O Poder Do Destino. Capítulo 09.

 


Essa história é fictícia e foi inteiramente criada por mim. Patrícia Leal.



NewCrest. Sexta-feira. Reinauguração da floricultura, as coisas não saíram como Amanda planejou, a loja estava aberta desde 9:00 e não tinham vendido uma única flor.


Um tempo após se despedir de Otacílio e Vivian. Hugo chega à loja com um certo atraso.





Ao chegar, ele para em frente e observa com reprovação. — “Que loja pequena… Não acho que terei tanto trabalho assim. Essas pessoas do interior se contentam com tão pouco.”






Então ele entra, não havia muitos clientes, olha ao redor e não ver Amanda, decide ir falar com Sarah, que estava atrás do balcão vendendo lanches.






— Hugo! Que bom que você chegou! — Sarah, o recebe animada. — Cheguei atrasado, me desculpem. Onde está a Amanda? — Na estufa, foi arrumar os fertilizantes. — Hmmm… ela deve estar brava comigo. — Mais ou menos, ela tá um pouco desanimada, mas sei que vai chegar mais clientes daqui a pouco. — Parece que as vendas não estão boas. — Hugo, fala ao ver apenas quatro clientes. — Pois é... Mas vai lá falar com ela, por favor?! Quem sabe ela se anima um pouco?! — Sim, eu vou falar com ela.





Luísa estava no caixa da loja porque Sarah, preferiu ficar vendendo os lanches e sucos.




Antes de ir ver Amanda, ele cumprimentou Luísa. — Tudo bem Luísa? — Oi, Hugo! Até que enfim você chegou, vai ficar ou já vai sair? — Vou ficar até o fechamento, como prometido à Amanda. Vejo se ela precisa de ajuda e depois volto. Com licença!





— Aahhh, mas volta logo, a gente precisa de ajuda aqui também. “Espero que ele volte logo mesmo… Que gato!” — Uma das clientes pensando, e não parava de olhar para ele. — Acho que não precisam de mim agora, está calmo por aqui. Até mais!





Hugo sai da loja e vai até a estufa para falar com Amanda, ver se ela precisaria de ajuda e avisar pessoalmente que havia chegado.





“Espero que não esteja chateada comigo… Não gosto de ver ela assim, as únicas coisas boas desse lugar, são essas pessoas, principalmente ela…”





Ela estava pensativa e tentando organizar algumas coisas na estufa.





“Já são quase 11:00 horas e não vendemos uma única planta… Ai, mãe, tá difícil manter isso aqui funcionando, eu acho que não levo jeito pra isso, só funcionava quando era a senhora que cuidava de tudo.”





Ele entra para falar com ela. Amanda estava de costas para ele.





— Amanda, precisa da minha ajuda? — Hugo, oferece a sua ajuda, mas Amanda estava de costas e não esperava que ele aparecesse naquele momento, então se assusta e tropeça nas coisas que estavam jogadas. Hugo, corre e rapidamente consegue evitar a queda.





Depois do susto, Hugo, a segura pelo ombro e passa a mão no rosto dela. — Você está bem? Se machucou? — Ele pergunta preocupado. — Eu tô bem… Não vi você entrar… Quando chegou? — Você poderia ter se machucado, tem que prestar mais atenção, tomar cuidado aonde pisa! Por que essas coisas estão jogadas desse jeito? — Hugo, fala irritado, a ideia de vê-la machucada por culpa do descuido e da desordem, o irritou verdadeiramente.





— Eu ia tirar, mas… Espera, você tá atrasado!… — Amanda, achou exagerado a preocupação dele, mas gostou do que sentiu ao vê-lo agindo assim. — Me desculpe, tentei vir mais cedo… Essas coisas são pesadas para você, eu já estou aqui e organizarei tudo para que não tropece mais! — Eu não sou de vidro e já disse que tô bem. Mas obrigada por… se preocupar… comigo?… — Ela estava feliz em ver que ele estava ali. — “Ai, meu Deus, essa boca, essa mão quentinha e cheirosa no meu rosto… Gosto dele…”




Hugo, percebeu estar prestes a perder o controle, a vontade de beijar Amanda estava tomando conta dele, então recua. — Você tem razão… Não é tão frágil quanto parece, é uma garota forte, eu exagerei! — Tá, mas é bom que você tenha aparecido, eu preciso de ajuda aqui! — Sim, percebi pela bagunça que está esse lugar, vou dar um jeito nisso, é só me falar onde quer que eu guarde tudo.




