Um Amor em Windenburg 23.

 




Seria um recomeço para os dois? Era o que Jean queria acreditar.



Então nós vamos ficar juntos daqui por diante? — Ele pergunta para ela.

— Jean, eu não sei como a Jena e o Heitor vão agir diante disso. Você não acha que a gente devia esperar um pouco?

— Mon amour, eu não falei que precisaríamos contar para ninguém agora. Vou respeitar o seu tempo, Helena, mas não pretendo esperar muito.

— Tudo bem, eu vou preparar eles primeiro, tá bom?

— Sim ma belle, agora vai ficar tudo bem. Eu tenho você novamente...



— Você não imagina a saudade que eu senti, a falta que você me fez... Todos esses anos desejando beijar esse corpo, sentir o seu gosto. Eu não quero mais esperar nem um segundo para ter você, Helena.



— Eu sou sua Jean, sempre fui, apenas sua, meu amor.

— E você nunca vai ser de mais ninguém.

— Eu te amo Jean... Você é o meu único amor. Eu nunca amei ninguém em toda a minha vida além de você.



Minutos depois.

Você ficou linda. Gostou das roupas que eu escolhi?

— Adorei cada peça, inclusive essa lingerie. Me mandou roupas pra vestir um mês inteiro sem repetir.

— Eu queria comprar mais, mas não tive muito tempo. 



— Ainda não estou acreditando que a gente tá assim. Juntos de novo.

— Me desculpa por ontem, eu não controlei a minha raiva, a minha ansiedade em saber do... — Jean, não termina a frase, ele não queria mais brigar com Helena.

— Não vamos mais brigar, por favor Jean?

— Não mon amour, não vamos brigar!



Resolveram parar de brigar, pelo menos por enquanto.



Eu só quero te dar amor, ma belle...





Ele resolveu parar de pressioná-la para saber quem era o pai do Joel. Mas ainda não desistiu, Jean queria descobrir a verdade.



Depois de terminarem de fazer amor.

A gente transando aqui, e se alguém aparecesse?

— Ninguém vem aqui embaixo.

— E como a gente vai sair daqui Jean?

— Se eu te contar você não vai ficar com raiva, vai?

— A porta não tá travada, tá?

— Não. Eu só queria que você ficasse.

— Jean!!

— Eu não podia deixar você ir, a gente precisava conversar.



— Sim. Mas devia ter me contado a verdade, fiquei em pânico!

— Mas eu sempre dou um jeito de acalmar você, não é mesmo?

— Sim... Você me deixa nervosa e depois me acalma... Eu gostaria só de ficar calma mesmo.

— Sei que estou emocionalmente instável, mas eu já não aguento mais isso. Não adianta tentar ir contra o que eu sinto por você. Eu me rendo aos seus pés Helena, quero estar ao seu lado, fazer parte da sua vida e da vida do... Joel... Ele é um garoto incrível, seria uma honra ter um filho igual a ele.



Você gosta mesmo dele.

— Eu o amo...

— Por quê?

— Por que... ele é parte de você, e pelo bom garoto que ele é. Deixa eu fazer parte da vida de vocês dois? Eu não quero perder você, de novo.

"Se ele soubesse que está falando do próprio filho, será que ia pensar do mesmo jeito? Será que ia ficar tão amoroso assim?... Eu não sei até quando esse bom humor dele vai durar."



Você quer que eu me ajoelhe pra você? Eu me ajoelho!

Jean, não precisa! Para com isso, por favor?

— Helena, vamos fazer as coisas do jeito certo, começar como deveríamos. Você quer namorar comigo?

— O quê? Namorar com você?

— Sim. Ou podemos pular essa etapa e nos casar logo!

— Jean, você nem terminou o seu noivado ainda.

— Eu já estou cuidando disso. Eu amo você, e quero você!

— Jean, vem cá meu amor. Nós temos que resolver algumas coisas antes, você principalmente.



— Eu não devo nada a ninguém, e tudo que eu quero já está aqui comigo. Você, minha Helena.

Jean queria formalizar o relacionamento com Helena, mas ela ainda temia pelo que poderia acontecer. Lucas e Heitor ainda queria sua vingança pelo pai de Joel não ter assumido a criança, e Fernando Marques também queria saber quem foi o homem que lhe tirou a noiva.



— O que você acha de uma aliança nesse dedo? Um anel de brilhantes, da sua escolha.

— Eu nem sonhava mais com isso, mas seria fora da minha realidade. Eu prefiro um anel simples, uma aliança de ouro bem simples mesmo.

— Você vai ser a minha esposa, e não vai ter menos do que o melhor de tudo.

— Jean, nós precisamos conversar sobre isso...

— E vamos conversar! Agora temos que ir, eu preciso participar de uma reunião daqui a 30 minutos.



— Você também estava com o celular, não estava?

— Sim, o tempo todo.

— Eu não acredito...

— Valeu cada segundo que passei aqui com você. Minha doce Helena.

