Os Descendentes 24.
O julgamento da elfa, não foi satisfatório para Raquel, ela achava que
Alfirin, a mãe de Therian, estava sendo cruelmente injustiçada.
Hakon foi atrás dela.
"Alí está ela!"
"Eu não sei o que tô fazendo aqui, por que ele me trouxe pra cá?
Quer eu veja ele dar ordens e matar pessoas inocentes? Acha que vai me
impressionar ou será que a intenção é me intimidar?".
"Sinto sua alma atormentada, eu não gosto de fazer Raquel sofrer...
Como eu queria que ela fosse mais compreensiva. Eu tenho que agir dessa forma,
ou perderei o respeito e o caos dominará... Mas terei paciência, afinal, ela é
minha amada, minha salvação de mim mesmo” — Hakon
suspira pesaroso.
Não precisou andar muito para encontrá-la, ela estava próxima a uma
estátua dos antigos elfos.
— Raquel, vamos conversar?
— O que você está
fazendo aqui, poderoso e impiedoso príncipe Hakon? — Raquel ironiza.
— Eu vim ver como
você estava, e explicar por que dei a sentença para a elfa, Alfirin Eruvalan.
— Você não precisa
me explicar nada, afinal, não posso dar opiniões sobre o que você faz!
— Você pode, mas
deve expor as suas ideias e opiniões quando estivermos a sós, se fizer isso na
frente de outros seres, perderei minha autoridade.
— Você condenou à
morte uma inocente, eu não consegui ficar calada!
— Entendo. O seu
senso de justiça falou mais alto, porém eu não posso voltar atrás de um
julgamento já feito. Ela errou e aceitou a pagar pelo seu erro.
— Hakon?... Ela não
aceitou, ninguém aceita a morte como punição! Estava coagida pela rainha, você
sabe disso!
— Eu sei, e vou
puni-la também, ela terá o seu julgamento.
— Então por que não
julgou logo?
— Não era a hora
certa.
— Você vai condenar
ela a morte também?
— Ela é uma rainha,
eu não devo fazer tal coisa, não por esse motivo!
— Ah tá, que
conveniente não é mesmo? A elfa do campo você puniu, ela vai morrer porque
engravidou forçada e resolveu ter o filho, agora a outra que falhou em proteger
os mais fracos, levando assim a coitada à morte, não merece morrer? O que você
vai fazer com ela, mandar assinar uma advertência?
— Você quer que eu
mate a rainha e comece uma guerra? Se eu matar Nirtholiel, estarei sujeito a
causar uma revolta e uma possível guerra, que eles nunca ganhariam, mas muitos
morreriam por ela.
— Não!... Mas e a
elfa do campo, vai morrer mesmo?
— Não posso
deixá-la livre! Vou perder o respeito, já pensou se todas resolvem ter mais
filhos como Therian? Mais humanos iriam morrer, e eles se multiplicariam muito
rápido, você não entende as nossas leis, mas um dia entenderá!
— Essas leis de
vocês, são muito parecidas com as leis dos caçadores do meu clã, estou cansada
de tantas injustiças, tanta hipocrisia!...
— Somos diferentes,
não nos compare com aqueles selvagens! Você não viu como Therian se curou
rápido, ele é perigoso! E a garota que ele criou, a irmã da sua amiga, ela
também pode ser perigosa, está em observação, sob a guarda de Armin. Ela se
transformou rápido demais, os humanos normais demoram mais de cinco noites e a
maioria não sobrevivem, mas ela se transformou em menos de 24 horas, e tem uma
sede bem maior do que o normal, a sua irmã Renata, está sempre alimentando ela,
tentando saciar a sede da garota, por isso a caixa térmica com sangue coletado
estava do lado de fora do quarto. Se mais desses híbridos aparecerem e
começarem a criar vampiros, eu não sei quantos humanos eles matariam. Seria um
desastre!
— Eu sei que
governar tantas pessoas... criaturas perigosas, não deve ser fácil, e eu não
quero estar no seu lugar, não conseguiria ser tão cruel, tão impiedosa, mesmo
que fosse para salvar muitos ou manter a ordem... Eu nunca vou estar no seu
nível, não entendo como posso ser essa tal de prometida para você?
— Você vai
entender, quando sentir por mim o que eu sinto por você..., mas me diga, além
de condenar a rainha à morte e desencadear uma guerra, o que faria em relação a
esse problema, se eu passasse a autoridade para você?
