O Poder Do Destino. Capítulo 07.

 



Essa história é fictícia e foi inteiramente criada por mim. Patrícia Leal.



Newcrest, quinta-feira.

6:30 manhã com clima agradável. 





Amanda, decide acordar um pouco mais cedo para terminar o arranjo de flores que já tinha vendido para uma cliente, ela toma seu banho como de costume de todas as manhãs e veste um vestido verde-claro de malha confortável, veste uma blusinha rosa com botões e babados brancos por cima do vestido, calçava um tênis esportivo verde e branco o mais novo que ela tinha. 



Amanda vai até a garagem meia hora mais cedo do que o combinado, era o tempo que levaria para terminar o arranjo que prometeu entregar para a cliente naquele dia, então teria que deixar pronto antes de sair para tomar café com Hugo, já que combinaram de sair às 7:00. 



“Tô tão nervosa, não era pra eu ter aceitado sair com ele!… Mas vamos tomar só um café, e eu disse que vamos ser apenas amigos!” — Ela pensa enquanto trabalha.



 Embaixo da antiga garagem, no porão. Hugo, já estava pronto esperando chegar a hora para saírem juntos, estava vestindo uma calça jeans cinza, uma camiseta branca de algodão e uma camisa xadrez preto e branco com botões, calçava tênis preto esqueitista.



“Será que ela vai desistir?… Acho que não. Sei que gosta de mim, apesar de querer evitar que isso aconteça, ela gosta sim!… Eu não consigo parar de pensar nela…, mas começaremos por uma boa amizade e depois veremos onde isso nos levará. Preciso me distrair um pouco.” 




“Sei que não deveria, mas não posso evitar, ela me atrai em todos os sentidos… É bonita e determinada, tem uma certa inocência, no entanto, já não é mais criança, é uma mulher adulta!… Tudo isso é tão contraditório, não sei bem como defini-la, mas gosto muito do que sinto, de como eu me sinto quando estou ao lado dela.” — Hugo, sorrir sem perceber quando pensa em Amanda, ele que não costuma ter um sorriso fácil.



 — Pronto, terminei! — O arranjo de flores brancas estava pronto. 



6:45. Hugo, subiu para ver se Amanda, ia mesmo sair com ele e para sua surpresa, ela já estava lá.




— Bom dia, Amanda! Que bom ver você, pensei que iria desistir! — Ele a olha com atenção e achou que estava bonita. 

— Eu disse que ia, não disse?  

— Sim, você disse. 

— Eu cumpro com a minha palavra, se falei que vou é porque vou mesmo! 

— Tudo bem. Obrigado, por aceitar ir tomar café comigo. Você está bonita! 



— É melhor a gente ir logo, daqui a pouco a Sarah e o Pedro, vão acordar e... eu não quero que eles fiquem perguntando aonde a gente vai. — Amanda, fica sem jeito ao ser elogiada, estava um pouco envergonhada de sair com ele, ela não queria que Sarah e Pedro, pensassem que entre ela e Hugo, houvesse mais do que amizade. 

— Certo. Então vamos agora! — Ele concorda. 



Quinze minutos depois, eles chegam no pequeno, “Café Bistrô”. Os dois foram no carro de Hugo, durante a viagem, Amanda, reclamou um pouco da distância já que tinha duas padarias bem perto da casa deles, mas Hugo disse que valeria a pena, porque o lugar era especial e o café ótimo, e de fato, Amanda, adorou o lugar, era uma padaria pequena e aconchegante, cheia de flores.



— Chegamos! Considerando a sua expressão, acho que você gostou. 

— Uau!… Esse lugar é igual ao que eu e a Sarah queria fazer!… Parece mais um café e floricultura.  

— Isso é um, sim, você gostou? — Hugo, brinca com ela, pois estava visível a admiração e surpresa, estampadas no rosto de Amanda. 

