O Poder Do Destino. Capítulo 08.
Essa história é fictícia e foi inteiramente criada por mim. Patrícia Leal.
Newcrest. Ainda na quinta-feira.
Amanda levou sua amiga para conversarem no quarto, Luísa ficaria 3 dias na casa dela para auxiliar na reabertura da loja.
— Você chegou antes do combinado! O que aconteceu?
— Achei que você ia gostar, mas tá quase me expulsando, eu que pergunto, o que aconteceu?
— Não é isso, Luísa! É que se eu soubesse que ia chegar logo, nem tinha saído pra tomar café com o Hugo.
— Pensei em te ligar, mas quis fazer uma surpresa. Atrapalhei o seu encontro? Me desculpa, amiga?
— Não atrapalhou nada! Não era um encontro! Só saímos pra tomar café juntos, eu hein?
— Tá bom, se você diz, então não foi um encontro!
— Quer parar?… — Amanda, tenta mudar o foco da conversa. — Me fez mesmo uma surpresa, obrigada por vir, eu vou precisar da sua ajuda porque a Sarah, tá grávida e não pode se esforçara demais.
— E como vocês vão fazer depois? Só vou ficar até domingo.
— Por enquanto vou me virar assim mesmo, ela fica no caixa e eu faço o serviço pesado. Espero que as vendas sejam boas, preciso vender muito pra pagar as dívidas da reforma.
— Você vai amiga, vamos arrasar nas vendas amanhã!… Mas Amanda, mudando de assunto. O que é aquele homem?… Amigaaaa!!!… Vocês tão ficando, pode me falar a verdade!
— Tava demorando, né? Já disse que não!
— Fala sério, Amanda? Tão ficando, sim, conheço essa sua carinha, você gosta dele!
— Não mesmo!… Somos apenas amigos, e nem isso era há dois dias atrás!
— Se eu tivesse um gato desses morando na minha casa, eu não ia querer só amizade não.
— Somo diferentes, eu e você… e, o Hugo não é pra mim.
— Então ele pode ser pra mim?
— Você que sabe!…
— Amanda, tá na hora de você arrumar um namorado!
— Olha, chega dessa conversa! E se eu for arrumar um namorado, não vai ser ele!
— Por quê?
— Ele não é o meu tipo! Você não olhou direito pra ele? Me conhece há tanto tempo e não sabe do que eu gosto?
— Amanda?… Olhei, sim, e só não olhei mais porque ele saiu, não vi nenhum defeito nele, fisicamente é um gato! Você não achou ele bonito?
— Achei e acho… e você disse bem, é fisicamente perfeito, mas em outras coisas ele é... diferente de mim, até o jeito de falar é diferente. Não damos certo, só amigos mesmo!
— Mas que bobagem! Que graça tem se todo mundo for igual?
— Luísa, para, tá?
— Tá bom!… Mas olha, ele pode não ser o seu tipo, mas é o tipo de muitas mulheres por aí, viu?... Nossa e aqueles olhos?… Aqueles braços enormes, eu morreria só pra ver ele sem camisa, deve ser muito gostoso, né?
— Não fica me olhando com essa cara!…
— Você já viu, né?
— Eu vi, mas foi por acaso!… Ele só vive sem camisa, andando por aí o tempo todo assim!
— Sério? Aaaaa eu quero ver!
— Sossega o facho, Luísa! Eu hein!
— Mas se vocês não tão ficando, por que saíram pra tomar café?
— Ele me convidou, só isso!… Chega, Luísa! Se quiser pode dar em cima dele, não estamos ficando, e ponto-final.
— Okay!…
— Sarah, me conta. Como você conseguiu convencer a Amanda a arrumar esse cabelo e ainda fazer as unhas? Eu tentei de tudo, mas ela não foi comigo! — Luísa, tentou diversas vezes convencer Amanda, a mudar o visual, a se cuidar e ser mais vaidosa, mas não teve sucesso.
