Intenso Demais 04.
Willow Creek, ainda no sábado, 15:00.
As irmãs Ana, moravam no mesmo condomínio, Ana Clara morava com a irmã
Ana Laura na primeira casa que tinha a numeração 2 (por algum motivo
desconhecido foi numerada dessa forma: 2, 3 e 4), a irmã mais velha, Ana Letícia,
morava na terceira casa, a casa número 3 estava desocupada.
Ana Clara, chegou em sua casa sem ser seguida pelo ex-namorado.
Aquele sábado era sua folga, mas Ana Clara recebeu uma ligação de sua
irmã Ana Letícia, pedindo para que ela fosse trabalhar no período da tarde,
pois Ana Letícia faria o fechamento de uma das padarias do seu primo, Heitor
Guedes, ele estava passando por uma fase da vida muito conturbada.
Ana Clara ajudava a irmã no gerenciamento da lanchonete e bar onde
trabalhavam, e Ana Laura era operadora de caixa no mesmo lugar.
Ao chegar em casa ela confere o telefone e ver uma mensagem de um número
desconhecido, era Jonathan, perguntando se ela tinha chegado bem em casa, Ana
Clara, liga para ele.
O telefone toca e ele logo atende.
Conversa ao telefone:
Jonathan: — Oi, Ana Clara?
Ana Clara: — Oi... Jonathan? Eu cheguei bem, obrigada por me
perguntar...
Jonathan: — Que bom, assim eu fico aliviado em saber que aquele otário não te seguiu
pra incomodar de novo.
Ana Clara: — Ele vai me deixar em paz, mais cedo ou mais tarde, ele tem
que aceitar que não vamos mais voltar.
Jonathan: — Então que seja mais cedo, não é mesmo?
Ana Clara: — Sim... E você, ainda tá na academia?
Jonathan: — Não, eu tô indo pra casa porque preciso me arrumar pra uma entrevista de
emprego, vai ser daqui a pouco... por videoconferência mesmo, espero que dê
certo pois tô precisando trabalhar.
Ana Clara: — Você está desempregado? Eu pensei que já estivesse trabalhando...
O que você faz mesmo? Ahh, me lembrei: educação física!
Jonathan: — Isso mesmo! Tá precisando de um personal trainer particular? — Jonathan rir
maliciosamente do outro lado da linha.
Ana Clara: — Não ganho tão bem pra ter um personal particular, mas seria
ótimo.
Jonathan: — Posso te fazer um desconto bem significativo, só porque eu te achei
legal.
Ana Clara: — Obrigada, mas eu não tenho espaço e quase não tenho tempo
também. Mas falando sério agora, eu conheço alguém que pode te ajudar, é um
amigo nosso, na verdade, amigo da minha irmã Letícia, ele tem um Spa, em
Brindleton Bay, fica a duas horas de viagem, ele estava contratando
professores, se você quiser eu posso perguntar?!
Jonathan: — É claro que eu quero, nem fica muito longe daqui eu te agradeço muito se
me ajudar..., mas antes vamos ver o que vai dar nessa entrevista de hoje. Pode
ser?
Ana Clara: — Pode ser! Me fala o resultado depois, agora eu preciso ir
trabalhar. Até mais Jonathan.
Jonathan: — Até mais Ana Clara. Se cuida!
Ana Clara, agora mais calma, começa a se lembrar de como Jonathan a
defendeu.
"Ninguém nunca me defendeu assim, se bem que ele é bem temperamental, explosivo e fala palavrões com uma naturalidade..., mas ele parecia mesmo preocupado comigo..."
Ana Clara se pega pensando e gostando do jeito que eles se olharam.
— Não!! Pode parar com isso Ana Clara, ele é o tipo de homem que você
nunca escolheria... É daqueles que fica com qualquer uma e não leva ninguém a
sério... É bonito, legal e... do jeito tosco dele, até gentil, mas
definitivamente, não é o homem certo pra mim. E agora que estou solteira, eu
quero ficar sozinha em paz por algum tempo.
Duas horas depois. Ana Clara chega na lanchonete, padaria e bar
"Happy Meal".