— Gostei! Quero ver como é lá dentro! Vamos logo, Hugo! 




O lugar era simples e bem acolhedor, cheio de flores, lanches caseiros saborosos, era frequentado na maioria por pessoas que moravam perto, e sempre estava cheio de clientes.



— Oiii bom dia! Que bom ver você aqui de novo. Hugo, não é? — A atendente logo o reconheceu e o cumprimentou com um caloroso bom dia, e não notou que ele estava acompanhado. 

— Bom dia! Sim, me chamo Hugo. — Ele a cumprimentou de uma forma natural. 

— O que você vai pedir hoje? Você é nosso cliente especial! 

— Eu gostaria de pedir, um cannoli e um café preto… 

— O café é sem açúcar! Já sei! — ela completou o pedido, pois já sabia do que ele gostava de pedir. 

— Sim. Obrigado!




— Hmm… Com licença! Eu também quero pedir! Vim com ele. — Amanda, se incomodou com tanta atenção e gentilezas que a atendente estava tendo com Hugo, e a fez perceber que ele estava acompanhado. 

— Essa é a Amanda, minha… amiga. Eu a trouxe para conhecer o “Café Bistrô”, ela gosta de flores, então achei que iria gostar daqui. 

— Que bom! Seja-bem-vinda, Amanda! O que vai pedir? — A garçonete não se animou tanto, mas disfarçou bem, pelo menos se esforçou para parecer animada. 

— Lendo bem rápido o cardápio, eu acho que gostei do bolinho de avelã. Vou provar, e quero um café, quero adoçar ao meu gosto. Não gosto de café amargo! — Amanda, respondia com um tom de voz neutro, ela não gostou de ser ignorada pela atendente. 

— Pode deixar. Já preparo o pedido de vocês dois! — A atendente finaliza com um sorriso forçado. 



Hugo, agradeceu e conduziu Amanda, para uma mesa perto da parede, ele queria um pouco de privacidade para conversarem à vontade. Lá dentro era mais bonito e cheio de vários tipos de flores.



Minutos depois, a garçonete leva o pedido deles, tomaram café e comeram seus lanches. 

— O lugar é lindo, o bolinho tava gostoso e o café mais ou menos. 

— Mas…? — Hugo percebe a inquietação em Amanda. 

— Não gostei da falta de ética profissional da atendente, ela tava dando em cima de você na cara dura! 

— Não estava não. 

— Estava sim!… Até sabe do que você gosta, eu nem sabia que você gostava de café amargo. Você é o cliente especial dela?…  

— É a quarta vez que venho aqui, o marido dela é meu cliente e a primeira vez que vim foi com ele.  

— Sei não, parece que a mulher dele tá carente! 

— Não sou eu que vou suprir qualquer carência que ela tenha. — Hugo, analisa as expressões dela e pensa — “Está com ciúme…, mas tão cedo assim? Achei que levaria mais tempo para conquistá-la… Ela é bonita.” 



— Mas… Você pode fazer o que quiser, se ela dá em cima de você ou não, não é problema meu. Não tenho que ficar dando palpites na sua vida, é só que… Ah, deixa pra lá! — Amanda, não conseguia disfarçar o ciúme que sentia. 

— Não quero deixar para lá! Quero que termine de falar! — Hugo, queria ver onde a conversa iria chegar. 

— Não tem importância! 



— Tem sim. Eu disse que gosto de você, e, é a sua sinceridade que me faz te admirar. Fale por favor! — ele insiste para que ela fale, assim ficaria claro se ela tinha interesse e ele poderia seguir para a próxima etapa. 

— Então tá, depois não reclama! 

— Manda! 

— Eu não sou a pessoa certa pra falar sobre isso, na verdade, tô longe de ser... Mas se envolver com pessoas compromissadas não é nada bom, é perda de tempo e mancha a reputação de qualquer um, no seu caso nem tanto, mas no dela vai ficar muito feio. 

