O Poder Do Destino. Capítulo 12.

 




Essa história é fictícia e foi inteiramente criada por mim. Patrícia Leal.



Noite de sábado. Discoteca Pan Europa.


22:00 em Windenburg.





As duas amigas chegaram ao clube radiantes, bem vestidas e maquiadas para a ocasião. Luísa usava um vestido amarelo curto e decotado, justo ao corpo como se moldado sobre a pele. Nos pés, sandálias amarelas de salto alto. Seu cabelo solto balançava com brilho e leveza sob as luzes da rua, e a maquiagem — feita com esmero — destacava seus traços, sem exageros.

Amanda optou por algo mais discreto: calça jeans preta de cós alto e um cropped de tule preto, estampado com pequenas flores. O cabelo, preso num coque elegante feito por Luísa, deixava à mostra seu pescoço delicado. A maquiagem era leve, mas ressaltava sua beleza natural. Usava sandálias pretas de plataforma.

— Nossa… a gente precisava vir tão longe? — Amanda resmungou, olhando em volta com um misto de receio e curiosidade.

— Já começou com as reclamações, né, Amanda? Windenburg é o point! Vamos entrar, arrasar e beijar na boca sem pensar no amanhã! — respondeu Luísa, animada.

— Hahaha! Esse negócio de beijar na boca é brincadeira, né?

— Não! Agora vamos! — E puxou Amanda pela mão.






Luísa entrou decidida, e Amanda a seguiu, ainda hesitante.

— Luísa… a gente podia conversar sobre isso primeiro…?






— Uau!! Que música legal! É tudo tão… rosa! — exclamou Amanda, surpresa com o ambiente.

— Né? Eu amo esse lugar! Essa iluminação rosa faz a gente se sentir num universo paralelo! E aí, você quer dançar ou beber primeiro? — perguntou Luísa, empolgada.

— Melhor beber… não tenho coragem de dançar sem isso.

— Eu sabia!







As duas foram direto ao bar. E, como era de se esperar, chamaram atenção por onde passaram.






Uma hora depois. Amanda já tinha bebido bastante, mas mantinha-se reservada — observava o ambiente, conversava, sorria timidamente. Luísa, por outro lado, já tinha escolhido com quem queria passar a noite.





Duas horas depois.
Ambas haviam dançado bastante com dois rapazes que conheceram ali: Taehyun e Marcos.





— Então, Amanda, o Tae e sua amiga vão ficar juntos essa noite. Vamos pro barzinho do Lucas. Podíamos continuar juntos… o que acha? — sugeriu Marcos, sorrindo de forma insistente.

— Hmmm… eu não vim pra isso, sabe?

— Já me disse, né? Só veio se divertir… Mas os planos podem mudar, não podem?







Enquanto Marcos insistia, mesmo após as negativas de Amanda, Hugo chegava ao clube.





Ele tentou evitar. Lutou contra o impulso. Questionou a si mesmo se valeria a pena ir atrás dela, se era o que queria de verdade. Mas a razão não venceu. O sentimento foi mais forte.

Vestiu-se às pressas: calça jeans preta, a mesma camisa do jantar e tênis escuros. Assim, decidido, seguiu para Windenburg.







No boate, Marcos ainda insistia para ficar com Amanda, mesmo ela dizendo não o tempo todo.







Hugo entra.




Ao chegar na boate, percorreu o salão com os olhos, tenso, atento a cada rosto. Finalmente a viu: Amanda estava no bar, tentando se livrar educadamente de um rapaz que não aceitava ouvir um “não”.







Hugo observou, atento.

Ela não quer ficar com ele. Está desconfortável…
Desgraçado, está forçando algo que não devia.
Ela disse não. Vai entender isso agora.






Com os punhos cerrados e passos firmes, Hugo avançou entre as pessoas. A raiva fervia. Por dentro, seu instinto gritava por conflito, mas ele tentava se conter. Cada passo era uma luta contra si mesmo.







Luísa, que observava a cena de perto, aguardava para ver se Marcos teria sucesso — afinal, se Amanda não quisesse, ela também não sairia com Taehyun. O plano era coletivo. E todos ali torciam para que Marcos convencesse Amanda.





Ele já não se reconhecia mais. O autocontrole que tanto prezava havia evaporado no calor de emoções que não sabia nomear. A visão de Amanda, a mão de outro homem sobre ela… o fazia tremer de raiva.