— Não foi difícil, ela foi me acompanhar e decidiu se cuidar também. Ficou linda, né?
— Ficou maravilhosa!
— Que exagerada! — Amanda rir, ouvindo a conversa das duas. — Enquanto vocês falam da minha vida, eu vou tomar um chocolate com o Pedro, lá na sala! — Amanda, pegou um chocolate quente com chantilly que Sarah, preparou e levaria para o irmão que estava assistindo TV na sala.
— Amanda, você ia se sentar aqui? — Luísa, perguntou. Ela tinha se sentado de frente para Hugo.
— Não!… Eu me sento em qualquer lugar, não se preocupa.
Todos elogiaram a comida que Amanda fez, ela cozinhava muito bem, apesar de não ser muito fã de gastronomia, porém, tudo que fazia era bom e bem feito.
— Então você vai ajudar na inauguração da loja, Hugo? — Luísa tenta iniciar uma conversa.
— Sim. Prometi para a Amanda.
— Vai com a gente amanhã de manhã?
— Provavelmente, sim.
— E você, Pedro? Vai com a gente também? — Sarah, pergunta para o marido.
— Não posso ir, tenho um trabalho importante pra finalizar amanhã.
— É bom que você fique, Pedro. Se estarei ausente, é você que deve atender aos clientes. — Hugo, pede para que Pedro fique e dê suporte aos cliente enquanto ele estivesse fora.
— Claro. Eu fico! — Pedro, concorda.
“Nossa… Como ele é simpático… o rei da simpatia! Deve ser por isso que a Amanda não se animou…” — Luísa, logo percebe que ele não estava com vontade de conversar, pois, Hugo, respondia apenas o que ela lhe perguntava e nenhuma palavra a mais.
“Hugo sendo ele mesmo. A Luísa deve ter tido uma pequena amostra de como ele é chato… Rsrsrs!” — Foi a primeira vez que Amanda, gostou do jeito dele, Hugo, sempre parecia ser indiferente a tudo.
Meia-hora depois, terminaram de jantar.
Amanda e Luísa, foram lavar a louça e limpar a cozinha. Sarah, foi para o seu quarto e os homens para a sala falar sobre negócios relacionados as pequenas empresa para qual eles prestavam serviços.
Conversa ao telefone:
Hugo: — Por que está me ligando e como descobriu o meu número?
Vivian: — Oi, amor! Só liguei porque estava com saudade. Queria tanto te ver.
Hugo: — Parabéns, Vivian! Um ponto para você. Está ligando para falar do meu dinheiro? Espero que sim!
Vivian: — Preciso falar com você amanhã de manhã, em uma lanchonete Starbucks, é a única dessa franquia que tem no centro de Windenburg, bem próximo de onde você me encontrou. Chegue às 8:00 em ponto! Não se atrase amor!
Hugo: — O que você quer comigo?… Vivian?!!
Hugo não obteve respostas, ela desligou o telefone.
— Desgraçada!… Está querendo jogar comigo, quer que eu ligue de volta. O que será que aquela infeliz está planejando fazer?… Logo descobrirei!
Sexta-feira. Manhã de calor. Hugo, sobe a escada para ir ao seu compromisso com Vivian.
Eram 7:15 e todos já estavam fazendo a primeira refeição do dia na área do churrasco. Hugo, aparece para cumprimentar os demais moradores.
— Bom dia!
— Bom dia, Hugo! Que bom que você chegou, senta aqui e vem tomar leite com chocolate branco quentinho, tá uma delícia e foi a Sarah, que preparou! — Luísa fala com uma empolgação que naquele momento, Hugo, não compartilhava.
— Obrigado, mas não tenho tempo para tomar café com vocês. Só vim aqui desejar um bom-dia a todos!