Naquele sábado Ana Clara estava de folga, mas a irmã Ana Letícia, teria
que fazer o fechamento de uma outra padaria de seu primo Heitor Guedes, ele não
estava passando por uma boa fase de sua vida pessoal, Heitor estava em um
difícil processo de divórcio, o gerente da outra padaria teria pedido demissão
e até o momento ele não havia contratado outro funcionário.
Lá dentro os funcionários daquele turno: Ana Clara (operadora de caixa),
Pedro (barmam), Yasmim (garçonete), Marta (balconista e barista) e quando
precisavam, eles chamavam alguns freelancer para trabalhar, e ainda tinha os
funcionários da limpeza e manutenção.
Ana Letícia aguardava a irmã chegar, ela precisava ajudar seu primo nessa
fase da vida dele, os dois eram muito amigos desde crianças, moraram perto um
do outro até Heitor se casar, ele confiava plenamente nas suas primas,
principalmente em Ana Letícia, e para ele nenhuma outra pessoa poderia cuidar
tão bem dos negócios que ele tinha.
Ana Letícia, 30 anos. Era formada em contabilidade e administração de
empresas, estava solteira atualmente, os relacionamentos amorosos dela não
duravam muito. Ana Letícia, era uma mulher inteligente, responsável com sua
família, comprometida e dedicada ao seu trabalho, ela sempre queria fazer o seu
melhor profissionalmente e exigia o mesmo dos funcionários dela.
"Chegou a oncinha, como se já não bastasse a onça maior!... Mas
olha só, ela tá até sorridente, será que viu o passarinho verde? Ou será que o
passarinho tinha outra cor?" — Ana Laura, não era nada parecida com as irmãs no critério de
responsabilidades profissionais, as três tinham personalidades diferentes, mas
eram unidas como irmãs, uma sempre apoiava a outra.
— Boa tarde, Clara! Tudo bem, irmã?
— Não vem toda boazinha Laura, como se nada tivesse acontecido!
— Ihhh já vai começar?! E eu pensando que você tava feliz, achei que tinha
dado uma relaxadinha ontem, que tinha se entendido com o Alexandre?!
— Não quero nem falar naquele idiota, só quero que ele me deixe em paz e
fique bem longe de mim!
— Então vocês não vão voltar dessa vez?
— Não! Mas mudando de assunto, você deveria ser mais responsável Laura, a
Letícia tá com muita raiva hoje, ela está sobrecarregada de trabalho.
— Eu sei... já pedi desculpas, isso não vai mais acontecer.
— Como se a gente fosse acreditar nisso. Vou subir, ela tá me esperando,
vou fazer o fechamento sozinha hoje e vou precisar da sua ajuda no escritório.
— Tá bom, pode contar comigo maninha.
A empresa priorizava o bem-estar dos funcionários, o andar de cima era
quase todo dedicado ao conforto para eles, além de um pequeno depósito e o
escritório, tinha sala de estar com jogos, um pequeno quarto com um beliche e
uma varanda com espaço para as refeições.
— Finalmente! Clara, como você demorou! O Heitor já me ligou dez vezes
hoje, ele está completamente desorientado.
— Vim o mais rápido que pude, eu não sabia que você ia precisar de mim
hoje.
— E não era pra eu precisar, você já está com férias vencidas e excessos
de horas extras, eu nem sei mais como compensar tudo... Confesso que também
estou quase desesperada, a gente vai ter que adiar a inauguração da outra loja
por falta de funcionários e organização.
— Se eu estou com férias vencidas imagina você?! Olha irmã, você carrega
as empresas Guedes nas costas!
— Ana Clara!...
— É verdade! O Heitor se aproveita de você, ele sabe que sempre pode
contar com a gente pra tapar os buracos que ele faz, se eu já estou estressada,
você já ultrapassou todos os seus limites de estresse.
— Já mesmo..., mas ele não tem com quem contar, só com a gente... a Barbie
dele foi embora, e agora ele tá desorientado, coitado.
