Um Amor em Windenburg 06.
Já na pousada.
Marcos Silva, levou Helena para a pousada.
— Você poderia ter dormido comigo hoje.
— Eu prometo que
durmo com você outro dia, mas quero te dizer que foi muito especial o dia de
hoje, eu não poderia ter escolhido outra pessoa para ser o meu primeiro.
— Mon amour, você é
maravilhosa! Muito obrigado por ter me escolhido, eu me casaria com você hoje
mesmo se me aceitasse do jeito que eu sou.
— De que jeito?
Artista, livre, aventureiro e sonhador?
— Esqueceu de falar
do artista não famoso, eu não tenho muito a oferecer para uma mulher como você.
— E que tipo de mulher você acha que eu
sou?
— Você é educada,
refinada, e ainda que se esforce para esconder isso, eu percebo que você Ellen,
não é uma mulher simples.
— Você não precisa de bens materiais para
fazer uma pessoa feliz, se fosse apenas esse o motivo que me impediria de casar
com você, isso não importaria.
— Você não se importa
mesmo que eu seja um homem sem grandes condições financeiras?
— Não!
— Você é uma mulher
incrível!
— Obrigada, mas sou assim porque você me
faz ser... É tão carinhoso, amável, atencioso... Me sinto livre e amada com
você, eu sinto que posso fazer qualquer coisa que eu quiser!
— Comigo você pode
ser e fazer o que quiser! O que mais você tem vontade de fazer que ainda não
teve coragem?
— Eu queria fazer uma tatuagem...
— Então vou te
levar para fazer uma!
— Eu não sei se
tenho coragem...
— Se for uma coisa
que você queira muito, não hesite, crie coragem e faça!
— Talvez... se for
em um lugar escondido.
— Você tem receio
de mostrar por algum motivo específico?
— Eu... — Helena
para e pensa, se o pai dela descobrisse o que estava acontecendo, certamente
iria ficar muito zangado, e o irmão também, a família Leão zelava muito pela
boa conduta e aparência.
— Então vamos sair
amanhã, e você decide se vai fazer ou não, tudo bem?
— Tudo bem!
— Eu já vou, mas
amanhã estarei aqui e almoçaremos juntos novamente, mas dessa vez vou levar
você em um outro restaurante.
— Mal posso
esperar!
— Boa noite ma
belle!
— Boa noite Marcos!
Os dois se despedem com beijos e abraços cheios de amor, o sentimento
crescia dentro deles.
Helena encontrou coragem para realizar seus desejos e vontades, e Marcos
a fazia se sentir bem e amada, mas ela sabia que esse sonho logo acabaria.
Domingo. Dois dias se passou desde que Helena chegou em Windenburg.
Ela tomou o café da manhã na pousada.
Meia hora depois:
Helena recebe uma ligação de Marcos, avisando que já estava indo para a
pousada.
Conversa ao telefone:
Helena: — E onde você está agora?
Marcos: — Estou esperando o táxi que pedi, ele está a caminho! O meu carro
simplesmente não funcionou hoje!
Helena: — Sério?
Então não precisa vir até a pousada, nos encontramos na praça perto da
cafeteria?
Marcos: — Se não
for ruim para você, mas eu posso passar por aí e vamos juntos para a praça.
Helena: — Não
precisa vir Marcos, vai ficar mais caro até aqui, eu pego um táxi rapidinho e
chego primeiro do que você.
Marcos: — Tudo bem
então mon amour, eu vou ao seu encontro na praça.
E como Helena disse, ela chegou primeiro do que Marcos.
"Eu sei que são apenas quinze minutos, mas parece uma
eternidade!... Estou tão apaixonada por ele, eu não deveria ter me permitido
sentir isso pelo Marcos, ele nunca se encaixaria nos parâmetros exigidos pela
minha família. Meu pai infartaria se soubesse o que aconteceu, não sei se agi
certo...".
Helena já estava se arrependendo de ter se entregado para Marcos, ela
sabia que não poderia esconder o que fez por muito tempo; o celular toca e era
seu noivo, Fernando Marques.
Conversa ao telefone:
Helena: — Alô?
Fernando: — Bom dia
minha linda noiva, como você está?
Helena: — Bom dia
Fernando, estou bem e você?
Fernando: —
Péssimo! Não gostei de saber que minha futura esposa está passeando, aproveitando
livre e solteira em uma outra cidade e sem mim, o seu futuro marido, você não
deveria estar aí, Helena!
Helena: — Não somos casados ainda, eu posso estar onde
eu quiser, Fernando!