— Mas por quê? Pensei que você fosse com a gente pra reinauguração da loja? — Luísa, pergunta demonstrando um largo sorriso. — “Uau! Ele tá mais bonito do que ontem?… Se a Amanda, não quiser, eu quero!” — Ela o olhava dos pés a cabeça, Hugo vestia uma camisa polo preta e uma calça jeans azul, calçava botas de grife de couro na cor preta.
— Irei mais tarde, tenho um cliente com hora marcada e preciso ir.
— Você disse que ia ajudar… — Amanda, o questiona com um olhar de reprovação.
— Eu vou!… Chegarei pouco depois da inauguração, às 10:00!
— Sei… — Ela não acreditava que ele ia cumprir a promessa.
— Prometo que vou estar lá às 10:00!… Só não irei agora porque apareceu essa emergência.
— Não precisa ir, a gente se vira!
— Prometi que iria e nunca quebro uma promessa… Até mais tarde, Amanda.
Hugo se despede e logo sai para se encontrar com Vivian.
Naquele dia, Amanda, vestia uma blusa xadrez roxa, na altura do cós da calça jeans azul e calçava botas e couro, prendeu o cabelo em um coque, estava com um brilho labial como maquiagem e usou seu par de brincos que ganhou de sua mãe.
Amanda, fica chateada por não poder contar com ele na reabertura da loja e todos percebem o seu mau-humor. Sarah, estava animada para ir com a cunhada, ela estava vestindo um vestido azul com pequenas flores brancas e calça de elástico, usava sandálias confortáveis, preparada para ficar em pé sem se cansar muito. Luísa vestia uma calça jeans preta e usava uma blusa com listras pretas e vermelhas, de ombros à mostra.
— Não fica chateada, Amanda… O Hugo, é um homem ocupado e tem muitos clientes que exigem uma certa atenção dele, apesar de ter aberto essa empresa há pouco tempo já está com uma clientela bem ampla. Ele vai aparecer na loja pra ajudar vocês, só que um pouco mais tarde. — Pedro, fala tentando melhorar o humor de sua irmã.
— Não tô chateada! E se ele não aparecer, tudo bem pra mim, nós três damos conta! Ele é só um conhecido e não espero muito dele.
— Um conhecido, é?… Pra mim tá mais do que isso, já até saíram pra tomar café juntos!
— Não começa Luísa, eu já falei sobre isso com você!
— Tá, mas você disse que ele era um amigo e não um conhecido!
— Fico feliz com essa amizade de vocês, Amanda. O Hugo é uma boa pessoa, ele nos ajudou a sair do vermelho e, é um bom amigo pro Pedro. É calmo, reservado e muito educado. — Sarah, não poupou elogios para Hugo. Pedro ouvia a esposa falar do bom amigo que tinha e se alegrava com isso, porque ele gostava da amizade com Hugo, era agradecido por tudo que ele fez para ajudá-los. Mas nenhum deles conhecia o passado daquela pessoa, ninguém sabia que ele estava sendo procurado pela polícia e que podia ser preso a qualquer hora. Hugo era um criminoso, havia cometido mais de um crime.
Em Windenburg. Vivian e seu noivo, esperam por Hugo, na lanchonete Starbucks. Apesar de sua rotina de trabalho, Otacílio gostava de tomar café em lanchonetes, ia sempre que podia. Vestido de terno e gravata, como sempre estava. Vivian, vestida com suas roupas caras, mas quase sempre mostrando um pouco e às vezes, muito de sua pele. Uma calça preta social de linho e uma blusa com um grande decote nos seios, de mangas longas e listras finas pretas e brancas, bem maquiada e com seus acessórios caros.
— Querida, o seu primo está atrasado!
— Desculpa amor, o Hugo é assim mesmo, ele nunca chega na hora marcada. Mas já fizemos os nossos pedidos e se você estiver com fome pode comer agora, daqui a pouco tem que tomar o seu remédio.
— Eu sei, meu bem, odeio tomar esse remédio… ele me deixa sonolento.
