Os Descendentes 16.

 



Noite de sexta-feira em San Myshuno.




No apartamento de Raquel.
Higor esperava por ela, ele resolveu fazer uma visita sem avisar; mesmo depois da conversa que tiveram mais cedo, e concordaram em se afastar intimamente por um tempo. Ele não estava totalmente de acordo com o “tempo” que Raquel pediu, então decidiu ir conversar com ela, longe do trabalho, entrou sem bater, pois já tinha a chave do apartamento e quando Daniel se deu por conta, Higor já estava na cozinha conversando com ele.  
— Higor...? Mas o quê você faz aqui? Como entrou?
— Eu tenho a chave! Raquel me deu, alguns meses atrás! Tudo bem com você Daniel? Fico feliz em ver você aqui.




— Sim, estou bem... Me desculpe, fiquei surpreso, eu não sabia que você e Raquel estavam tão íntimos, a ponto de você ter a chave do apartamento e fazer visitas sem avisar! — Daniel, não estava gostando muito da companhia, sentia uma certa repulsa por Higor, que ele mesmo não entendia, e isso só acontecia, porque Hakon havia lançado o feitiço nele, e Daniel se sentiria assim com todos os caçadores.




— Isso é um problema pra você? Porque você sabe que, Raquel e eu somos mais do que amigos, e já faz alguns anos, estou esperando a hora certa de formalizar o nosso relacionamento perante o conselho.
— Não é um problema para mim, mas acho que ainda é muito cedo para formalizarem, porém, se ela estiver de acordo...
— Ela está! Raquel e eu nascemos para ficar juntos, somos predestinados um para o outro!




— Se vocês estão de acordo com isso, tudo bem então... — Daniel nunca tinha sentido tanta repulsa e medo de Higor ao mesmo tempo, ele sabia exatamente do que Higor estava falando, até mais do que o próprio, mas o seu instinto agora só o mandava se afastar de tudo o que dizia respeito aos caçadores e suas crenças e deveres, instinto esse, que foi mudado com magia por Hakon Astaroth.
— Não se preocupe Daniel, nós já somos adultos e sabemos o que queremos, você e meu pai já fizeram a parte de vocês, agora é com a gente, mas fique tranquilo que vou fazer Raquel feliz, nós seremos felizes juntos! Vamos ser grandes líderes do “Clã Raziel”.




— Sim, é claro que vão... Me sinto cansado, estou com dor de cabeça, acho que vou me deitar, você pode ficar à vontade e esperar Raquel chegar.
— Então ela não está? Onde ela foi?
— Disse que ia sair com uns amigos da faculdade, você deveria ter ligado antes de vir!
— Eu liguei, mas ela não atendia, pensei que estava treinando, como costuma fazer antes de ir dormir, eu precisava conversar com ela ainda hoje, por isso vim..., mas agora sei porque não atendeu, ela saiu com os amigos!




No instante da conversa entre Higor e Daniel, Raquel já estava do lado de fora do apartamento prestes a entrar.
Depois de ter sido beijada por Hakon, ela fica furiosa e frustrada, ela não sabia ao certo o que estava sentindo em relação ao beijo, se era raiva por ter permitido que ele chegasse tão perto, ou se era raiva por ele ter entrado na cabeça dela, pelo menos era o que ela queria acreditar.




"Eu sei que ele arrumou um jeito de usar os poderes diabólicos e sujos em mim... Imagina que eu ia deixar que me beijasse?!".


Então Raquel entra e não gosta do que ver.





— Higor? O que você está fazendo aqui?
— Boa noite Raquel! Vim fazer uma visita, estava conversando com Daniel, ele já estava indo dormir!




Daniel aproveita a deixa, ele já estava começando a sentir tremores perto de Higor.
— Filha! Ainda bem que você chegou!... Estou com muito sono, vou dormir logo. Amanhã a gente conversa.
— Tá bom... Mas você está bem? Quer algum remédio? Você está pálido pai!!