— Acho melhor deixar isso aqui pra depois, vamos na loja ver como as meninas tão? — Estão bem. Passei rapidamente por lá e parece que você não tem muitos clientes agora. — Ai… nem me fale… — Amanda, fala com desânimo. — E como estão as vendas? — Ele, pergunta já sabendo da resposta. — Não vendemos nada!





— Precisamos pensar em algo para reverter essa situação.





Hugo havia chegado para ajudá-las com o carregamento das coisas mais pesadas e das entregas, mas não haviam vendido nada. Ele chegou e viu que não tinham clientes na loja, então pensou em algo para começarem a vender.





— Precisamos vender pelo menos 500,00 hoje, mas nesse ritmo não vai dar certo! — Você quer vender apenas isso? É uma meta pequena a ser cumprida. — Era mais ou menos isso que vendia quando a minha mãe era a dona… ela amava essa floricultura, mas nunca foi lucrativa de verdade… Quero que dê certo, mas tô achando que não vai. — Qual o valor da mercadoria mais cara que você tem para vender? — Custa 1.300,00 um vaso de rosas com pilar, tem dois deles na loja, mas nem sonho em vender um deles hoje. — Vamos vender quatro vezes mais do que a sua meta! — Hugo, gosto do seu otimismo, mas isso seria um milagre! — Não é milagre, é marketing de vendas!





— Isso não vai ser possível, não hoje. O primeiro dia é sempre fraco, se a gente vender pelo menos um pouco já tá bom. — As coisas se tornam possíveis quando acreditamos e corremos atrás disso. Venderemos 2.000 até as 15:00! — Hugo, determinou a sua meta e estava confiante. — Vender tudo isso em quatro horas? Haha! Não mesmo! — Amanda, não estava com a mesma confiança que ele.






— Então vamos fazer uma aposta? — Que aposta?… — Se eu conseguir vender 2.000 até às 15:00, você sai comigo na sua próxima folga. — Sair com você?… Pra onde? — É surpresa! Mas não se preocupe, não é o que você está pensando, é uma saída entre dois amigos como antes, mas dessa vez terá que usar a roupa que eu comprar para você. — E quem disse que tô pensando em outra coisa?… Hmmm… não tô gostando dessa parte da roupa. — Você vai gostar, é um lugar muito bonito e a roupa é um presente que quero dar a você… Vai apostar? — E se você não vender? — Deixo você escolher o quiser ganhar. — Qualquer coisa?… Tipo, se não for uma coisa e sim um favor que quero que você faça pra mim? — O que você quiser!





— Então vou sim! Você não vai ganhar mesmo! Ah, e já avisando que o comprador não pode ser você. — Você duvida da minha capacidade, Amanda. Mas gosto disso… gosto de mostrar o que posso fazer. — Só quero ver!… Hugo milagreiro?! Hahaha! Ganho essa aposta fácil. — Então você verá! E vou te levar em um lugar incrível. — “Queria ver ela sorrir mais vezes… é linda!”





Então os dois entram na loja e as quatro clientes ainda estavam lá, mas apenas olhando.





Hugo se posiciona ao lado do balcão do café e pede a atenção das clientes. — Moças?! Gostaria de pedir a atenção de todas por alguns minutos. Por gentileza?!





Em segundos elas se reuniram à frente dele para ouvi-lo, atentamente.




Amanda vai para perto de Luísa, as duas observam. — O que ele tá fazendo? — Luísa, pergunta curiosa. — Tentando fazer um milagre! — Como assim? — Vamos ouvir o que ele vai falar!






