Um Amor em Windenburg 29.
O dia no parque foi divertido e relaxante para ambos. Agora estavam
voltando para casa.
Menos de uma hora depois eles chegam na mansão Adams.
— Olha, é o meu carro! Até que enfim trouxeram
de volta. — Helena fica feliz em ter o carro dela de volta, pois estava no
"Black White Rock Hotel" desde a noite da reunião em que ela
compareceu.
André sobe as escadas da mansão com Helena e Joel.
— Você vai nos levar para patinar de novo,
Sr. Gusmão? Você e o tio Jean podem ir! Então todos vamos estar juntos!
André olha para
Helena com um sorriso surpreso. Helena balança a cabeça e suspira suavemente.
— Isso seria bom.
Iremos todos juntos. Na verdade, todos nós vamos dar as mãos. Você, eu, Jean
Martinez...
Helena rir muito ao
pensar em Jean e André de mãos dadas.
— Diga tchau ao Sr.
Gusmão, Joel, e vá brincar um pouco com seus primos.
— Ok. Tchau, Sr.
Gusmão! Obrigado pelo encontro, foi muito divertido.
— O prazer foi todo
meu, Sr. Leão.
Joel entra com um
sorriso no rosto, ele tinha gostado do amigo da mãe.
— Parece que ele
gostou mesmo do "Encontro?" Ele é um garoto adorável. Que pai não
iria querer ele?
— Ele só está
repetindo o que eu acidentalmente falei para ele, e sim, ele é um filho
maravilhoso... Tenho medo quando ele descobrir que o Jean é o pai, e ele amá-lo
mais do que a mim, e se o Jean tentar afastar o Joel de mim?
— Jean não faria
isso com você, ele não é uma má pessoa. Você não chegaria nem perto dele se ele
fosse assim, e o Joel a ama mais do que tudo, nada vai mudar, Helena.
— Eu não tenho
tanta certeza... Compare a vida que eu posso dar ao Joel com a que seu pai
poderia proporcionar. Eu nunca o criei sem o luxo da caridade de Heitor e Jena.
Enquanto isso, Jean comanda um império inteiro sozinho. Se for sobre quem pode
dar ao Joel uma vida melhor... seria fácil para um tribunal decidir, a escolha
é óbvia. É o Jean... Ele é estável, tem dinheiro e nunca se envolveu em
escândalos, sem contar que Joel adora ele.
— Sim, tudo está a
favor dele, mas você só esqueceu que ele ainda ama você. Estava visível no
olhar assassino que ele me deu. Está claro como o dia, vocês dois se amam e vão
ficar juntos.
— Você acha mesmo,
André?... O Jean pode ser amável e assustador ao mesmo tempo, ele muda de humor
a todo momento.
— Eu não o conheço
bem, mas sei o grande homem que ele é. Um gênio dos negócios, todo empresário
desse país e de outros o admiram, ele aumentou grandemente o império dos pais,
e ainda construiu o próprio, o cara é cobiçado por muitas mulheres, ele poderia
ter qualquer uma, mas do jeito que ele olhou para você hoje... Eu também sou
homem e entendo quando uma mulher é especial para outro. Você é o amor da vida
dele.
— Eu... quero
acreditar nisso, porque ele é o meu.
— Então não perca
mais tempo. Você já pensou que o melhor para o Joel possa ser ver os pais dele
juntos?
— Mas os pais do
Jean, já marcaram um casamento para ele, ele está comprometido com uma
milionária... Esqueceu que eu sou pobre? Não sou boa o suficiente para ele. Não
temos um futuro, não um que os pais dele aprovariam.
— Então é por isso
que está deixando-o acreditar que você dormiu com todo mundo e ele não
significou nada? Que o Joel não pode ser filho dele, por que você teve vários
casos ao mesmo tempo?
— Não!...
— Helena, crie
coragem e assume o que já é seu! Senão por você, faça pelo seu filho. Quando um
homem ama uma mulher, que se dane tudo! Ele vai lutar por você até as forças
acabarem, e eu temo que você se arrependa se ele desistir. Você tem um filho
que é 90 por cento ele e 10 por cento você.
— 90 por cento
dele?
