesso. A gestação seguiu contra sua vontade. Apesar de não querer a filha, ela a teve. E, num gesto raro de lucidez, tentou oferecer a Vivian algo que se aproximasse de uma vida digna: largou as drogas, arrumou um emprego como recepcionista em um hotel e, ocasionalmente, ainda saía com alguns clientes, mas isso deixou de ser sua principal fonte de renda.
Vivian cresceu como tantas outras crianças da periferia: entre ausências, silêncios e solidões. Estudava em escolas públicas, tirava boas notas, mas nunca foi uma aluna brilhante. Passava a maior parte do tempo sozinha em casa. Na adolescência, tornou-se uma jovem problemática, cercada de más influências, envolveu-se com drogas — lícitas e ilícitas — e, aos dezessete anos, saiu de casa para viver por conta própria. Ela e a mãe nunca se entenderam. Dez anos depois de ter partido, Vivian soube da morte da mãe. Um mal súbito. Não houve despedida, nem reconciliação.
Quanto a Hugo... seus pais são um completo mistério. Foi encontrado ainda recém-nascido, envolto por um pano velho e a placenta, deixado dentro de um cesto de roupas na porta de um orfanato. Ninguém viu quem o deixara ali. Ele passou por três instituições diferentes até fugir do último orfanato, já adolescente.
Vivian e Hugo se conheceram quando ele passou a trabalhar com Marcelo Tavares. Ela era secretária da esposa dele, Daniela. A "Empresa Tavares", fachada para uma organização criminosa especializada em roubo de contas bancárias e transações digitais, era um império camuflado por atrás de um escritório de contabilidade. Foi ali que Hugo entrou para o submundo do crime.
Marcelo era o líder da organização, e Daniela, sua esposa, ocupava o segundo posto mais alto. Vivian, além de secretária, tornou-se amiga íntima de Daniela, uma daquelas amizades em que se deposita confiança cega. O grupo vivia uma fase próspera, até o dia sombrio em que Daniela sofreu um grave acidente e morreu. Marcelo, devastado, encontrou consolo nos braços de Vivian — que logo se tornaria sua namorada.
Foi só algum tempo depois da morte de Daniela que Hugo surgiu no grupo. Ele se destacou desde o início. Marcelo o elogiava com frequência, enxergando nele uma peça-chave para os negócios. Vivian, por sua vez, passou a observá-lo com outros olhos. Cansada de Marcelo, decidiu seduzir Hugo — e o fez com uma combinação fatal de sexo, dinheiro e promessas de poder. Hugo, por mais inteligente e calculista que fosse, sucumbiu.
Quando Marcelo descobriu, sentiu-se traído e ameaçado. Jurou matar Vivian. Hugo, por ser valioso demais, seria poupado. Mas Vivian não — ela era descartável, perigosa, e agora uma inimiga. Desesperada, Vivian implorou por sua vida. Hugo, dividido entre a lealdade e a paixão, acabou matando Marcelo numa discussão.
A partir dali, fugiram juntos e recomeçaram do zero. Uniram-se a uma irmandade que oferecia proteção a criminosos em troca de dinheiro e lealdade. Hugo recrutou novos aliados e formou sua própria quadrilha. A vida deles se tornou um ciclo de luxo, festas, excessos e estratégias. Vivian organizava eventos privados recheados de tudo que se podia consumir — inclusive outras mulheres, que ela própria convidava. Ela, por vezes, se envolvia com empresários influentes em troca de favores. Hugo, apesar de participar do jogo, evitava o vício e não gostava de perder o controle. Sexo, sim. Drogas, apenas para os convidados. Monogamia? Nunca foi o acordo.
O pacto entre eles era simples: podiam fazer o que quisessem, contanto que um favorecesse o outro — e que os lucros, fossem em dinheiro ou influência, fossem divididos com justiça.
Mas toda ascensão rápida desperta olhares. E inimigos. A quadrilha de Hugo cresceu demais, chamando atenção do submundo e das autoridades. Foram denunciados anonimamente. A polícia chegou perto. A irmandade ofereceu proteção enquanto houve dinheiro. Quando os cofres começaram a secar, a proteção também desapareceu.
Hugo, que nunca mantinha o mesmo nome por muito tempo, carregava oficialmente o nome que lhe foi dado no orfanato: Hugo Lucca Giordano. Mas no mundo que habitava, era apenas Lucca. Somente Vivian e Marcelo o chamavam pelo primeiro nome.
Com a operação policial em andamento, o grupo se dissipou. Alguns foram presos, outros conseguiram escapar. Hugo e Vivian se separaram durante a fuga. Ele foi parar em Newcrest, e ela, em Windenburg — cidades próximas, mas agora vidas distantes.
Recentemente, Hugo confessou a Pedro que ele e Amanda se gostavam. Que pretendia seguir em frente com o relacionamento, caso ela quisesse. Pedro não estava convencido, mas também não se oporia.
Na sala, em frente à lareira, Sarah e Pedro conversavam:
— Então ele confessou que gosta mesmo dela?
— Disse que gosta desde o início, mas não tinha certeza do que sentia.
— E ela também sente o mesmo por ele. Eu sempre soube disso!… Se os dois se gostam, por que você tá com essa cara?
— O Hugo é um bom homem... mas tem uma vida complicada. O passado dele é um véu de sombras, e isso me preocupa. É tudo muito nebuloso.
— Você não confia nele? Achei que fossem amigos.
— Eu confio... até certo ponto. Não acho que ele seja má pessoa. Só... tenho medo de que a Amanda acabe sofrendo.
— Ninguém pode prever o que vai acontecer, Pedro. Mesmo que ele seja diferente da gente — e isso é claro como o dia —, há algo entre eles que não é comum. Não é um simples gostar. É mais forte, como se fosse destino. A gente só precisa confiar e torcer pra que dê certo. Porque ninguém entra na vida da gente por acaso. Cada pessoa vem com um propósito que, às vezes, só o tempo revela.
Continua...
Vivian.
Imagem gerada por IA.
Que fogo no rabo e esse Amanda!!! Pensei que ela ia se aliviar com uma cenoura rsrsrs.Que vida o Hugo teve não faço ideia de como ele vai explicar pra Amanda que foi capaz de matar alguém.
ResponderExcluirAmanda tá com fogo no rabo acumulado, já faz tempo que não pega ninguém! kkkkkk
ExcluirNão será fácil de explicar que ele foi e é muito capaz de matar alguém.
Obrigada, Néia! ❤️
"Já disse que sou bom em observar e avaliar o caráter das pessoas." Não é o que seu histórico de ex diz Hugo!
ResponderExcluirNé? Não avaliou bem o caráter da Vivian.
ExcluirObrigada, Erick!