— Você já sabe o que eu penso de tudo isso Letícia, se ela não aguentou
imagina você? Tem que esquecer o Heitor, foi só paixão de adolescência. Para de
se matar de trabalhar, ele não merece você.
— Não é bem assim, eu não me mato de trabalhar por amor, me mato de
trabalhar por dinheiro, pela nossa família!
— Sei...
— Olha, vamos parar por aqui tá? Sei que você é a mais coração de gelo,
mas um dia alguém derrete esse iceberg aí! Falando nisso, e o...?
— Pelo amor de Deus, não me pergunte do Alexandre!
— Mas o que aconteceu, por que você tá tão chateada assim? Pensei que não
ligasse pra traição dele? — Ana Letícia, pergunta com frieza para a irmã.
— E eu não ligo mesmo, achei bom que finalmente aconteceu e a gente
colocou um ponto final nisso tudo.
— Se ele descobre que foi você que provocou essa traição, sabe que não vai
dar coisa boa?!
— Foi um teste de fidelidade, ele não passou, só isso! Mas ele não aceita
e não para de me seguir por aí, pedindo desculpas o tempo todo, já até bloqueei
o número dele.
— Cuidado Clara, eu não acho que você deveria ter feito esse teste, era só
terminar com ele e pronto.
— Eu terminei três vezes em dez meses de namoro, mas ele sempre insistia
em voltar...
— E você acabava voltando porque queria.
— Vamos mudar de assunto? O Heitor tá esperando você. Tchau Letícia, vai
lá socorrer o priminho do coração.
— É sempre assim né? Quando começa a falar de sentimentos você muda de
assunto.
— Pode ir tranquila, vou chamar a Laura pra me ajudar.
— Boa sorte com aquela irresponsável, só não demito ela porque o papai me
daria um sermão de união da família! Falando neles, nós precisamos viajar para
Windenburg, temos que visitar os nossos pais.
— Nós três juntas? Impossível! É mais fácil trazer os dois pra cá.
— Tem razão. Olha, vamos conversar mais tarde na minha casa?
— Se for pra falar da minha vida pessoal? Não!
— Que grossa, viu! Até mais tarde Clara, se precisar, me liga?
— Ligo.
Ana Clara, chega bem rápido na outra empresa do seu primo.
"Sabores e Delícias".
Heitor, a esperava ansioso.
"Não sei o que fazer se ela não aceitar ser a gerente daqui... vou
ter que fechar e demitir todos os funcionários."
— Meu Deus, onde estão os funcionários desse lugar? Por que não tem
ninguém no bar?
Heitor tinha fechado o bar, ele demitiu o barmam, a clientela havia diminuído
e as vendas não estavam boas.
— Boa tarde Heitor! O que aconteceu com o bar?
— Mandei fechar, demiti o barmam e dois garçons.
— Mas por que Heitor?
— As vendas caíram muito, a Valéria fez um estrago grande aqui, eu não
sei o que fazer!
— Calma, vamos conversar e veremos o que fazer.
— Obrigado por vir, mas porque demorou tanto?
— Eu não podia deixar a loja sem ninguém, a Ana Clara estava de folga e
eu tive que pedir para ela me cobrir e fazer o fechamento por mim.
— Me desculpe, Letícia... sei que estou sobrecarregando você.
— Deixa eu guardar a minha bolsa pra gente conversar sobre o que fazer.
— Tudo bem.
Heitor começou a falar sobre o que a esposa fez, ela pegou todo o
dinheiro do cofre da loja antes de abandonar a gerência, demitiu cinco funcionários
que foram contratados por Ana Letícia, não fez o pagamento das compras de
mercadorias para a fabricação dos produtos vendidos na loja, os funcionários
que restaram estavam com os salários atrasados.
— Que mulher diabólica, ela fez tudo de propósito para fechar mesmo a
empresa. Eu fiz a contabilidade do mês, como sempre faço, e a Clara repassou
tudo para ela, era só fazer os depósitos nas contas dos funcionários.
— Ela fez o depósito na conta dela mesma, pegou todo o lucro do mês. Não
sei se vou conseguir resolver tantos problemas, acho que teremos que fechar por
uns dias, não tem mercadorias suficiente para a fabricação dos alimentos.