— Você vai continuar assim? Sendo o meu Marcos?



— Você me aceitou como Jean, Lembra? Eu sou um pouco mais intenso do que ele, mas você vai gostar muito mais de mim.

— O que você quer dizer com isso?

— Você era virgem, inexperiente. Como Marcos eu tentei poupar você, ser paciente ir mais devagar, mas agora você é uma mulher e eu posso te mostrar um pouco mais de intensidade. Nós vamos fazer amor de formas que você ainda não experimentou.

— Me deu um pouco de medo, mas eu tô gostando.



Jean teria uma reunião em breve, ele levaria Helena até o quarto para ela descansar.



— Esses quadros são lindos, você tem muito talento.

— Obrigado. Eu gosto de todos eles, mas o melhor e mais bonito, está pendurado na parede do meu quarto, em San Myshuno.

— Sério? Eu gostaria de ver!

— Eu vou te levar para ver, nunca o mostrei para ninguém, eu não tenho permissão.

— Não tem?



— Quando eu o pintei, a pessoa me fez prometer que não mostraria para ninguém, e eu cumpri com a minha promessa.

— Jean, você não tá falando daquele quadro, tá?

— Estou. Eu olhava para ele todos os dias antes de ir dormir, mas deixei em San Myshuno, era muito torturante ver você nua e não poder ter na realidade.

— Eu não me lembrava...



Pouco tempo depois no quarto.

— Você vai para essa reunião, em San Myshuno?

— Vou, mas eu volto logo.

— E o meu carro? Eu preciso voltar para o meu filho.

— Está quase pronto. Me espera, eu mesmo vou pegar ele para você.

— Quanto tempo você vai ficar lá?

— Duas ou três horas.


— Tudo bem, eu acho que não é muito tempo. Vou ligar pra Jena e explicar a demora, o meu filho já deve ter deixado ela louca.

— Nós explicaremos para ela, eu sou culpado por você está demorando mais do que deveria.

— Jean, eu não posso contar sobre nós agora.

— Por quê?

— É complicado. Eu não sei como eles reagiriam quando soubesse que você é o meu amor do passado.

— O que tem de errado? Você acha que eu não me encaixo nos padrões exigidos por eles?

— O meu irmão não é muito fã daquele cara que eu conheci em Windenburg, o cara pra quem eu me entreguei, o responsável pelo rompimento do meu noivado milionário. Lucas e Heitor querem matá-lo!

— Eu dou conta dos dois, mas acho que não precisará disso.

— Não. Eu nunca permitiria que acontecesse uma coisa assim!

— Eu não vou brigar com você, mas isso me magoa profundamente. Você escolheu ficar comigo e agora está me dizendo que quer manter em segredo?



— Você disse que esperaria. É só por um tempo, por favor?

— Helena eu te amo, mas porque você torna tudo tão difícil?

— Eu também te amo, mas há muito em jogo, coisas que você não sabe.

— Como vou saber se você não quer me contar?

— Eu vou contar, eu prometo.

— Quando?

— Quando eu me sentir segura...



— Eu, sinceramente, espero que isso não demore a acontecer. Agora preciso ir, tenho mesmo que comparecer nessa reunião. — Jean afasta Helena.

— Você ficou com raiva de mim?

— Com raiva, não. Magoado, mas vai passar.

— Desculpe...


— Até mais Helena.

— Jean, não fique magoado.

— É difícil não ficar. Mas você já está acostumada a magoar pessoas, não é? Principalmente os caras que gostam de você, não seria diferente comigo.



— Eu não sou assim. Não gosto de magoar ninguém...

— Mas está me magoando.



Depois que Jean sai, Helena entra no banheiro para tomar banho e trocar de roupa, ela decidiu ir embora de táxi.



"Eu não queria fazer ele sofrer, mas não posso confiar em uma pessoa que muda de personalidade a todo momento. Não posso correr o risco de ficar sem o meu filho. É melhor eu voltar logo pra casa, deixar ele em paz."



Uma hora depois.



Na recepção do hotel.




— Boa tarde! Gostaria de fazer o check-out por favor, e pagar as minhas contas.

Olá senhora Leão. Boas notícias, você não tem nenhuma conta para pagar!

Ahn? Moça, deve haver algum engano, eu consumi várias coisas e ainda fiquei na suíte master.

— Não se preocupe, eu explico. A suíte master é particular, não é para alugar, então não tem como cobrar. O Sr. Jean Martinez, não disse para cobrar nada, tudo foi cortesia para você.



Ah bem, obrigada por tudo então. Agradeça ao Sr. Martinez por mim.

— Agradeço sim! Na verdade, amo o meu trabalho. O Sr. Martinez, oferece essa vaga como um estágio para alunos de turismo. Não só recebo um bom salário, mas também uma bolsa de estudo e orientação profissional.

— Eu não fazia ideia, isso é realmente muito gentil da parte do Sr. Martinez...

— Esperamos que tenha gostado da sua estadia e venha nos visitar novamente.