— Foi o que o seu médico receitou e você tem que tomar na hora certa, eu quero que fique bem, tô morrendo de saudades de fazer amor com você… Quero me casar logo e me tornar a sua esposinha, amo cuidar de você.
— Sou um homem de muita sorte por ter uma mulher tão linda e maravilhosa, você nem precisa de mim, ainda assim me ama e cuida da minha saúde com tanta dedicação.
— Você é especial, Otacílio, não se interessou apenas pela minha beleza, me valorizou pelas minhas qualidades.
— Escolher você para ser a minha segunda contadora foi a melhor coisa que fiz, meu dinheiro nunca esteve em melhores mãos.
— Obrigada querido! Administro a sua fortuna como administro a minha.
— Sim, meu bem, e você tem tanto quanto eu. Uma mulher linda, inteligente e de sucesso. Está tudo indo muito bem.
Vivian e Otacílio, se conheceram em um restaurante, ela forçou uma aproximação fazendo se esbarrarem e ela cair no chão, Otacílio, logo se prontificou para ajudá-la e Vivian, lançou os seus encantos sobre ele, daí começou o romance com diferenças de idades. Vivian, lhe pediu um emprego como contadora, apresentou um certificado falso e Otacílio, não exitou em contratá-la, mas ela encontrou um obstáculo chamado Rayca Elísio, era a outra contadora, no entanto, ela também usou de seus encantos em Rayca.
“Sim, quase tudo… só falta você se casar comigo e depois morrer, não tenho mais o dinheiro que tinha pra manter a farsa de que sou rica, eu preciso resolver logo isso ou ele vai descobrir antes de se casar comigo, e só é lucrativo matar esse velho depois que ele me tornar a senhora Brandão!… Não aguento mais olhar pra essa cara enrugada, transar com você de novo, só se for no inferno seu velho caquético!… Fico até enjoada quando me lembro.”
Vivian percebe a chegada de Hugo antes que Otacílio percebesse.
“Olha só o meu homem, o único que me dá prazer de verdade… Esse eu amo e nunca vou deixar de amar… Meu amor, meu Hugo. Tá mal-humorado, mas adoro quando ele fica nervoso com essa cara de menino mau… Que tesão!” — Hugo, a encara com raiva e desconfiança.
— Olha amor, o meu primo chegou! — Vivian, dá a notícia para Otacílio.
— É mesmo? Que bom, finalmente vou conhecê-lo!
Hugo se aproxima dos dois.
— Hugo, você se atrasou um pouco, querido primo. O que aconteceu? — Vivian, havia falado para Otacílio, que Hugo, era um primo dela.
— Bom dia! Tive um certo contra-tempo, peço desculpa pelo atraso!
— Bom dia, Hugo! É um prazer conhecê-lo, você é um rapaz alto! — Otacílio, se impressiona com a aparência do primo de sua futura esposa.
— Senhor, Otacílio Brandão!… Onde está a minha educação?! É um prazer conhecê-lo também! Me chamo Hugo Cortez!
— O prazer é todo meu! Seja bem-vindo à Windenburg, minha bela e jovem noiva, disse que o seu primo havia chegado recentemente na cidade, e eu fiquei ansioso por conhecê-lo. — Os dois apertam as mãos para formalizarem as apresentações.
— Vivian.
— Hugo.
Vivian e Hugo se olham por alguns segundos sem falarem nada.
— Minha prima é uma mulher prestativa, tratou de me dar as boas-vindas assim que a encontrei!
— Se você tivesse me avisado logo, eu teria te auxiliado a se instalar aqui e poderia ter se hospedado na nossa casa, não é meu amor? — Vivian finaliza a frase com uma pergunta para seu noivo.
— É claro, meu bem. A sua família é a minha família também. Você ainda pode se hospedar na nossa casa, Hugo, Vivian, me contou que está aqui há oito dias, você é contador assim como ela, poderiam trabalhar em conjunto para mim, já tenho duas contadoras, mas sempre há vagas para pessoas competentes e de confiança, você é da família de Vivian, então logo será meu parente também.