— Calma Heitor, nós vamos dar um jeito!
— Você vai começar a trabalhar aqui, quando?
— Eu ainda não sei, não conversei com a Ana Clara...
— Então está decidido, a padaria vai ter que fechar por enquanto!
— Não podemos fechar, teremos que pagar para os funcionários ficarem em
casa.
— Demita!
— Heitor, não é assim que se resolve os problemas!
— Eu sou advogado, não sei administrar uma padaria! Eu nem gosto de
doces, me trouxeram esses aí para provar, ver se estavam bons para a venda, eu
não entendo nada sobre isso! Se você não me ajudar terei que fechar, não vou
largar o meu escritório para ser um padeiro!
— Não precisa ser padeiro para entender como uma padaria funciona, eu
também não sou e a nossa loja vai muito bem, obrigada!
— Letícia, eu sei que estou sendo injusto com você e com a Clara, mas
não tenho outra opção.
— Heitor, calma!...
— Se você não começar amanhã, dispensarei os funcionários hoje, até ver
o que vou fazer.
— Amanhã? Mas eu não posso começar amanhã, a Ana Clara vai ficar furiosa
se eu deixar ela sozinha sem falar nada, preciso conversar com ela.
— Ela vai ser a nova gerente, ganhou uma promoção. Não é motivo para
ficar feliz?
— Não desse jeito, e até porque ela está com duas férias vencidas!
Assumir uma responsabilidade dessas sem nem descansar primeiro? Você ficaria
feliz?
— Tem razão... vocês não podem carregar as empresas nas costas, a
Valéria cometeu todos os erros e vocês não são obrigadas a resolver, ela teve a
ideia de abrir essa padaria e agora jogou tudo pro alto, eu deveria ter ficado
só com a "Happy Meal".
— A culpa não é sua, Heitor, ela que é uma víbora!
— A culpa é minha sim, eu deveria ter pedido o divórcio quando senti que
o amor não existia mais... na verdade, acho que nunca existiu amor entre nós
dois, fomos amigos e nos dávamos bem assim, mas ela acabou se cansando também,
eu não fui um bom marido... não dei o que ela precisava.
— Você é um homem inteligente e muito esforçado, deu uma vida de luxo a
ela, tudo que ela queria você dava, por que acha que não foi um bom marido?
— A felicidade não vem só do dinheiro Letícia, você tem que dedicar um
pouco do seu tempo para fazer a outra pessoa feliz, e eu não tinha esse tempo
com ela, eu nem me esforcei para arrumar um tempo.
— Heitor pare de se culpar, ela também não se esforçou para darem certo.
Você é um homem maravilhoso, sempre foi muito carinhoso e atencioso, se ela não
teve isso de você, é porque você não a amava, não pode se obrigar a amar
alguém... essas coisas acontecem naturalmente.
— Eu sei, Letícia... Nos enganamos por oito anos, eu não amava a Valéria
e ela sabia, mas aceitou até que se cansou.
— Mas agora vai ficar tudo bem, ela vai estar livre para ser amada por
alguém. Você está bem com isso?
— Acho que sim, já passei por coisa pior quando abri mão da mulher que
eu realmente amei, tive que deixar ela escolher, ver ela com outros homens...
até que me acostumei, mas nunca parou de me incomodar.
— Heitor?...
— Letícia, você ainda sente alguma coisa por mim?
— Eu sinto tudo por você, Heitor...
Ana Letícia beijou seu primo, seu amor de infância. Os dois ainda se
amavam, mas não levaram a relação adiante por serem primos de primeiro grau, e
as famílias não aprovavam o romance.
Heitor ficou surpreso com o beijo repentino de Ana Letícia, já que no passado não muito distante, ela o rejeitou. Heitor havia traído a esposa com Ana Letícia, em uma festa da família depois que a esposa humilhou Ana Letícia, Heitor ficou do lado da prima e os dois passaram a noite juntos, mas ela pediu para que não se repetisse, não queria virar a amante do seu primo. Naquele momento, Heitor estava fragilizado sentimentalmente, devido ao processo de separação e os problemas com a administração de sua empresa, mas aceitou e correspondeu ao beijo da mulher que ele realmente amava.