— Eu não condenaria
a rainha à morte, eu só falei isso pra ver se você mudava de ideia e poupasse a
vida da elfa do campo. Mas de cara, eu ia querer saber onde o demônio
estuprador estava, ele merece morrer mais do que todos! Chamaria a rainha para uma conversa mais
sincera, e exigiria a verdade, eu sei que ela está mentindo, ela deve ter
forçado a mãe do hibrido a se entregar e assumir a culpa de tudo sozinha, e
depois... — Raquel pensou um pouco mais, mas não
encontrou uma saída para salvar a elfa Elfirin, sem que Hakon parecesse fraco e
perdesse o respeito de alguns — Eu, não sei bem o que poderia ser feito pra
salvar a vida da elfa, o filho dela é perigoso, e sei que ela não aceitaria ser
salva e deixar o filho morrer.
— Interessante!...
— O que é
interessante?
— O seu jeito de
pensar. Eu tenho uma solução para poupar a vida, da mãe e do filho, pelo menos
por enquanto.
— Sério, qual?
— Vou exilá-los,
ficaram em uma prisão domiciliar sob nossa vigilância, Jacques vai gostar de
estudar o híbrido.
— Você vai torturar
eles?
— Acho que não será
necessário, vão morar em uma fazenda e estarão presos por um escudo, um feitiço
de isolamento, até decidirmos o que fazer com eles. Está bom assim para você?
— Eu me sinto
melhor... Obrigada por me ouvir.
— Eu ouço você,
penso em você o tempo todo, você é prioridade para mim, mas infelizmente tenho
responsabilidades que não posso deixar de lado, eu preciso ser assim, não posso
demonstrar fraquezas ou muitos pagarão por isso.
— Eu entendo você
agora, me desculpe por ser tão impulsiva, mas não consigo mudar esse meu jeito,
eu sou assim mesmo, não fico calada diante de injustiças e nem posso me omitir
para crueldades.
— Eu a admiro, você
é uma mulher forte e será uma ótima rainha.
— Não sirvo para
ser rainha, eu já disse que não sei e nem quero ser como você!
— Eu preciso de
você ao meu lado, Raquel... Sou um homem melhor quando você está comigo. Tudo é
diferente, sinto sentimentos e sensações estranhas, que são novos para mim...
Tentei resistir a isso, no entanto, me sinto bem como nunca estive, eu não
quero mais resistir, vou aceitar tudo que você quiser me dar, nem que seja um
pouco por vez...
— Hakon, por que
eu?
— Porque é você!...
Passei a minha vida toda esperando por você, eu aceitei o meu propósito, as
minhas responsabilidades, e eu sempre tive dúvidas em relação a esse sentimento
tão falado e prometido para mim: o amor... Me falaram que a minha prometida
nasceria exclusivamente para mim, ela viria ao mundo para ser a minha rainha,
minha companheira. Eles estavam certos de quase tudo... Você não nasceu para me
amar e me servir, eu é que nasci para amar você e protegê-la...
— Eu... — Raquel
tentou falar, mas as palavras não saiam.
— Esse sentimento é verdadeiramente poderoso, ele pode mudar toda a estrutura de um homem, um ser como eu... pode ter salvação? Eu posso continuar a viver, sair da escuridão, porque tenho você, para amar e proteger, e não é uma obrigação, não é um fardo, pois não sinto dor, não preciso lutar para me conter, estou calmo e controlado, querendo apenas estar perto de você, ter certeza de que você está segura... Só preciso que você me queira ao seu lado, pelo menos dessa forma.
— Eu quero! Nós
precisamos conhecer mais um ao outro, eu não me acostumei ainda com todas as
mudanças e descobertas, a minha vida tá uma bagunça..., mas é bom ter você por
perto...
Ao ouvir de Raquel que ela o aceitava, Hakon não se conteve e puxou a
sua amada para um beijo.
— Não, eu prometi
que não faria mais isso sem a sua permissão! — Ele quase beijou Raquel de novo
sem o consentimento dela, mas parou antes de encostar seus lábios.
— Me desculpe, eu
prometi que não a beijaria sem que você permitisse primeiro!
— Ahh, mas... tudo
bem, a gente meio que se deixou levar por finalmente estar se entendendo, um
pouco...
— Não era a hora
certa, eu devo ter mais paciência com você, não quero ter o mesmo comportamento
do lycan. — Apesar de não acreditar de fato que Higor era um lobisomem, Raquel
já tinha se acostumado a ouvir Hakon chamá-lo assim.