— Por que no meu caso não? 

— Porque você é homem e solteiro, ela é uma mulher casada! 

— E esposa de um cliente meu, não vale mesmo a pena…, mas eu não estou interessado nela. 

— Que bom!… Pra você é claro!…  

— ...... — Hugo, fica em silêncio observando Amanda, ele não teve a resposta que queria, em vez de confessar algo que demostraria interesse nele, ela fez um discurso para defender a honra da atendente que era uma mulher casada, não a atacou ou quis difamá-la, mas se preocupava com o estado emocional daquela desconhecida. Hugo, percebeu que nas palavras dela existiam mágoas por ter sido enganada pelo ex-namorado, Amanda, achava vergonhoso ela ter se envolvido em um relacionamento tão conturbado, um triângulo amoroso.



Depois que terminaram de comer, Hugo pagou a conta, agradeceu educadamente pelo atendimento e saiu com Amanda para conversar um pouco antes de voltarem para casa. 

— Amanda, vamos nos sentar um pouco para conversar? 

— Sobre o quê? Nós já conversamos, não já? 

— Sobre a nossa amizade, sobre mim e você ou algo mais que queira saber ao meu respeito. Pode reclamar de qualquer coisa também. O tema é livre! 



Amanda concordou e se sentaram em um banco perto da cerca viva com flores perfumadas, estavam a sós, pois não tinha nenhum cliente do lado de fora da padaria.



— O que tem a nossa amizade? — Ela pergunta. 

— Ainda estamos no começo dela, mas eu gostaria de fazer uma pergunta desagradável para você? 

— Desagradável?… Que pergunta é essa? Não abusa da confiança que tô te dando, hein? 

— Não abusarei! É sobre o seu ex-namorado, eu sei que disse que não tocaríamos nesse assunto, mas… 

— O que você quer saber sobre o Walter? Eu não gosto de falar dele! — Amanda, interrompe a fala dele, já estava nervosa com o tema da conversa. 

— Não quero saber nada sobre esse cara, eu só quero tirar da sua cabecinha confusa o erro de você achar que está com a reputação manchada porque aquele imbecil enganou você. 




Amanda, se surpreende com as palavras dele, ela pensou que ele a questionaria por ser enganada e ainda assim por perdoar o enganador. 

— Eu… — Ela não consegue formar palavras, estava nervosa. 

— Você é uma linda mulher, doce, amável, forte e corajosa. Tem um valor inestimável, não deixe que o erro dele corrompa você. Que homem não desejaria ter você? Se ele não conseguiu ver o valor que você tem, a culpa não é sua. 



— Ele… não me enganou por tanto tempo… Fiquei sabendo depois que ele tinha outra e mesmo assim quis continuar. 

— Você gostava muito dele, não é? 

— Eu achava que sim, mas era só medo de ficar sozinha depois de…  

— Ele foi o seu primeiro? 

— Foi… Não sabia o que fazer, eu não queria que ele me deixasse naquela fase da minha vida, minha mãe estava morrendo e os momentos que eu passava com ele me fazia esquecer um pouco o que me esperava depois, eu me iludia acreditando que ele me amava como me dizia, cheguei a pensar que a gente ia mesmo se casar e a tristeza ia diminuir… um pouquinho… mas foi tudo muito pior do que imaginei, ele já tinha engravidado a outra e não tinha mais como voltar atrás. Não é bom lembrar disso, mas quando eu vi ele perto da loja, quando a gente conversou aquela mágoa sumiu, eu não senti nada, não senti raiva dele e não preciso mais sofrer por isso.



Agora que Amanda havia confiado em falar sobre o que sofreu no passado, fez Hugo ficar pensativo. Por um momento tentou acariciar a mão dela, mas ela logo retraiu os dedos, ele pensou um pouco no que estava tentando fazer e caiu em si. — “Não posso continuar com isso… ela já sofreu demais, logo terei que ir embora e vou deixá-la magoada, mais uma vez vai ser enganada e abandonada… Eu não sou um canalha!”