Ana Letícia caiu em si, viu que não era certo o que estava acontecendo,
ela pensou estar se aproveitando da fragilidade do primo.
— Me desculpa, eu não devia ter feito isso!
— Letícia, espera?!
Heitor vai atrás dela e a aproxima do seu corpo, mas Ana Letícia resiste
um pouco.
— Heitor eu...
— Você não sabe como eu esperei por esse momento, de ter você novamente.
— Não!... Me desculpe por favor?
— Por que não? Você sempre me diz não, sempre foge de mim sabendo o que
eu sinto por você.
— Você é casado.
— Estou me divorciando, lembra?
— Ainda não se divorciou, acho que você não vai levar esse divórcio
adiante, eu não quero ser sua amante!
— Eu nunca quis você como amante, e vou me divorciar sim, quando sair o
divórcio, você fica comigo?
— Nós não podemos ficar juntos agora.
— Você me disse isso há quinze anos, dias depois de perdemos nossa
virgindade juntos e eu pedir a sua mão em casamento... depois nossos pais
descobriram e nos separaram.
— Nós éramos adolescentes, os nossos pais não estavam totalmente errados
eles só queriam que fossemos felizes.
— Eu acabei me casando com uma mulher que nunca quis me dar um filho,
não fui feliz, não fiz ela feliz, e continuo amando você, para mim não adiantou
nada eles terem me separado de você, até porque acabamos nos encontrando,
estamos juntos novamente... não como eu sempre quis, mas estamos.
— Sim, nós estamos... larguei tudo assim que você me chamou para
trabalhar com você.
— Era você que seria minha esposa. Ana Letícia, eu sempre amei você.
— E eu sempre amei você, mas não sei se quero me casar, ser mãe então...
eu nunca pensei nisso... Você sabe que eu gosto da minha liberdade, eu não
quero fazer você sofrer, Heitor.
— Tudo bem, não vamos falar em casamento, em maternidade, só fique ao
meu lado, por favor?!
— Já estou. Não vou te deixar na mão quando você mais precisa de mim,
nós vamos resolver os problemas juntos, vou conversar com a Clara hoje mesmo, e
amanhã estarei aqui para começar a trabalhar.
— Eu te amo, minha Lelê.
— Eu também te amo, ma se me chamar de Lelê de novo...
Heitor beija Ana Letícia e não a deixa completar a frase.
— Então você começa amanhã?
— Sim, eu vou contratar uma amiga que está desempregada, ela ainda não
terminou de se formar em administração, mas é de minha confiança, vai servir
para cobrir as férias da Clara, eu não posso deixar minha irmã mais um ano sem
férias.
— E quanto a Laura? Ela pode ajudar no escritório, você pode ensiná-la,
ela é mais velha do que a Clara e ainda não se formou?
— A Laura é um caso perdido, deixa ela onde está mesmo. Não se preocupe,
eu vou cuidar de tudo para você.
— Para nós, porque você vai ser a minha esposa e dona de tudo isso, você
está construindo junto comigo, e falando nisso, está com férias vencidas
também.
— Vou ter que adiar até tudo entrar nos eixos novamente, e vamos com
calma porque não sou dona de nada, a Valéria que é.
— Ela vai ter a parte dela como manda a lei, e depois vamos continuar a
nossa história... Vou compensar do jeito que você quiser, só me deixa ficar na
sua vida?...
— Você sempre esteve na minha vida, Heitor, e já sei como pode me
compensar.
— Como?
— Eu te conto depois que o divórcio sair.
— Então não vai demorar, já separei o valor dos bens que eu tenho que
dividir com ela, logo estaremos divorciados e livres para seguir com nossas
vidas, e então você e eu...
— Um passo de cada vez, Heitor.
Xiii ! Acho que vai dar treta esse lance do Heitor com a prima.
ResponderExcluirJá deu no passado, e pode dar de novo.
ExcluirObrigada Erick!