— Obrigado pela sua confiança, você é muito gentil, mas não quero incomodar, não planejo morar em Windenburg… já disse a ela que só estou de passagem.
Vivian dá um beijo no rosto de Otacílio, para representar bem o seu papel de noiva apaixonada.
— Você é um homem tão bom, meu amor! Obrigada por ser gentil com meu primo.
Otacílio convida Hugo para tomarem café juntos, ele aceita, se sentam e Hugo, pede um chá-preto sem açúcar.
— O Hugo sempre pede café ou chá sem açúcar, gosta de coisas amargas e azedas. — Vivian, fala sobre os gostos peculiares do suposto primo.
— Eu não gosto de café muito doce, mas sempre coloco duas colheres ou um pouquinho mais de açúcar se precisar. Totalmente amargo?… Não! Suas escolhas são bastantes singulares para a sua idade.
— Me acostumei a gostar das coisas que outras pessoas consideram difíceis ou intragáveis… O açúcar tira o verdadeiro sabor, adoçando, você está facilitando para engolir o que realmente está ali.
— Muito interessante!… — Otacílio, o olha um tanto intrigado.
— O Hugo sempre foi estranho, amor, releve algumas esquisitices dele, ele teve uma vida diferente da minha, é primo de terceiro grau. — Vivian estava preocupada com a direção que a conversa tomava.
“Que rapaz estranho… Não gosto do jeito que ele olha para ela, não sei definir bem que tipo de olhar é esse, de afeição ou de raiva?… Não parecem se darem bem, será que ele tem inveja da prima rica, já que é pobre?” — Otacílio pensando enquanto toma o seu café.
— Então, primo… Estamos noivos e se tudo sair como planejado vamos nos casar em menos de dois meses, gostaríamos que você me levasse ao altar, já que não tenho mais meus pais e sou filha única, assim como você. Sei que não planeja morar em Windenburg, afinal, você gosta de cidades grandes com muito entretenimento e tecnologia, mas pode ficar só por enquanto, até eu me casar?… Por favor?
Hugo, observa e ouve atentamente Vivian falar, não responde à pergunta dela, só continua olhando e pensando. — “Estou surpreso, acho que esse é todo o potencial de atriz que ela tem… Nem sei o que responder. Quer que eu a ajude nesse assassinato, vai se casar e depois ficar viúva em seguida, será que terá pelo menos noite de núpcias? Ou ele vai infartar nessa exata noite?… Acho que não, o casamento tem que ser consumado. O máximo que esse velho viverá depois do casamento é uma semana… Vivian, a viúva-negra… Até que caiu bem.”
— Ficarei muito feliz se você aceitar, e se aceitar, pagarei todas as despesas que você tiver por ter que ficar na cidade dias a mais do que planejou. Vivian, vai se casar pela primeira vez, me sinto muito honrado em ser o primeiro marido, e quero vê-la feliz… Ela é uma mulher maravilhosa, seremos felizes, mais do que já somos… Ela poderia ter escolhido qualquer homem, com toda a herança que ganhou e linda como é, qualquer homem se casaria com ela, mas eu a quero para ser minha esposa e juntaremos não só nossas almas, mas nosso patrimônio também. Espero que você entenda e concorde. — Vivian, observa Hugo enquanto Otacílio fala.
— Não pretendia ficar por mais tempo do que o planejado, mas posso pensar em algo para fazer até vocês se casarem.
— Então você vai ficar para levá-la ao altar? — Otacílio, pergunta.
— Vou. Mas não precisa me dar nada, eu mesmo pago as minhas despesas! A Vivian, não está bem informada sobre a minha vida, somos primos de terceiro grau e não participamos com frequência da vida do outro. Tenho outra profissão além da contabilidade e estou bem no momento, só preciso receber um dinheiro que praticamente foi roubado de mim, depois disso ficarei bem.