Fernando: — Você
logo terá o meu sobrenome, não faça nada que poderá se arrepender depois, eu já
estou sabendo que essa viagem foi ideia sua e não do seu pai, que não queria
que você fosse!
Helena: — Sim, a
ideia foi minha, eu queria aproveitar os meus últimos dias de liberdade, sem os
grilhões da escravidão.
Fernando: — Você será a escrava
mais rica da cidade, e terá tempo para lamentar da sua prisão, no spa, e
fazendo compras no shopping que desejar!
Helena: — Você acha
que é isso que eu quero para a minha vida?
Fernando: — É o que
toda mulher quer, um marido bonito de grandes posses, cartões de crédito
ilimitados, e filhos lindos e educados; teremos belos filhos, pois somos assim.
Helena: — Você não
me conhece nem um pouco... E já tenho um cartão de crédito ilimitado, desde que
eu era um bebê!
Fernando: — Nós
sabemos que essa não é mais a realidade da sua família, estão à beira da
falência, e eu posso evitar que isso aconteça, então minha linda futura esposa,
volte o quanto antes e se guarde para mim, eu não quero o nome da minha família
exposta a fofocas. Eu mereço você, Helena Leão!
Helena: — Não se
preocupe, vai ter o que merece. Até mais Fernando Marques!
"Meu Deus o
que eu fiz para merecer esse destino? Eu não quero me casar com o Fernando, ele
mal me conhece e já quer impor regras, um casamento sem amor...".
Prefiro mil vezes
ter um marido como o Marcos, ele é o homem perfeito! Mas eu também mal o
conheço, não sei se ele é o que parece ser, ele pode até estar gostando de mim,
mas não tem jeito de que se prende a alguém, Marcos é livre e isso é o que o
torna tão especial, eu nunca terei um amor como ele... O que posso fazer é
aproveitar ao máximo e sem arrependimentos os dias que passarei aqui, os
últimos dias sendo eu mesma antes de me casar com o Fernando. Sendo apenas a Ellen Oliveira, a desconhecida turista, sem responsabilidade alguma!".
Enquanto Helena
pensava na vida, Marcos chega no ponto de encontro.
— Tão pensativa e
tão linda, o que eu não daria para ser o dono desses pensamentos?!
— Marcos?
— Oi princesa?!
— Oi! Você demorou!
— Desculpa mon
amour! Tive um imprevisto com o taxista, estava ansiosa para me ver?
— Um pouco...
contando os segundos!
— Você devia ter
dormido comigo, pensei em você a noite toda... revivendo na minha memória tudo
o que aconteceu naquela cama, o cheiro do nosso amor ainda está forte nela.
— Você poderia
escrever poemas além de pintar quadros.
— Vou pensar
seriamente nisso, você é minha inspiração. Ma belle!
— Você é francês?
Adoro quando fala desse jeito.
— Eu nasci na
França, no entanto, não cresci lá. Mas vamos parar de falar sobre mim, já que
você nunca fala sobre si mesma.
— Me desculpa, eu
não acho a minha vida interessante...
— Tudo bem! Então,
você quer fazer a tatuagem, já se decidiu?
— Sim, eu vou
fazer! Agora me põe no chão e me beija?
— O seu desejo é
mais do que uma ordem!
Os dois se beijam
apaixonados.
Eles vão para o estúdio
de tatuagem, onde Marcos já tinha falado com a tatuadora que era muito
conhecida na cidade, então era de inteira confiança.
— O que você quer
tatuar?
— Uma borboleta, eu
adoro borboletas!
— Vai ficar lindo!
— Você acha que vai
doer?
— Só um pouquinho,
nada demais!
Um tempo depois, já
no estúdio.
— Mas amor, ela nem
começou!
— Eu te mato
Marcos!
— Relaxa e confia
na tatuadora, ela é a melhor da região, depois você me mata da forma como
desejar! — Marcos riu, se divertindo com as lamentações de Helena.
Uma hora depois.
Trabalho terminado.
— Ficou lindo mon
amour!
— Mais uma cliente satisfeita!
Continua...
Já tô vendo o problema que vai dar se o Fernando resolver ir atrás da Helena e chamar ela pelo nome na frente do Marcos.
ResponderExcluirSim, não vai prestar mesmo! kkkk
ExcluirEu achando que o Marcos era o Fernando kkkk
ResponderExcluirÉ não kkkk. Obrigada por acompanhar Ana s2
ExcluirEu não gostei desse Fernando, tão arrogante merece os chifres mesmo, se eu fosse a Helena fugia com marcos kkkkkkkkkkkk.
ResponderExcluirEle é bem arrogante mesmo. Mas ela não foge porque tem medo do pai.
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