Sem pensar, atravessou a multidão e se aproximou dos dois. Sua mão pousou com firmeza — pesada, quase violenta — sobre o ombro de Marcos, forçando-o a soltar Amanda. A expressão de Hugo era uma tempestade prestes a desabar.

Será que tô tão bêbada assim que tô vendo o Hugo? Pensei tanto nele hoje que fiquei doida de vez?! — Amanda, sem entender se era alucinação ou realidade.

— Solta a mão dela! — A voz de Hugo veio como um trovão abafado, cheio de raiva contida.







— O quê? Quem é você? — Marcos, surpreso e com o ombro dolorido.

— Alguém com quem você não vai querer se meter. Não percebeu que ela não quer ficar com você? Se afasta. Agora.

— Quem é esse cara, Amanda?

— Hugo! Ele… mora no porão da minha casa!







— Olha só quem apareceu! — Luísa, arregalando os olhos, entre surpresa e satisfeita.

— Você conhece ele?

— Ele mora na casa dela.

— Então eles tão juntos?

— Mais ou menos…

— Mais ou menos?!

— É complicado!

— Meu amigo vai apanhar?

— Se ele ficar na dele, não!

— Mas você sabe que eu vou ter que entrar, né? É a regra: amigo não apanha sozinho!

— Acho que vocês dois vão sair no prejuízo! Olha o tamanho dele… Ele tem um monte de aparelhos de academia, é bem fortinho.

— Grande ele é, mas eu também malho de vez em quando!






— Calma, cara, eu não sabia que ela tinha namorado! Ela não disse nada!

— Mas ele não é meu namorado! E você é um cara-de-pau! Te disse “não” umas duzentas vezes!

— É que você parecia indecisa…









— E agora já percebeu que ela não está! Então tente outra. Essa aqui vai pra casa comigo. Vamos, Amanda. A gente precisa conversar. — Hugo a puxa com firmeza, mas sem brutalidade. Seu toque era proteção e possessividade num só gesto.

— Sem problemas! — Marcos recuou. Não valia a briga. Não por uma mulher que mal conhecia, por mais linda que fosse.







Do lado de fora, o vento era mais frio, o barulho abafado da música não os seguia. Hugo procurou um canto silencioso, mas a tormenta estava dentro dele.






— Você veio aqui… com intenção de beijar na boca daquele idiota?! — Sua voz saiu tensa, dura. Tentava manter o controle, mas a raiva queimava.

— Não exatamente na boca dele… — Amanda, provocativa, testava os limites daquela tensão.

— Então veio mesmo com essa intenção? — O tom dele subiu. Ele não queria brigar, mas estava quebrando por dentro.

— Talvez… — Ela o olhou com desafio. Queria uma resposta. Uma prova.

— O que eu fiz foi errado? Ele… teria alguma chance com você?

— Por que você veio aqui, Hugo?

— Não é óbvio? Eu vim porque você está aqui.

— E você se importa? Foi um cretino hoje de manhã. Nem olhou na minha cara. Cadê sua namorada? Não era mais fácil ir atrás dela do que ficar aqui me interrogando?





— Que namorada?! Sobre o que você está falando?

— Ontem você saiu à noite e voltou tarde… Eu sei que não é da minha conta, mas achei que a gente fosse amigo. Você me ignorou como se eu não existisse.

— Eu não tenho namorada, Amanda. Saí pra tentar fechar com um cliente. Não deu certo. — Uma meia-verdade. Ele sabia que se dissesse a real, ela talvez o rejeitasse por completo.

— Então por que não falou comigo? Você nem olhou pra mim direito hoje de manhã… Eu pensei que a gente fosse amigo.

— Me desculpa… de verdade. — Agora ele entendia a mágoa dela. Era isso. Ela só estava ferida.






— Como soube que eu estava aqui?

— Jantei com Pedro e Sarah. Perguntei por vocês. Sarah disse que você saiu pra dançar… e beijar na boca. Ela me disse o nome da boate. Sei que fez de propósito. Queria que eu viesse atrás de você. E eu tentei resistir, Amanda. Tentei mesmo. Mas não consegui. Só conseguia imaginar você com outro…

— Isso te incomodou?

— Muito.






— Se não quer que eu beije ninguém… o que vai fazer?

