Um Amor em Windenburg 03.

 



No restaurante.


Ao se sentarem à mesa reservada por Marcos.
Os dois olharam o cardápio juntos, Marcos sugeriu alguns pratos especiais da casa.
— Esse salmão grelhado na manteiga de búfala?... Parece gostoso. — Helena perguntou.
— Eu já comi, é realmente muito gostoso!
— Então eu vou pedir, e quero experimentar esse licor de framboesa também!




Marcos fez os pedidos. A garçonete deu uma atenção especial no atendimento para ele, ela não conseguia tirar os olhos de cima dele, Helena apenas observou.




— Você pode trazer para ela, salmão grelhado e licor de framboesa, para mim, robalo com ervas finas e vinho tinto suave, por favor?!

— Claro! Mais alguma coisa?

— Por enquanto é só isso, ainda não escolhemos a sobremesa, vamos pedir depois. Obrigado!




— Acho que você ganhou uma fã!

— A garçonete?

— Você não percebeu como ela quase oferece o prato: "Garçonete na bandeja!", exclusivamente para você?!

Marcos riu bastante do comentário de Helena.

— Estou dispensando! Deve ser por causa das boas gorjetas que sempre dou a elas, já vim aqui outras vezes.

— Ahhh, claro! Deve ser mesmo as boas gorjetas, nada a ver com você ser bonito e muito atraente...




— Então você me acha bonito e atraente?

— Claro que sim, mas estou aqui por outras qualidades sua!

— Mesmo? Quais?

— Ser cortês é uma delas, quando se chega em uma cidade desconhecida é sempre bom encontrar pessoas assim, dispostas a fazer companhia, pessoas amigáveis.

— Sim, é claro! Obrigado, pelos elogios, tenho alguns para você também, mas prefiro lhe dizer depois de jantarmos.

— Tá bom... Se você prefere assim.

— Eu prefiro.




— A pousada onde estou hospedada é bem próxima daqui, na verdade, no outro quarteirão!

— Sério? E você não explorou nada por perto?

— Não tive tempo, cheguei hoje de manhã e fui ao banco, eu precisava sacar dinheiro, e estava com fome, então fui parar naquele café, "Ouriço e a Lebre".

— Sacar dinheiro? Mas não seria melhor usar cartão?

— Pois é, mas eu gosto de pagar em espécie... Você não disse que é um homem à moda antiga, eu também gosto dessas coisas! — Helena não queria que seu pai soubesse exatamente onde ela estava, usando os cartões de créditos, seria fácil controlar o que ela fazia, afinal, a renda vinha das contas do pai.



— E você gosta de homem à moda antiga?

— É claro que sim, olha só nós dois sentados aqui, um homem e uma mulher à moda antiga conversando sobre costumes antigos?... — Os dois se divertem e dão risadas.




Alguns minutos depois, a comida chega, Helena e Marcos comem e bebem, conversam um pouco sobre hobbies, gostos por comidas e bebidas, estavam conhecendo um ao outro.



— Bom... eu já falei muito sobre mim, agora você sabe que eu gosto de rock, que gosto de arte, de viajar, de liberdade, aventuras..., mas você não falou quase nada sobre você, Ellen.

— Eu não sou tão interessante quanto você, minha vida é um tédio, sem aventuras, e não sou uma artista, é só trabalho e deveres! Nada de liberdade, como a sua...





— Você não sabe o quanto você é interessante!
— Obrigada, mas discordo!...



Uma hora depois, Marcos acompanhou Helena até a pousada onde ela estava hospedada.




— Obrigada pela noite de hoje, foi agradável, instrutiva e interessante. A comida estava ótima, e a companhia também!

— Então tudo saiu como planejado!

— Como assim?

— Planejei te dar uma noite agradável e gostosa hoje, e você acabou de confirmar que a comida estava ótima e a companhia também.

— Sim estava mesmo!

 — Podemos repetir quantas vezes você quiser. Que tal irmos a uma boate amanhã?

— Dançar?...

— Sim, dançar!



— Eu não sei, Marcos... não sou muito boa com isso, dançar não é meu forte.

— Quer dizer que você não sabe?

— Não...

— Qualquer um sabe se balançar, eu te ensino! Sou ótimo nisso!

— Eu aposto que sim, mas não vai dar muito certo. Podemos ir em um lugar mais calmo, que não precise de atividades envolvendo coordenação motora?

— Hmm... Acho que sei de um lugar que posso te levar.

— Onde?

— Meu ateliê! Um passeio calmo, podemos ir pescar também, tem uns lagos bem tranquilos perto da minha casa.




— Você disse perto da sua casa?

— O meu ateliê fica na minha casa, na verdade não é minha, é alugada.

— Não sei se vai dar certo...

— E por que não daria? Você disse que queria conhecer a minha arte, lembra?

— Lembro sim, mas eu não sabia que você morava no seu ateliê!



— Ellen, você não precisa ter medo de mim, eu jamais faria mal a você, nunca avançarei o sinal, se não me permitir!

— Eu sei disso, Marcos!...

— Então por que não daria certo? Qual é o seu medo?

— De permitir que você avance esse sinal!



Marcos aproveita a chance e se aproxima um pouco mais de Helena.

— Se você me der a permissão, eu vou ser o homem mais sortudo de Windenburg. Por favor Ellen, aceite?

— Que tipo de permissão você quer, Marcos?

— Nesse exato momento, eu queria te dar um beijo?!



— E depois desse beijo, o que virá?

— Mais momentos felizes, podemos fazer companhia um ao outro enquanto estivermos na cidade, eu gostei muito de você Ellen, e acho que você gostou de mim.

— Você quer sair comigo? Mas eu só posso ficar por mais 9 dias!

— Vamos ser felizes por esses 9 dias, juntos?

— Vamos...



Helena estava receosa quanto a se envolver com Marcos, ela queria aproveitar as férias e fazer sua despedida de solteira, porém, a intenção era se vingar do pai por forçá-la a se casar com alguém que ela não amava, puramente por interesses financeiros.



Mas Helena, tinha gostado de Marcos mais do que apenas para diversão, ele era educado, divertido e gentil.



— Obrigado!...

— Por quê?

— Por ter aceitado a minha companhia, por esse beijo gostoso... Você é tão macia e cheirosa, não tenho vontade de te soltar mais!

— Mas você precisa ir, amanhã nos vemos de novo?

— Estarei aqui às 11:00 em ponto! Vou preparar um almoço para nós dois.

— Vou esperar ansiosa!



Marcos voltaria no dia seguinte, levaria Helena para almoçarem juntos no seu ateliê que também é onde ele estava morando atualmente.


Continua...


Comentários

  1. Já foi prevendo um momento Titanic com esses 2.

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  2. Esse Marcos é muito misterioso e as vezes se contradiz kkk ele tá aprontando alguma coisa

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  3. Pelo visto Helena está tão desesperada com o futuro casamento que não quer perder a chance de beijar por livre e espontânea vontade, eu não a culpo no lugar dela faria o mesmo talvez um pouco mais kkkkkk que a Vó Joshefina não me ouça rsrsrs.

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    1. A Helena só vai casar para satisfazer os desejos do pai, por isso quer aprontar antes de se amarrar.
      Joshefina que não veja isso!

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