— Joel é um mini
Jean e ele é ótimo em conquistar corações. Eu só quero que vocês tenham um
final feliz, não apenas você, mas agora torço pelo senhor implacável coração de
ferro, ele só é um cara ferido... Entendo como um amor não correspondido pode
machucar um homem. — As últimas palavras são ditas com um tom de tristeza. — É
melhor eu ir embora. Mas estamos de boa, ok? Você pode me ligar quando quiser,
se precisar de mim, já sabe. É só chamar!
— Você é um bom
homem, Sr. Gusmão. Tem a minha admiração.
— Eu sei. Anjo é o meu nome do meio.
— Não duvido.
Obrigada por me convidar, me diverti muito e a nossa conversa foi
esclarecedora.
— Eu fico feliz por
você.
Os dois se abraçam
e a amizade continua, mais forte agora.
André sai da mansão Adams e Helena entra se despedindo.
"André tem razão. Depois que eu me mudar para a minha nova casa,
vou criar coragem e contar para todos que eu e o Jean tivemos um filho, que ele
é o meu amor de Windenburg. Acho que eles vão entender, se ficarem bravos eu já
vou estar na minha casa, posso passar por isso... Estou tão empolgada para me
mudar logo!"
Era 19:00 Horas. Noite de quarta-feira.
Helena recebe uma ligação, a moça da imobiliária.
Helena: — Oi, boa noite! Tudo bem?
Estela: — Boa noite, Helena. Estou bem obrigada, e
você?
Helena: — Bem. Mas aconteceu alguma coisa? Você
está me ligando a essa hora.
Estela: — Aconteceu sim... eu nem sei como
explicar, mas a casa foi vendida! Me desculpe, Helena.
Helena: — Você só pode estar brincando comigo! Como
assim a casa foi vendida? Eu não vi placa de venda nela, apenas de aluga-se.
Estela: — E ela não estava mesmo à venda. É uma
casa simples em um bairro pequeno, ninguém estaria potencialmente interessado
na compra, para falar a verdade eu estava tendo dificuldade até para alugar.
Helena: — Então, o que aconteceu? Encontraram
petróleo no terreno? Pelo amor de Deus, Estela, não brinca comigo?!
Estela: — Um bilionário muito famoso teve um
interesse inesperado e repentino pela casa, ele ofereceu um valor muito acima
do que a casa vale, e a imobiliária vendeu.
Helena: — Quem é o bilionário? — Helena pergunta já
sabendo da resposta.
Estela: — Eu não acho que seja importante falar. Eu
liguei para avisar que o valor será devolvido a você, corrigido e com multas
por quebra de contrato.
Helena: — Eu conheço os meus direitos legais, e não
é multa de quebra de contrato, vocês simplesmente desistiram de alugar a casa
para mim. Eu já empacotei a maioria das minhas coisas!
Estela: — Helena, você tem todos os direitos, e por
favor me desculpe. Eu posso ficar atenta em outra casa, quando aparecer outra
eu ligo logo para você. Mas sobre os direitos legais, o comprador fez questão
de arcar com todas as despesas da justiça, qualquer ação ou processo que você
levantar contra a imobiliária ele pagará.
Helena: — Por acaso o nome do comprador é Jean
Martinez?
Estela: — Exatamente ele! Como você sabe?
Helena: — Eu mato o Jean!!
Estela: — Você conhece ele?
Helena: — Conheço, mais ou menos... — Ela não
queria dar muitos detalhes de sua vida pessoal para uma pessoa desconhecida.
Estela: — Nossa, Helena! Você conhece aquele homem
maravilhoso? Que homem perfeito, imponente, másculo. Fiquei muito nervosa em
falar com ele, mal conseguia me concentrar!
Helena: — Entendo...
Estela: — Jean Martinez é o cara mais gosto... —
Estela percebe que estava se empolgando demais na conversa — Mais cobiçado do
país, eu acho que do mundo todo, ele é incrível! Você poderia me apresentar a
ele informalmente? Não como uma corretora imobiliária, mas como Estela, sabe?
Helena: — Eu não o conheço muito bem, mas Sra.
Estela, por favor, sejamos profissionais?! Quero uma nova casa, não só quero
como preciso! Se encontrar até o final da semana, que é daqui há três dias, por
favor me avise imediatamente!
Estela: — Tudo bem. Eu farei o máximo possível para
encontrar uma casa para você. Me desculpe por ter sido inconveniente, e até a
próxima. Sra. Helena.
"Eu não posso acreditar que ele fez isso! Como ele pode ser tão
autoritário assim? Eu preciso sair daqui logo e ele me sabota dessa
forma?!"