— Que é isso, vocês
são tão diferentes?! — "Mas que droga, por que ele não continuou? Meu
Deus, eu tô enlouquecendo mesmo?!".
— Eu devo retornar
para a sala do trono, estão me esperando para encerrar o julgamento. Preciso
ter uma conversa em particular com Nirtholiel, ela vai ter o seu julgamento
hoje mesmo! Você vem comigo?
— Eu acho melhor
ficar aqui e respirar esse ar puro, de repente ficou tão quente... Depois eu
vou!
— Tudo bem, mas não
se afaste demais, está protegida com um escudo, porém ele se enfraquece se for
para longe, e esse lugar não é confiável.
"Mas que
merda, eu não posso estar sentindo isso! Que dor no peito, tô com falta de ar
de tanta vontade de beijar essa boca dele!".
"Por que eu não consigo engolir isso, essa vontade de beijar ele?
Meu Deus, Raquel, ele é um demônio!"
"Quer saber? DANE-SE!! Eu vou engolir esse orgulho que eu tenho
junto com todas as minhas crenças e éticas de caçadora!" — Hakon!! Espera... Vamos conversar?
Quando Raquel tocou
nele, Hakon sentiu que o momento certo havia chegado, ele tinha despertado o
amor em Raquel.
Ele a beijou com toda a vontade que estava contida, a beijou
intensamente, porém com cuidado e ternura, para que sua intensidade não a
machucasse. Hakon tinha dificuldades em controlar sua ira e sua força, por isso
sempre teve receios de ter relações sexuais com mulheres humanas, como os dois
irmãos dele faziam de vez em quando.
Raquel por sua vez, se entregou completamente aos seus sentimentos
contidos, já não importava mais suas crenças ou éticas de caçadora, Raquel
estava apaixonada por uma criatura que ela antes, abominava.
Se beijaram por alguns minutos, se abraçaram admirando um ao outro,
apreciando cada segundo daquele momento.
— Isso está mesmo
acontecendo?... A gente se beijou, estamos abraçados, e eu não sinto vontade de
te matar! — Raquel estava incrédula.
— Se você quisesse
eu deixaria, eu não sou capaz de fazer nenhum mal a você, mesmo que seja para
me defender.
— Saiba que isso é
tentador! — Raquel brinca com Hakon — Nunca imaginei que isso fosse
acontecer... Você é um...
— Demônio?
— Eu não quero
ofender você, mas você sabe que não é um homem normal, eu não sei como me
sentir em relação a você.
— O que está
sentindo agora?
— Muitas coisas ao
mesmo tempo: medo, raiva, vontade de chorar, amor, felicidade...
— Todos esses
sentimentos são importantes, porém, o amor e a felicidade, é o que quero que
seja permanente, que se torne comum entre nós dois.
— E o que vai
acontecer agora? Eu não sei bem o que pensar... Não posso continuar no Clã
Raziel, sou uma traidora aos olhos deles.
— Viva comigo, seja
minha rainha, ninguém tocará em você!
— Hakon, eu não
quero ser a sua rainha!
— Raquel, você me
fere profundamente. Eu a amo com todo o meu ser.
— Eu... também amo
você. Eu sei disso agora, mas o mundo que você vive não é o meu, eu não gosto
do seu estilo de vida, eu sou humana Hakon, gosto do meu apartamento, da
cidade, das pessoas normais, das festas e todas essas coisas que você não tolera.
Como iremos viver juntos desse jeito? Você não pode mudar quem você é, e eu não
quero mudar quem eu sou, seremos infelizes dessa forma!
— Você está certa.
Encontrarei uma solução para esse problema, mas por favor, não se afaste de
mim, eu não posso viver sem você.
— Eu não vou.
Porque eu amo você!
— Esperei tanto por
você, não posso te perder, serei paciente. Encontraremos um jeito de sermos
felizes juntos, onde quer que seja.
— Eu não sei ainda
o que aconteceu, mas não posso mais negar o que eu sinto quando você se
aproxima, quando me olha, quando diz que sou sua, mesmo com esse jeito
irritante, arrogante e prepotente que você tem. Eu quero estar com você.
Preciso de você, pra me sentir bem. Me sentia confusa, e ainda me sinto, porque
gosto quando me abraça, eu não deveria odiar você em vez de amar?
— Não, porque você
é minha e eu sou seu. Você me ama Raquel, eu sempre soube, eu sentia e sinto.
— Sim. Eu te amo
Hakon!