— No que tá pensando?… O que pensa de mim agora?… Quero que me fale a verdade, assim como falei pra você. — Amanda, percebe a mudança no semblante dele. 

— Estou pensando em como eu queria ter uma conversa com o seu ex-namorado. Preciso conhecê-lo. E quanto ao que penso ao seu respeito, continua o mesmo. Gosto de você, é uma mulher maravilhosa e quero que encontre a sua felicidade… Você merece, é uma boa pessoa. 

Amanda, o olha de uma forma diferente, ela gostava daquele Hugo, ele parecia um bom amigo e talvez merecesse a sua confiança, demonstrava sinceridade nas palavras. Então ele pergunta mais uma coisa antes de chamá-la para ir embora. 

— Você disse que perdoou ele. Por quê? 

— Não devemos guardar mágoas, elas podem virar doenças, faz mal para a alma, afeta a mente e o físico. Eu também tenho culpa no que aconteceu comigo, eu me deixei enganar e usei o Walter como saída do meu mundo sombrio, mas ele nunca foi a saída… Não teve nada que pudesse diminuir a minha dor, eu nem consigo mais chorar quando lembro de tudo que passei. 

— Ainda dói, e sempre vai doer, não é? Afinal, era a sua mãe. 

— Sim…



Hugo, aceita a derrota, ele não ia ser mais um que se aproveitaria da fragilidade dela, então se levanta, já era hora de voltar para casa, oferece a sua mão para Amanda.



— Vamos, já está na hora de voltar para casa. 

Amanda olha para ele surpresa, ele estava sendo atencioso e compreensivo, em nenhum momento tentou uma aproximação maliciosa.

— Vem Amanda, eu te ajudo a se levantar… Segure a minha mão!

— ….. — Amanda, fica em silêncio olhando e o admirando — “Como ele é bonito, eu pensei que ia ser chato vir aqui hoje, apesar de ser tão diferente de mim, foi legal comigo… nem deu em cima, acho que não sou o tipo dele mesmo. Melhor assim, nunca ia dar certo, mas podemos ser amigos?… Sim, podemos ser bons amigos!”



Amanda, segura a mão de Hugo e imediatamente se sente mais tranquila, uma corrente de emoções percorre o corpo dela, como se as melhores das sensações estivessem todas ali, na mão dele.




Os dois se olham por alguns segundos.
Os sentimentos e sensações que Amanda estava sentindo eram os mesmos que Hugo sentia, todos despertados por um simples aperto de mão. — “Eu só queria abraçá-la e protegê-la, de tudo e de todos… É tão linda e tão doce… Não consigo ignorá-la, eu não sei como me afastar dela, no momento só quero ficar assim.”
— Tá bom, vamos pra casa. Os dois já devem ter acordado. — Amanda fala tentando disfarçar o nervosismo, naquele momento era como se o seu coração estive pulsando na mão.






— Não fique preocupada com o Pedro e a Sarah, eles não ficarão incomodados porque saímos juntos.
— Incomodados? Acho que não, mas a Sarah fala umas besteiras…
— É mesmo?… O que ela tem falado?
— Nada não! Não quero falar sobre isso agora. Vamos embora?
— Tudo bem, vamos!




Hugo levaria Amanda de volta para casa e depois iria trabalhar no seu computador, ele abriu a porta do carro para ela entrar e foram embora.





Dezessete minutos depois eles chegam. Já eram 10:00.