— Isso não pode ficar assim! Eu nem estou
em um relacionamento sério com ele. Não pode decidir a minha vida desse jeito,
eu tenho o direito de fazer o que eu quiser! Eu vou sair daqui com o meu filho,
quer ele queira ou não!
Helena decide ligar
para ele.
Jean: — Boa noite, Helena. Você está bem?
Helena: — Como você pode fazer isso comigo, Jean?
Jean: — O que eu fiz com você? Te amei demais
para depois você escolher outro cara?
Helena: — O quê? Que outro cara? Do que você está
falando?
Jean: — Do André Gusmão! Você gosta dele.
Helena: — De onde você tirou isso? O André é apenas
amigo meu...
Jean: — Eu falei com o meu filho, como sempre
falo todas as noites. Lembra que eu pedi para que ele ficasse de olho em você?
Helena: — Você não deveria pedir para o Joel me
vigiar, nós fomos para que ele se divertisse.
Jean: — Eu sei, peço desculpas por isso, eu
errei... Ele me contou sem que eu perguntasse, que você e o Sr. Gusmão estavam
namorando, abraçados e depois de mãos dadas. E o pior é que eu pesquisei sobre
o André.
Helena: — Você pesquisou mesmo sobre ele?
Jean: — Você saiu com um cara que eu não conheço.
Fiquei preocupado.
Helena: — Eu posso cuidar de mim mesma, Jean. E
posso cuidar do Joel muito bem.
Jean: — Eu sei disso.
Helena: — Você não confia em mim.
Jean: — Confio em você ser uma boa mãe, mas eu
tinha que saber quem é o cara por quem você está interessada. Posso contar tudo
sobre esse André, se quiser. Toda a história da vida dele.
Helena: — Por que você é tão precipitado? Eu não...
Jean: — Dessa vez você fez uma boa escolha. Ele é
perfeito. Carreira estável e sólida como chefe do próprio negócio. Ele parece
ter um arquivo mais do que limpo. Eu puxei tudo, cada registro escolar, conta
de crédito, relatório policial. Mais limpo impossível. Acho que o homem nunca
teve uma multa de trânsito. Ele é uma boa escolha e será um bom padrasto para o
meu filho...
Helena: — Sr. Martinez! Por favor pare de falar
tantas bobagens! Eu não tenho nada com o André, nós somos bons amigos, ele até
me aconselhou em ficar com você. Por favor pare de me insultar desse jeito. Eu
amo apenas você! Nunca tive nenhum outro homem na minha vida, eu nunca fiquei
com ninguém antes e depois de você.
Jean: — Helena... Tu es ma vie. Je t'aime. (Você
é minha vida. Eu amo você.)
Dito isso, Jean
desliga.
— Jean? — Helena
espera, mas ele já tinha desligado.
"Meu Deus, eu
não consigo aguentar tudo isso. O que ele vai fazer agora? Jean é tão
imprevisível."
Não muito longe da
mansão Adams.
Jean sofria em
pensar que sua amada poderia um dia estar nos braços de outro homem, mas já
estava aliviado em ouvir Helena se declarando para ele.
Helena vai tomar um
banho, o jantar já estaria sendo servido e ela já estava atrasada.
"Vou resolver
a minha vida, eu não posso mais viver nesse carrossel de emoções. Não consigo
mais!"
22:00 horas. Noite com clima agradável em Willow Creek.
A família já tinha jantado e se recolhido para dormir. Helena leu uma
história para o filho e ele dormiu rápido.
Muito tensa com a conversa ao telefone entre ela e Jean, mal conseguia
se concentrar, ficou calada durante o jantar, Heitor e Jena perceberam o quanto
ela estava nervosa, mas não perguntaram nada, pois sabia que Helena estava
passando por mudanças, eles pensavam que estava nervosa por causa do conflito entre o
pai dela e a mudança que teria que fazer, porém, Jena sentia que tinha algo a mais
incomodando Helena e pretendia conversar com a amiga, considerada como irmã por
Jena, elas conversariam no dia seguinte.
Helena ficou andando de um lado para o outro sem conseguir dormir,
resolveu ir tomar um ar fresco do lado de fora perto do seu quarto.
De repente, Jean aparece sem que ela percebesse.