— Claro. Voltarei, com certeza.



Helena se preparava para ligar e perguntar pelo táxi, quando Jean surge.



Ele para ao lado dela e puxa a mala para perto dele.

— Ei, você não precisa do que tem aí dentro, não vai servir em você!

— Aposto que não. Vamos!

— Pra onde? Seja pra onde for, não posso ir, estou esperando um carro.

— Sim. O meu. Agora temos que ir.

— Jean, eu vou voltar pra casa, não posso sair com você.

— O seu carro já está pronto, mas eu vou levar você. Já dispensei o táxi que você chamou.

— O quê? Como?

— Ele chegou eu paguei a taxa de cancelamento e ele se foi. Devemos ir, eu quero te levar em um lugar especial, antes de pegarmos a estrada para Willow Creek.

— Tá bom...



Jean levou Helena na sua Ferrari vermelha, até os penhascos para ver o mar.



— Você dirige muito bem, fez quase um milagre trazendo esse carro até aqui, aquela estrada é muito estreita fiquei com medo da gente despencar penhasco abaixo.

— Já vim aqui várias vezes, estou acostumado. As pessoas costumam vir por uma trilha no meio das pedras, por lá eu não consigo passar com o carro.

— Imagino que não mesmo.



— Está gostando do passeio?

— Muito. Esse lugar é lindo!

— É um lugar especial, eu sempre quis te trazer aqui.

— Você quis?...

— Sim, eu... tinha esperanças de que um dia eu conseguiria.

— Obrigada. É muito bonito.



— Uau!... Que vista maravilhosa...— Helena perde o fôlego, encantada com a paisagem.



Depois de olharem por alguns minutos o mar, eles vão para mais longe da beirada para conversar.



— Obrigada por me trazer, estou muito feliz por ter compartilhado esse momento comigo.

— Todos os momentos bons eu queria compartilhar com você... Sonhei muito com esse dia, foram sete anos que duraram a eternidade.



— Jean, eu pensei que você estava chateado comigo.

— Eu estou.

— Mas tá me tratando bem.

— Não quero mais brigas. Eu... quero que me aceite na sua vida, mesmo sendo o seu segredo... Como se isso fosse errado, a gente se amar e viver esse amor.

— Não é bem isso... é só...

— Tudo bem, mon amour. Não precisa me explicar nada, eu já me conformei em tê-la assim... Não precisa me assumir, serei o seu amante oculto pelo tempo que precisar de mim.



— Mas você não é o meu amante!

— Eu sempre fui, em Windenburg e agora aqui. — Jean acaricia o rosto de Helena, e ela pode ver em seu rosto a tristeza que ele sente ao dizer essas palavras.

— Não Jean, você não é! Por favor, não pense assim. Eu te amo meu amor... — Ela o abraça e os dois ficam assim por alguns minutos.



— Eu também te amo, ma belle.

— Me dá só alguns dias, talvez uma ou duas semanas. Vou preparar a minha vida e ficaremos juntos, se você ainda quiser ficar comigo depois de...

— Eu quero ficar com você, não importa o que aconteça ou que tenha acontecido no passado. Você não entende? Eu simplesmente não posso mais viver sem você!

— E nem eu sem você... — Helena pensava em sair da casa dos primos, ela pretendia alugar uma casa para ir morar com seu filho, assim ela e Jean poderiam ficar juntos sem cobranças de ninguém.



Vamos fazer amor agora!

— Aqui?

— Sim. Aqui e agora!

— Mas e se alguém chegar?

— Dane-se quem chegar! Eu quero você!



Helena concordou, mas com medo de que alguém os pegassem fazendo sexo em um lugar público.



Não tem muito tempo que fizemos amor, e você já arranca as minhas roupas de novo, e eu simplesmente permito. O que você está fazendo comigo Jean?

Aparentemente, nada do que você não queira.

— Mas é isso mesmo que você quer, está comigo o tempo todo? E a Amanda Durand? As outras milionárias em potencial? Eu não sou mais tão rica como você pensa.

— É o que eu sempre quis, desde o primeiro momento que coloquei os olhos em você. Eu sei exatamente o quanto de dinheiro que a sua família tem, não se preocupe com isso, não quero nada vindo deles, eu só quero você e o Joel.



Os dois transaram intensamente, como se fosse a primeira vez do dia.

Eu nunca me canso de olhar pra você, é tão perfeito em tudo, meu francês, meu amor...

— Je suis tout à toi, mon amour, ma belle. (Eu sou todo seu, meu amor, minha linda).



Continuaram e depois finalizaram, em um chuveiro a céu aberto.



No final da tarde, eles chegam em Willow Creek.



Continua...


Comentários

  1. Como diz uma amiga minha: É eita atras de eitaa
    Kkk. O clima esquentou muito entre os dois. Só espero que a Helena abra o jogo logo em relação a quem é o pai do filho dela.

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    1. Ela deveria mesmo. Até porque ele não vai desistir de saber quem é.

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