— Vamos embora
daqui? Quero ir para o meu apartamento, quero que você venha comigo.
— Preciso falar com
Nirtholiel, vou destroná-la, passar a coroa para a filha dela, Avel.
— Sério?! Você acha
que a filha vai reinar melhor do que ela?
— Não. Avel não tem
pulso firme para governar, mas será uma boa rainha, ela é justa, e logo se
casará com um nobre guerreiro, ele será o segundo no comando, eu voltarei
depois para passar a coroa aos dois. Lothlórien terá um rei e uma rainha, como
era no passado.
— Eu ainda preciso
me acostumar em ter um deus vampiro como namorado! Você manda e desmanda em
todos os seres?!
— Um deus
vampiro?... Eu não sou nenhum dos dois, sou um servo dos seres celestes, e não
posso passar o meu fardo para outro!
— Você não gosta de
ser que você é?
— Gostaria de ser
quem você quer que eu seja, iria viver com você onde escolhesse ir...
— Meu amado Hakon,
você é um homem triste, eu posso ver o que sente agora...
— Estou feliz
porque tenho você, minha amada Raquel. Você ilumina cada instante da minha
vida... Eu não quero viver na escuridão outra vez.
— Você não vai! Vou
estar com você pelo resto da minha vida. Vamos dar um jeito de vivermos juntos
sem ter que sacrificar a felicidade um do outro!
— Viver ao seu lado
não é um sacrifício para mim, é uma dádiva concedida, uma bênção, uma cura para
a minha maldição. Não sou mais um amaldiçoado, eu sou abençoado com o seu amor.
— Me perdoa por
tudo o que disse, todas aquelas coisas que eu falei sobre você? Eu me
arrependo, não entendia como era ser o que você é, o que você faz... A Renata
tinha razão, quando me disse que eu precisava conhecer para entender você.
— Não precisa pedir
perdão meu amor, o que você dizia não era sincero, não era o que pensava, só
estava confusa.
— Sim... Vamos
embora? Vai levar a elfa com você?
— Levarei ela para
a ilha. Fique aqui, vou chamar Arakiel para proteger você, enquanto termino o
julgamento e converso com Nirtholiel!
— Não precisa
chamar ele, sei me defender!
— Mesmo assim, eu
vou chamá-lo.
— Hakon! Você
precisa me ouvir de vez em quando!
— Eu ouço, eu
sinto, eu amo... Temo por não estar segura, eu conheço esses seres, a magia
deles é poderosa e você não os conhecem.
— Tudo bem, mas não demora! Você vai estar seguro lá?
— Sim estarei
seguro! Mas... é bom ver que se preocupa comigo.
— É claro que eu me
preocupo. Agora vai e não demora, eu quero sair desse lugar.
— Estaremos no seu
apartamento em pouco tempo. Espere aqui, Arakiel já está vindo.
Arakiel chega em
instantes, e Hakon segue para suas obrigações.
Algum tempo depois:
Hakon já tinha
terminado o julgamento de Alfirin, mãe de Therian, ele informou que levaria a
elfa para junto de seu filho, e logo depois seria exilada para uma espécie de
prisão fazenda, até que o vampiro fosse encontrado para responder por seu
crime. Nem todos aprovaram a decisão inesperada dele, a rainha Nirtholiel foi
uma que não gostou, ela esperava que Hakon executasse Alfirin, assim ele não
descobriria mais coisas sobre o acobertamento dela, e algumas irregularidades
que ela havia cometido, mas Eru, o elfo mago, mão direita da rainha, aprovou a
não execução imediata da elfa Alfirin, ele já estava farto das crueldades e
injustiças que a rainha cometia com os elfos do campo.
E depois Hakon
chamou Nirtholiel e sua filha Avel, para uma conversa em particular, ela pediu
para que dois de seus elfos protetores as acompanhassem. Hakon, lhe falou sobre
o que viu com alta clareza nas recordações da mente de Alfirin, ele foi além do
que ela apenas estava pensando, com seu incrível poder telepático, Hakon pode
ver o descaso de Nitholiel com os servos mais humildes, e lhe deu a sentença.
— Você não é uma
boa rainha, é injusta com quem mais precisa de seus cuidados, é egoísta e
irresponsável! Nunca foi e nunca será como a sua mãe. É vaidosa e gosta da
luxúria, por isso não permite em ter um rei ao seu lado.
— Por séculos
governamos sem rei, foi decidido que a linhagem dessa Era, fossem governadas
por Rainhas e não Reis! Tenho mantido a ordem com pulso firme, você não está
sendo justo comigo!