A casa estava mais cheia, pois Luísa, a amiga de Amanda, havia acabado de chegar. Luísa, era amiga da época da adolescência de Amanda, ela estava vestindo uma calça jeans branca e uma blusa de lã amarela com mangas longas, calçava tênis esqueitista nas cores preto e cinza, ela só tinha trazido uma mochila com algumas coisas de uso pessoal, pois Amanda já tinha trazido as roupas que ela usaria enquanto estivessem juntas. Luísa, era morena, cabelos castanhos e cacheados de comprimento médio, tinha a mesma altura de Amanda e Sarah, pesava 70 kg bem distribuídos no seu corpo, tinha coxas grossas, cintura fina e um bumbum de dar inveja a qualquer uma, olhos castanhos. A morena era bem-humorada, de bem com a vida, não se prendia fácil a nenhum relacionamento amoroso, Luísa gostava de se divertir sem se apegar.
— Eu prometi ajudar na reabertura da floricultura que vai ser amanhã, era, pra mim, chegar mais tarde, mas como não precisei trabalhar hoje, vim logo cedo. Tô com saudade dela.
— Mas ela passou o final de semana com você, e já tá com saudade? — Sarah pergunta sorrindo.




— Claro que sim! Amanda é bem chata, mas é a minha amiga chata que eu amo.
— Entendo, ela fala a mesma coisa de você!
— Sério?? Que amiga, hein? Ahahaha!





— As duas são assim desde que se conheceram. — Pedro fala.
— Olha, parece que chegaram! — Sarah, fala ouvindo o barulho do carro entrando na garagem.
— Mas afinal quem é esse Hugo? Algum boy que ela tá ficando? — Sarah, falou brevemente sobre Hugo, para Luísa.
— Não! Eles são só amigos!… O Hugo, mora no porão aqui de casa, o Pedro alugou pra garantir um pouco mais de dinheiro.
— Claro! Quanto mais dinheiro, melhor, né?




Lá fora. Amanda e Hugo, pararam um pouco para conversar antes de entrar em casa.




— Não vai entrar?… Talvez você queira falar com o Pedro? — Amanda o convida para entrar, ela queria passar mais tempo com ele antes que Hugo, resolvesse ir para o quarto trabalhar.
— Não, eu não preciso falar com ele agora, mas obrigado por me convidar!
— Obrigada, por hoje!… Gostei de tomar café naquele lugar e... gostei de conversar com você, não foi como pensei que ia ser.
— E como você pensou que seria?
— Achei que ia ser bem chato e que… — Amanda pondera as palavras antes de falar. — Bem… é melhor não falar tudo pra não estragar o dia! Mas obrigada, foi bom sair com você.
— Eu também gostei de sair com você, conversamos e tiramos algumas dúvidas, não é?
— Sim, você é um pouquinho menos chato do que eu pensava. — Amanda, brinca com ele.
— Só um pouquinho?… Tudo bem, considerarei isso um elogio. Mas a conversa sobre o seu ex-namorado, não era necessária. Me desculpe!





— Você só tentou me ajudar.
— Eu consegui?
— Conseguiu sim!… Hugo… Você foi muito legal hoje, e, eu… eu… — Amanda, não sabia se expressar, estava receosa em se abrir para uma nova amizade, mas o que sentia a deixava confusa, não era apenas amizade o que ela queria.
— Fala Amanda. Não precisa ter vergonha de falar o que sente, estou aqui como seu amigo, um bom amigo.
— Claro, amigo… — a palavra, amigo, a deixou triste de uma certa forma. — Eu não me sinto rebaixada por ter tido um relacionamento com o Walter, mas se eu pudesse fazer diferente no passado… teria feito. Obrigada por conversar comigo, eu pude ver que tava enganada a seu respeito. Até posso gostar de você como amigo, agora.