— Prezadas clientes, agradecemos por estarem nos prestigiando nesse dia especial, a reabertura da floricultura “Alameda das Flores”. Me chamo Hugo, sou desenvolvedor de softwares, é uma das minhas funções, sou amigo da proprietária e das moças que estão atendendo vocês, como presente de reinauguração estou desenvolvendo um aplicativo para auxiliar as clientes a cuidar das plantas que comprarem na loja, além de ensinar como cuidar também terão dicas de jardinagem, entre outras funções que serão úteis para as clientes, como: atualização diária do catálogo de mercadorias, venda virtual, pedidos e dicas de produtos que gostariam de comprar e mais! Só para clientes que fizerem o cadastro com a moça do caixa após efetuar uma compra, e para as clientes que indicar uma amiga preparei um chocolate quente especial bem gostoso, e se a amiga indicada comprar ganharão uma consulta on-line comigo.





— Qualquer valor de compra já aceita o cadastro? — A cliente de vestido azul florido perguntou. — Na consulta on-line tem o telefone do desenvolvedor? — A cliente de óculos estava interessada em outra coisa.





— Você sabia disso, Amanda? Ele fez um aplicativo só pra você?! — Não!… E não é pra mim, é pras clientes da loja. — Mas a loja é sua! Esse Hugo gosta mesmo de você. Qual é o milagre que você disse que ele quer fazer? — Ele é só amigo, eu já te disse! E continua ouvindo pra você saber o que ele quer fazer!





— Para realizar o cadastro, basta efetuar uma compra de qualquer valor. Depois, deixe seu número de telefone para que eu possa entrar em contato e explicar como baixar o aplicativo. Não se esqueça de convidar seus amigos e suas amigas, por favor?! Ficarei até o fechamento da loja atendendo, preciso bater uma meta de vendas. Conto com a ajuda de vocês! Hugo tem uma voz sedutora, aquela que envolve as pessoas, que transmite convicção, nem forte demais, nem frágil, um som natural, firme sem falhas, ele é bem articulado e seguro quando se comunica com as pessoas. Ele sorri discretamente e olha para cada uma delas, passando a impressão que cada cliente fosse importante individualmente.





Hugo mal terminou de falar e todas elas já estavam ligando para as amigas. — Marta, abriu uma floricultura aqui pertinho da tua casa e tem um cara super gato atendendo. Corre aqui que preciso ganhar um chocolate quente feito por ele! Vem logo e traz a Cidinha também, vou mandar a localização. — A cliente de vestido azul florido. — Jéssica, vem correndo aqui na floricultura tem muitas coisas legais e traz as meninas pra gente ganhar chocolate quente feito por um deus grego de olhos azuis! Corre!! Tô mandando a localização. — A cliente de óculos. — Meninas, venham nesse endereço para conversarmos tomando um chocolate quente especial. Aproveitaremos para comprar algumas flores. Não demorem! — A cliente de vestido preto floral, em chamada de grupo. — Mel, vem com a Jade e quem mais quiser trazer aqui pra esse endereço que vou te mandar. Tem o genro que a minha mãe sempre quis e fazendo chocolate quentinho pra gente! Ah, prepara o bolso pra comprar as plantas que a gente queria pro jardim da mamãe. — A cliente de tranças roxas.





— Eu não acredito no que tô vendo!… — Amanda fica boquiaberta com a astúcia dele. — Amanda, o miserável é genial! A mulherada tá tudo doida pra provar o chocolate quentinho do Hugo! — Luísa também fica impressionada. — Quero ver se a gente não vende agora?! Pelo menos um pouco de movimento aqui vai ter! — Sarah, rir ouvindo as clientes falando e também se impressiona com a esperteza dele.





“Duvidou de mim, não sabe do que eu sou capaz quando quero algo. Mas o foco aqui é deixar ela feliz com os lucros das vendas.”





Nem meia hora e a loja já estava cheia de clientes, Hugo servia chocolate quente conforme o prometido e Sarah, vendia lanches, sucos, cafés e chás para os clientes.





Amanda não sabia a quem atender primeiro, foi uma correria daquelas, ela estava cansada, mas feliz.





As clientes chamaram as amigas e as amigas chamaram as amigas também, então foi uma propaganda de boca a boca e logo a loja estava conhecida e lotada de pessoas.