— Você tem muita
paciência Hakon, esse é um dos motivos pelo qual agradeço em não ser o
príncipe!
— E o que faria no
meu lugar, irmão?
— Eu a exilaria,
para que pagasse por seus crimes cometidos contra o seu povo.
— Eu não cometi
crime algum! Ainda bem que você não é o que está no poder, Jacques!
— Muito cuidado com
a sua língua, Rainha, ou terei que cometer um crime também. — Jacques ameaça
Nirtholiel.
— Príncipe Hakon,
você não pode me destronar! Quem você colocará no meu lugar?
— A princesa Avel e
Krynier, o sábio guerreiro!
— O que você está falando?
Avel é uma criança, ela tem apenas 115 anos!
— Está decidido!
Avel se casará com Krynier daqui a dez luas do seu tempo, e eu voltarei para
participar do casamento e da coroação! Chegou a nova Era, agora Lothlórien terá
um rei e uma rainha! — Avel ficou surpresa com a decisão do príncipe Hakon.
— E se eu me
recusar a entregar a coroa?!
— Cale-se sua
insolente! Estou quase aceitando o conselho do meu irmão, em levar você para o
exílio!! O seu povo não se oporia a essa decisão, eu vejo e ouço o que eles
pensam sobre você, sobre o seu governo e não estão satisfeitos com a sua
liderança! Vai ser investigada e possivelmente condenada, pelos seus súditos.
Deixarei que os elfos do campo decidam o que fazer com você. E caso se oponham
a mim, eu fecharei o portal que liga a sua dimensão a outras, ficarão sem minha
proteção e sem nossos recursos, quem apoiar você irá ter a mesma sentença!
— Príncipe Hakon,
por favor, eu peço misericórdia por minha mãe, ela não está pensando com
clareza. Aceito a sua decisão e espero estar à altura de ser uma boa Rainha
para o meu povo.
— Você é muito
jovem, Avel Celebrimbor, no entanto tem qualidades que sua avó tinha, irá
governar junto com um Rei, o guerreiro Krynier, ele é um elfo sábio, será um
bom marido e um bom Rei.
— Obrigada!
Esperarei pelo dia do meu casamento para vê-los novamente?!
— Não vai esperar
tanto. Jacques voltará com alguns servos, para certifica-se de que tudo está
correndo bem, ele irá visitar os campos e as aldeias pessoalmente, conversará
com o seu povo sobre o atual governo. Nenhuma injustiça será cometida aqui, por
isso estou encarregado de protegê-los e ajudá-los, foi assim desde antes de sua
mãe nascer!
— Voltarei em
breve! Não se preocupem. — Jacques fala em um tom irônico.
— Você não precisa
fazer isso comigo, príncipe Hakon, sempre lhe servi de todas as formas, sempre
fui fiel e prestativa a você...
— E eu apreciei
muito tudo que me ofereceu, mas antes de tudo, devia ser uma boa líder, o seu
povo sofre com as suas decisões mal tomadas. Está colhendo o que plantou por
todos esses anos!
— Vai me exilar por
causa de queixas de servos? Você bem sabe que não podemos agradar a todos!
— O que ela está
tentando dizer, Hakon?
— Está questionando
a minha forma de governar, acho que ela sabe de coisas que não sabemos, irmão.
Quer ter uma conversa em particular com a Rainha?
— Apreciaria muito.
— Não, eu não quero
dizer nada! Apenas peço para que não levem em consideração queixas exageradas.
— Jacques vai pedir
a nobre companhia de dois Reis, amigos seus de reinos vizinhos. Eles ouvirão os
seus súditos, Rainha Nirtholiel, nós apenas faremos o nosso trabalho junto de
seu povo. Não somos nós que decidimos como governa, mas ajudamos a manter a
ordem das espécies.
Algo me diz que Raquel e a Celeste (de o rei e a feiticeira) iam se dar muito bem. As duas são muito parecidas quando o assunto é julgar alguém.
ResponderExcluirA Avel tem 115 anos, o corpo de uma jovem adulta e ainda é considerada uma criança? Como assim?
Os elfos não são imortais, mas vivem por milênios, ela é como se fosse uma adolescente para a mãe que tem mais de um milênio de idade, porém, já atingiu a idade permitida para se casar ou ter filhos, no entanto, os elfos só podem ter dois filhos, não mais do que isso, e alguns só conseguem ter apenas um.
Excluir