— Muito obrigada, primo! Estou muito feliz que decidiu ficar… e fico feliz também em saber que você está bem financeiramente, quanto ao dinheiro que devem a você, torço para que receba de volta, e tenho quase certeza de que vai.
— Já passei por isso, emprestei para ajudar uma empresa amiga a não entrar em falência, mas demoraram muito para me devolverem a quantia exata, e nem cobrei juros! Por ser um amigo, me pagou do jeito que queria e tive prejuízos. — Otacílio, relembra um dinheiro que emprestou.
— Pretendo receber tudo de volta, à vista! — Hugo, encara Vivian.
Já eram 10:30, Hugo estava atrasado para ajudar Amanda na loja, ele se despediu de Otacílio e depois pediu para conversar a sós com Vivian. Eles foram conversar afastados de Otacílio.
— Já vi você fingir ser outra pessoa diversas vezes, mas nunca tão bem como fez hoje. Parabéns!
— Como você acha que suporto esse velho? Tenho que ser a melhor atriz para não vomitar quando ele me toca.
— Tem outras formas de se dar bem na vida, não precisa ir até o fim.
— Tô cansada de golpes pequenos, quero me estabelecer de vez aqui… Se você ficasse ao meu lado, montaríamos o nosso império e ficaríamos juntos e podres de ricos.
— Não conte comigo, só quero o que me deve, não participarei do seu casamento e nem do assassinato do velho. Quem conseguiu o número do meu telefone para você?
— Hugo, você disse que ficaria?!
— Concordei apenas para evitar qualquer tipo de desconforto com ele. Não participarei dos seus planos, mas não impedirei que você faça nada. É a regra do clã, não é? Não podemos sabotar os parceiros! — Hugo, é protegido por um clã e paga bem por essa proteção.
— Sim. Mas eu não quero contato com os membros do clã, agradeço por não interferir. Pagarei o que devo a você em 10 dias. Pode esperar por esse prazo?
— Posso, mas não tente me enganar, sabe que não pode e não consegue. Ainda não me respondeu como conseguiu o meu número!
— Chutei um número antigo que você usava, você já usou diversas vezes. Viu como eu te conheço bem?
— Hmmm… Deixarei passar por isso mesmo, por enquanto. Um conselho. Não se afaste do clã, eles nos ajudam quando precisamos.
— Nem sempre. Hugo… eu não quero enganar você, nunca quis!… Podemos nos ver de vez em quando?
— Não.
— Só até você pegar o valor de volta? Por favor?… Hugo, eu sinto tanto a sua falta.
— É melhor você ir, o seu noivo está impaciente. — Hugo, observa os olhares de Otacílio, mesmo não estando perto ele observava os dois com bastante atenção.
— Vivian, está demorando! O que tanto eles conversam que não poderiam conversar na minha frente? — Otacílio, estava ficando impaciente e enciumado.
— Esse primo dela é bem alto, é um rapaz vistoso! Ainda bem que ela ama o senhor, né, patrão? — Jonas, o motorista também estava desconfiado.
— Hmm… Não pedi a sua opinião, Jonas!
— Vai me ligar?
— Ligo quando precisar.
— Espero que precise logo, porque preciso muito de você… Quero te sentir de novo, e...
— Vai logo Vivian. Não quer sustentar a sua farsa de noiva apaixonada?
— Tudo bem. Faço isso por nós dois, mesmo você não participando, eu vou dividir com você, porque eu te amo muito.
— ….
— Até mais, meu amor!…
Vivian se despede e volta para o seu teatro, o mundo de fingimentos ao lado do pobre milionário, Otacílio Brandão.
Continua...
Essa Vivian e uma víbora, e esse veio vai precisar de um guindaste pra levantar o Godofredo na noite de núpcias só quero ver.
ResponderExcluirVíbora das mais venenosas kkkkk
ExcluirO veio vai sofrer nas mãos dela kkkkk