Um Amor em Windenburg 08.







Manhã de segunda feira.

Helena acorda cedo, ela iria receber uma ligação do seu irmão.

Foi Lucas que ajudou a convencer o pai deles a deixar Helena viajar para uma despedida de solteira, como ela iria se casar contra a sua vontade, merecia essa viagem.




Conversa ao telefone:

Helena: Oi Lucas, como estão as coisas por aí?

Lucas: — Oi maninha, as coisas por aqui estão do mesmo jeito, e você como está?

Helena: Vivendo o momento mais feliz da minha vida! Eu queria que ele nunca acabasse, mas eu sei que vou voltar e enfrentar o meu destino.

Lucas: — Eu queria poder fazer alguma coisa para mudar isso, convencer o nosso pai a não obrigar você se casar com aquele imbecil arrogante, me sinto tão impotente diante disso tudo, a culpa é minha por não encontrar uma solução para a nossa situação financeira, agora você vai pagar por nosso fracasso!



Helena: Não se culpe meu irmão, a culpa é unicamente do nosso pai, ele não soube administrar os negócios da família, e agora quer um milagre!

Lucas: — Helena você não precisa fazer isso, não se sacrifique por dinheiro, encontraremos um jeito de sair da lama.

Helena: O que eu posso fazer Lucas? Se me negar a casar com Fernando, o que o nosso pai fará comigo? Eu tenho medo do que pode acontecer com a nossa família, com você...

Lucas: — Se você decidir não se casar, eu prometo que vou dar um jeito, não ficará desamparada minha irmã, eu só quero que você seja feliz!




Helena: Eu amo tanto você Lucas, meu irmão favorito!

Lucas: — Eu sou seu único irmão! — Os dois riem.

Helena: Isso é verdade, mas eu poderia amar mais o Heitor, ele também é meu irmão de coração, falando nisso, como eles estão, Heitor e Jena?

Lucas: — Estão muito preocupados com você, com esse casamento arranjado.

Helena: Lucas, podemos conversar sobre isso depois, quando eu chegar aí, por favor? Agora eu tenho um compromisso com a felicidade, ainda que seja por pouco tempo.

Lucas: — Tudo bem então, seja feliz o quanto puder minha doce irmã, você merece. Eu te espero, e juntos encontraremos um jeito para resolver isso.

Helena: Manda um beijo para os dois, Heitor e Jena, eu os amo igualmente, mas você eu amo mais. Até breve meu irmão!



Depois da conversa com o irmão, ela foi ao encontro da felicidade, chamada Marcos.




Helena foi para a casa de Marcos, como havia prometido no dia anterior, e ele lhe mostrou os quadros que tinha pintado.



Não sei o que dizer!...

— Você gostou?

— Adorei, mas...

— O quê, mon amour?




— Eu não sabia que você ia me pintar nua!

— Não se preocupe, ninguém além de mim vai olhar para esse quadro.

Como você conseguiu lembrar de tantos detalhes? Foi tão meticuloso com o meu corpo, ninguém nunca me viu assim...



— Cada pedacinho do seu corpo, do seu rosto, das suas expressões, estão guardadas comigo, na minha memória, e agora eternizadas nesses dois quadros, principalmente o seu sorriso lindo perfeito e único...

— Marcos, eu não sou tão bonita assim, acho que você melhorou muitas coisas em mim!





Não melhorei nada em você, porque é impossível melhorar o que já é perfeito!

— Eu não sou perfeita, tenho muitos defeitos... Você sim é incrível!

— Ellen, você é a mulher mais doce e verdadeira que já conheci e essas qualidades faz você ser muito especial.

Não sou essa pessoa, Marcos, por favor pare de dizer que sou perfeita?!

— Mas é a verdade meu amor!...

— Eu não quero ser perfeita, ninguém é!... Nem eu e nem você, somos especiais um para o outro e isso é tudo que precisamos ser.

— Sim, é tudo que precisamos!





Os dois passaram o dia juntos, aproveitavam o tempo que lhe restavam em Windenburg.





Naquela noite Helena dormiu com Marcos, como havia prometido.




— Cada momento ao seu lado é maravilhoso, meu francês gostoso!

— Eu digo o mesmo para você, minha linda Ellen!



Os dias passam:

Os dias se passaram, Marcos e Helena aproveitavam todos os momentos para ficar juntos.




Ela passava mais tempo na casa dele do que na pousada.




Voltaram algumas vezes para tomarem café juntos, na mesma cafeteria onde se conheceram.



Marcos sempre presente nos dias de Helena em Windenburg.



— Como eu vou sentir falta dessa liberdade, de estar com você todos os dias!...

— Ainda faltam alguns dias meu amor, não precisa ficar triste com antecedência, nós não temos poder sobre o futuro, tudo pode acontecer!




— Eu não vou ficar triste, nós somos o que temos que ser, não é?

— Sim, ma belle!

— Você é esse ser livre, e eu... sou apenas Ellen Oliveira!... — Helena não estava feliz com o futuro que viria.

— Você é a garota mais incrível que já conheci, mais linda, mais doce. Você é meu amor!

— E você o meu, nunca se esqueça disso, Marcos!




E os dias passam:

— Não consigo passar um dia sem ver você, ma belle!

— Eu também adoro estar com você, meu amor!

— Quantos dias tem para você ficar aqui?

— Três dias, mas não vamos falar sobre isso agora, temos que aproveitar cada minuto juntos.




Dez dias se passaram desde que Helena chegou em Windenburg, agora ela teria que retornar para sua casa em New Crest.


"Me desculpa por não ter coragem de me despedir de você, mas infelizmente tenho que voltar para minha vida, cumprir com o meu destino".




"Nunca fui tão livre e tão feliz como fui aqui em Windenburg, com você meu amor... Durma meu lindo francês, vou sair da sua vida do mesmo jeito que entrei, sem avisar. Eu nunca vou esquecer o que vivi com você, Marcos Silva".



Helena enviou uma mensagem para o WhatsApp de Marcos, se despedindo dele, e nela estava escrito:

“Querido Marcos, meu lindo, talentoso e aventureiro francês, estou voltando para a dura realidade da minha vida, eu preferia infinitas vezes ficar aqui vivendo esse sonho com você, mas como todos os sonhos em algum momento temos que acordar. Você foi a coisa mais bonita que me aconteceu, eu nunca vou esquecer do que vivemos juntos nessa doce cidade, foi o meu primeiro amor, e com o futuro que me espera, certamente vai ser o único, pois nunca vou amar ninguém como amei você. Eu te amo Marcos, sei que você também me amou, mas é como um pássaro, tem que viver livre, sem se prender a ninguém...”

Da sua Ellen Oliveira.




Helena se despediu do seu amor, em seguida foi para a pousada pegar suas malas e depois para o aeroporto, ela retornaria para a sua a casa em um avião particular, da empresa de sua família.




Helena estava profundamente triste por ter que deixar o homem que amava, ela saiu e não se despediu de Marcos, e logo iria embora para nunca mais voltar.




A hora tinha chegado, e em quarenta minutos Helena estava indo para o aeroporto, antes ela conversou com os donos da pousada, ela pediu para que sustentassem a mentira sobre a identidade falsa dela, caso Marcos fosse procurar por ela, bloqueou o número dele, assim não cairia em tentação se ele ligasse, e quanto ao endereço de Helena, ele nunca descobriria mesmo se a dona da pousada resolvesse falar sobre o verdadeiro nome dela, porque Helena tomou os devidos cuidados.


E em uma hora estava partindo, Helena nunca mais iria voltar a ver Marcos Silva, seu primeiro e único amor.

 

 

Continua...



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