— Hugo, você é mesmo um gênio das vendas, bem que o Pedro falou, e ele tem razão quando não poupa elogios pra você. — Sarah, conversando com Hugo. — Obrigado Sarah! O importante é que a Amanda está feliz, mesmo cansada ela sorrir… — Na lojinha não parava de chegar pessoas e as mercadorias estavam sendo vendidas.





17:00 horas. Eles não tiveram tempo para almoçar, mas venderam quase todas as mercadorias da loja em tempo record, então puderam fechar mais cedo.




— Eu ainda não acredito, mas conseguimos vender quase tudo, nem contabilizei direito… — Amanda, não acreditava no que havia acontecido. — Acho que ganhei a aposta. — Hugo a lembra da aposta que fizeram. — Que aposta foi essa, hein? — Luísa pergunta. — O dia foi ótimo, muito mais do que o esperado. Agora temos que ligar no depósito e pedir mais mercadorias pra vender amanhã, e nem podemos descansar ainda, vamos ter que arrumar tudo. Vou preparar um lanchinho pra gente, sobrou um pouco. — Sarah, lembra que precisam abastecer as mercadorias para as vendas do dia seguinte.





— Tem razão, Sarah, mas você tem que ir pra casa, não pode se esforçar muito e passou fome hoje, minha sobrinha deve tá me xingando toda. — Posso ficar um pouco mais, belisquei o tempo todo de trás do balcão, não tô com muita fome. — Sarah, insiste. — Mas eu tô morta de fome e exausta, aceito o lanchinho se tiver que ficar um pouco mais. — Luísa estava no seu limite do cansaço. — Vocês duas podem ir, eu fico com ela e só vamos após arrumar tudo por aqui, amanhã terão outro dia de muitas vendas. — Hugo se oferece para ajudar um pouco mais do que havia prometido.





Sarah e Luísa concordaram, mas se ofereceram para limpar a loja e depois iriam para casa, pois precisavam mesmo descansar para o dia seguinte.






Hugo, já tinha ido organizar a estufa e Amanda ligou para o distribuidor que abastecia a loja dela, eles iriam fazer a entrega e chegariam em uma hora.




— Você ganhou a aposta. Foi incrível o que você fez… Obrigada! — A verdadeira intenção não era ganhar a aposta, você não precisa sair comigo se não quiser ir. — E qual era a intenção, então? — Ver você feliz, sorrindo… Foi gratificante. — Por que você faz isso? — Porque gosto de você… Quer sair comigo?… Vamos?… Como amigos.





— Vou sim… Obrigada por ser… meu amigo… eu também gosto de você. Me desculpe mais uma vez por ser grossa antes… — Você agiu certo. Não me conhecia e não podia confiar, mas agora peço que confie porque quero ajudar, você é uma garota especial, Amanda. — … — Amanda não conseguia falar nada, estava confusa com os seus sentimentos naquele momento. Ela nunca teve ninguém que cuidasse dela, que se importasse como ele estava fazendo, ninguém além da mãe e do irmão. — Vamos terminar de organizar a loja, será rápido. E depois iremos para casa, você precisa descansar, foi um dia cansativo e amanhã terá outro como esse, farei umas adaptações em um aplicativo que eu já tenho pronto, fiz para um cliente, depois você me passa umas informações que preciso para finalizar com o logo da loja. — Obrigada, de verdade… Não tenho como te agradecer. — A sua amizade é o suficiente para mim.


Continua...


Comentários

  1. 1- Já vi que deu ruim. Aquele Hugoo não presta e a Amanda tá caidinha.

    2- Serio que ela apostou com um cara que vende até areia no deserto?

    3- Eu disse que ele vende até areia no deserto.

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    1. Oi Erick! Pois é, a Amanda não tinha como ganhar essa aposta mesmo!
      Até areia no deserto? kkkkk Acho que você tem razão, o poder de persuasão dele é imbatível!
      Obrigada! 🩷

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  2. Pelo visto Amanda ja esta caidinha mais quem não esta kkkkkk, só acho que se ele tivesse tirado a camisa e dado uma rebolada tinha atraido mas clientes kkkkkkkk.

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    1. Oi Néia! Verdade, se ele tivesse dado uma de magic Mike, tinha chovido clientes kkkk

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