— Por que ele é tão cabeça dura? Eu já
tinha tudo planejado, mas ele tem que fazer do jeito dele?!... Eu não posso
fazer tudo que ele quer!
— Me diz quando você começou a fazer tudo o
que eu quero?
Helena toma um
grande susto, quase grita ao ouvir a voz dele.
— Como você faz isso? Aparece do nada e de
repente!
— Você me atrai, eu
sempre quero estar perto de você. Não consigo evitar!
— Que história é essa de comprar a casa que
eu ia me mudar? Você não tinha esse direito!
— Me desculpe. Eu
não queria que você se mudasse para aquela casa pequena e desconfortável.
— Desconfortável
para você, senhor bilionário perfeito e muito cobiçado! Para mim estava ótima,
eu só quero sair daqui antes que meu pai venha criar mais confusão com meu
primo, Heitor não merece ouvir tantas ofensas por minha causa.
— Helena...
— E que história é
essa que eu estou namorando com o André? Pare de incomodar meu filho pedindo
para que ele me vigie!
— Me desculpa, foi
um erro, agi por impulso do momento.
— Você me ofende
Jean. Eu nunca tive outro homem, passei sete anos da minha vida desejando estar
com você, te encontrar de novo, não conseguia nem me socializar com outro homem
que não fosse meu primo e meu irmão, enquanto você senhor cobiçado por todas as
mulheres, transava com todas! Você é... é — Helena estava tão nervosa e
irritada, que mal conseguia respirar.
— Pode me xingar,
eu mereço ouvir tudo que você tem a me dizer. Mas você me deixa inseguro, tive ciúme
e medo de perder você para o André Gusmão. Ele é o tipo do cara que eu
aprovaria para você se relacionar.
— Sai daqui Jean!
Não quero ouvir mais nada de você! E se eu fosse me relacionar com alguém, não
precisaria da sua permissão!
— Calma meu amor,
deixa eu explicar?
— Não! Você quer me
ver com outro porque já tem um casamento com alguma milionária que sua família
escolheu, só está arrumando desculpas, e ainda planeja afastar meu filho de
mim.
— Então é por isso
que você age dessa forma, Helena?
— Eu sei da
verdade, Jean. Você tem que seguir a tradição da sua família e se casar com
alguém que tenha um grande sobrenome.
Jean segura Helena
firmemente pelos pulsos, ela tenta se livrar, mas não consegue mover um centímetro
sequer, ele a beija intensamente e ela para de resistir.
Toda a raiva agora
já tinha passado.
— A gente tem que
parar, podemos ser pegos aqui.
— E quem disse que
eu me importo com isso?! Eu quero mesmo é que todos saibam. Eu amo você e não
preciso esconder nada de ninguém!
— Não quero mais
chateações, eu já tô com a cabeça cheia... preciso sair daqui e depois eu conto
o que aconteceu entre nós dois em Windenburg. Você não me entende...
— Não..., mas eu
quero te levar em um lugar. Agora.
— Agora? Não posso sair de casa agora e nem
você pode entrar no meu quarto. Por favor não insista!
— Tentador. Mas não
é isso que eu tenho em mente, não nesse momento. Vamos!
— Não!
— Não faz eu te
levar à força!
— Você não
ousaria?!
— Ah não?!
Jean se aproxima
mais.
— Jean, eu já estou
vestida para dormir!
— Então vai trocar
de roupa.
— Não. Eu não vou
sair com você!
— É a última
chance, Helena.
— Não, Jean!
Ele pega Helena nos
braços, e a leva no ombro.
— Que vontade de
dar uns tapas nessa bunda deliciosa.
— Para onde você
quer me levar? Para com isso!
— Você vai saber
daqui a pouco.
Jean desce a
escada, contorna a casa e caminha carregando Helena até onde seu carro estava
estacionado. Helena se debatia, mas de nada adiantava, pois ele a segurava
firmemente.
— A Maria está na
cozinha, agora ela vai saber da gente. Me solta Jean, a casa toda vai ouvir!
— Se você parar de
gritar, ninguém além da Maria vai saber de nada, pelo menos por hoje.
"Dona Helena e
seu Jean? Eu bem que desconfiei, do jeito que ele ficava me perguntando sobre
ela? — Maria rir, ela estava feliz com os dois juntos, mas não contaria nada para
os patrões sobre a cena que viu — Eu não vi nada, não sei de nada! Vou dormir
que já passou da hora."
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