— Você vai ter a minha amizade, serei o amigo que estará ao seu lado para o que precisar, porque gosto de você! — Hugo, estava perturbado em relação ao que estava sentindo por Amanda. — “De uma forma que não consigo entender, eu a quero para mim…, mas não posso fazer ela sofrer, não quero que sofra por mim!… Não, eu não quero!” 
— Eu… também gosto de você. — Ela fala baixinho olhando nos olhos dele.
— Já que gostamos um do outro e seremos bons amigos, podemos sair juntos outras vezes, para tomar café?
— Hmm… não sei. Vai me convidar de novo pra tomar café?
— Podemos sair para almoçar, jantar, fazer compras… essas coisas que amigos que moram juntos fazem.
— Não moramos juntos!
— Moro no porão da sua casa.
— É!…





Estranhando a demora de Amanda, Luísa, ansiosa, não espera mais, ela sai para falar com a amiga e também estava curiosa para conhecer o morador do porão, Pedro e Sarah, vão com ela para o quintal.
— Amandaaa!! É assim que você trata a sua amiga? Tô aqui te esperando já faz um tempão!



 


— Luísa??… Mas você vinha só a noite, eu não sabia que já tinha chegado!
— Eu não tinha nada pra fazer, então resolvi vim logo. Quer que eu volte?
— Não! Para com isso, Luísa! — Amanda, gostava da amiga e precisa da ajuda dela para a reabertura da floricultura.
— Então esse o Hugo?





Luísa, gosta do que ver, ela o achou bonito e abriu um grande sorriso quando o viu, deixando Amanda, com um pouco de ciúme.





— É sim! Hugo, essa é a Luísa, e Luísa esse é o Hugo! — Amanda fez uma breve apresentação.
— Prazer em conhecer você, Hugo! — Luísa, lança um olhar malicioso.
— Igualmente, Luísa! — Ele a responde quase da mesma forma, deixando Amanda com mais ciume. Hugo, com sua percepção apurada, conseguia notar as intenções das pessoas quase que instantaneamente; as mudanças de humor, expressões faciais e corporais o faziam saber como lidar com aquela pessoa no momento, ele sempre usava isso a seu favor, e viu que Luísa demonstrava um interesse exagerado, mas passageiro, era puramente atração física que ela sentia por qualquer homem de boa aparência, que Luísa era uma garota que gostava de demonstrar o que sentia, agradando ou não.
— Nossa, benza a Deus! Tem vaga no porão? — Ela brinca.
Amanda não consegue disfarçar o que sentia, não queria admitir que estava gostando dele mais do que devia. — “Eu sabia que ela ia fazer isso. Nunca muda, dá em cima de todo mundo!”
— Infelizmente, não! Mas tenho certeza que a Amanda, como uma boa anfitriã, arrumará um espaço mais confortável para você.
“Infelizmente?? Mas que safado! Já tá todo fácil pro lado dela!… Não tô nem aí!” — Amanda, não havia entendido a resposta irônica de Hugo para Luísa.





— Essa Luísa é muito saidinha pro meu gosto! — Sarah, não gosta do jeito atrevido da amiga de Amanda, ela reclama para o marido em voz baixa.
— Não se preocupa Sarah, ela é do tipo que ladra, mas não morde, a Amanda sabe lidar com ela.
 Pedro, responde em voz baixa também.
— Eu espero que ela não venha com gracinha pro seu lado, eu não tenho a paciência da Amanda, não! 
— Imagine! Não sou o tipo dela, e mesmo se fosse, já sou casado!
— Aham, sei!…





— Preciso trabalhar, mas foi um prazer conhecer você Luísa! Acho que almoçaremos todos juntos, hoje. Até mais tarde!
— Mas já vai?
— Sim.
 — Que pena. O prazer foi todo meu, Hugo. Até mais tarde!
— Nós temos que entrar também, né, Luísa?!
— É, sim, Amanda!



Continua...



Comentários

  1. Amanda nem disfarça o Ciumes. Se ilude muito rapido.

    Em relação a guardar magoas Amanda tá certa, afeta mesmo a mente.

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    1. Oi, Erick! Sim, ela está se apegando rápido demais.
      Eu também penso dessa forma, o rancor adoece a mente.
      Obrigada!

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