— Eu… ainda não sei. — A verdade o desarmava. Ele queria tanto abraçá-la, beijá-la ali mesmo, mas algo dentro dele gritava que não era digno.

— Pois eu sei. — Amanda deu o passo que ele não conseguia dar.





Amanda caminha em sua direção, e Hugo permanece imóvel, como se o tempo o tivesse aprisionado entre o desejo e o medo. Ele quer agarrá-la com força, beijá-la até que o mundo ao redor desapareça. Quer ignorar todas as vontades que sufocou por tanto tempo. Desejava-a. Ansiava por ela com cada fibra do seu ser.
Mas o receio o paralisa. Não havia um futuro seguro para os dois — não com a vida que ele levava, não com o passado que o assombrava.
Amanda não era como as mulheres com quem ele costumava conviver. Ela era correta. Honesta. Inatingível.
Jamais aceitaria o que ele fazia... o que ele era.








Ela se aproximou, confiante. Seus braços rodearam a cintura dele, e Hugo sentiu o mundo estremecer sob seus pés. Os olhos dela estavam cravados nos seus, e o medo dele dançava com o desejo mais profundo.

— Hugo… me beija?

— Amanda… — A voz saiu fraca. Ele estava dividido entre o céu e o inferno.

— A única boca que eu quero beijar é a sua. Não percebeu isso?

— Você bebeu… — A voz de Hugo estava baixa, quase um sussurro, ele mal podia respirar, como ia manter o controle? Amanda era a tentação e ele não podia resistir, tinha poucas esperanças de que ela se afastasse.

— Bebi. Mas só pensei em você. O tempo todo. Eu só quero você, Hugo. Por favor?

— E se você se arrepender amanhã?

— Eu nunca vou me arrepender disso. Não importa o que aconteça, eu nunca vou me arrepender de querer você.








Ele não conseguiu mais lutar. Tudo que tinha segurado dentro de si explodiu naquele instante. Hugo a beijou com toda a intensidade que o dominava. Um beijo faminto, desesperado e ao mesmo tempo cheio de cuidado. Era a colisão de dois mundos — o dela, de luz; o dele, de sombras.






Depois do beijo, ele ainda a segura em seus braços, apertando o corpo dela contra o seu e olhando profundamente em seus olhos. Amanda estava em êxtase, ela não conseguia raciocinar direito, só queria continuar ali para sempre.





— Isso é mesmo real?… — Amanda sussurrava, tentando agarrar aquele momento com todas as forças.

— É real. — Hugo mal conseguia falar. O peito dele doía de tanta emoção contida.

— O que vai acontecer agora?

— Eu não sei… O que você quer que aconteça?

— Queria que o mundo parasse agora. Queria ficar assim pra sempre. Por que é tão bom estar com você? Só de me olhar, você me faz feliz… Mas te beijar… te abraçar… é incrível.

Hugo ficou em silêncio. A cabeça cheia de palavras que não encontravam ordem.






— Sei que você não sente o mesmo por mim… talvez nem fale comigo depois disso porque forcei esse beijo. Mas… me deixa ficar assim só mais um pouquinho?

— Deixo sim. — Ele a abraçou mais forte, como se ela fosse o último sopro de esperança numa vida que já havia desistido de sonhar. O medo percorria por todo o corpo, ele a queria, mas sentia que as consequências daquela fraqueza viria, era assim que ele se sentia em relação a ela, fraco e vulnerável.





"Você não sabe de nada, Amanda… É tão pura, tão distante do meu mundo. Eu queria que não gostasse de mim. Eu não mereço. Mas agora… agora não consigo mais fingir. Se amanhã você ainda me quiser… não vou impedi-la. Não vou me impedir."






Continua...

Imagem gerada por IA.

Comentários

  1. Por um minuto achei que ia rolar quebra pau.

    A Amanda já tá caidinha por quem não devia. quero ver como vai ser quando ela descobrir da ruiva de taubaté.

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    1. Oi Erick! Certamente vai dar confusão quando isso acontecer!

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  2. Que ep surpreendente! Vamos ver se Amanda consegue colocar o Hugo nos eixos, quanto a ruiva de Taubaté a Joshefina da conta na chinela ela ja ate colocou um prego novo e deseja estrear.

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    1. Obrigada, Néia! ❤️
      Tem que colocar mais um prego, essa Vivian merece mais do que umas chineladas!

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