— Não se preocupe comigo minha filha, é só uma dorzinha de cabeça, mas daqui a pouco passa... deve ser o sono, vou deixar vocês conversarem, Higor estava ansioso para ver você!
— É mesmo? Vamos ver o porque! 




— Eu também achei ele pálido! Mas parece que não é nada demais. Boa noite Daniel?! — Higor fala, e Daniel se afasta sem nem desejar boa noite para ele.
"Nossa! Como ele tá estranho... Devo ficar preocupada?" —  Raquel pensou ao ver a forma como o pai agiu, já que ele sempre gostou de Higor.
— Ele está estranho mesmo!
— Um pouco, mas é por causa do cansaço mental! E você? O que está fazendo aqui a essa hora?




— Queria ver como o seu pai estava, e conversar com você.
— Deveria ter avisado antes de vir!
— Eu te liguei várias vezes pra avisar que eu vinha, mas você não atendeu, deve ser porque estava bem ocupada bebendo com os amigos da faculdade, não é?
— Talvez, acho que esqueci minha bolsa com o celular dentro, lá no bar... — Raquel pensou alto. 




— Então você estava mesmo se divertindo, a companhia devia ser interessante, você até esqueceu da bolsa com o celular pessoal, dentro?!
— E você não tem nada a ver com isso! O que veio fazer aqui? Tínhamos dado um tempo, lembra?
— Concordei na hora, mas depois pensei que não é justo comigo!
— O quê??
— Por que me pediu um tempo? Você tá gostando de outra pessoa?
— Não seja ridículo!!
— Ah não? Então qual o motivo de dar um tempo?
— Eu preciso ficar sozinha e lidar com os problemas da minha família!
— É assim que você lida com os problemas do seu pai adotivo? Afinal, a sua família toda agora é ele, e pelo que eu sei, ele já está bem e vai morar só! O tempo que você pediu, é pra sair sozinha com amigos, me excluindo da sua diversão? 




— Já chega Higor!! Eu não preciso dar satisfações da minha vida pessoal para você!
— Você bebeu com ele também! Sinto o cheiro do vinho e de um perfume masculino... Quem é esse cara Raquel? — Higor sentiu o cheiro do vinho e do perfume de Hakon, devido ao seu olfato apurado de Lycan (lobisomem), ele até podia descrever que tipo de vinho e o ano da safra, os seus instintos sobrenaturais ficavam mais aguçados quando sentia raiva, porém, devido ao feitiço forte de ocultação que Hakon lançou sobre si mesmo, ele não conseguia identificar quem Hakon era.
— Acabou Higor!! Eu não quero mais discutir com você!
— Está terminando comigo, pra ficar com ele?
— Terminando o quê? Nunca fomos namorados!...
— Você perdeu sua virgindade comigo! Eu sou o único homem com quem se relacionou até hoje, como pode dizer que não tínhamos nada?!
— Eu não disse que não tínhamos nada, mas concordamos que não íamos nos prender um ao outro! Portanto, estamos livres para fazer ou sair com quem quisermos!
— Eu nunca concordei com isso, e sempre fui apenas seu!!... E sei que você também foi apenas minha, até hoje...



— Vai embora, e deixe a chave quando sair! Não temos mais nada um com o outro...

— Raquel, por favor?...

— Sai logo Higor!!





— Tudo bem..., mas não acabamos dessa forma! E se não é outro cara, então por que motivo você agiria assim?
— Porque eu me cansei de você!... Durante toda a minha vida você esteve presente o tempo todo, me dizendo o que fazer, sempre em cima de mim, não deixava ninguém se aproximar, você sempre achou que isso era o que eu queria, e, eu até quis, mas agora... eu sei que não quero mais. Eu não quero ser de ninguém, pertenço a mim mesma!! Agora vai, deixa a minha chave e não volte mais sem ser convidado!




— É isso mesmo o que você quer?
— Sim, é isso mesmo o que eu quero!
— Você vai se arrepender disso Raquel!
— Talvez, mas agora é o que quero, é a minha decisão!!




Higor sai, deixando a chave com Raquel.




Depois que ele vai embora.




“Preciso fazer compras, essa geladeira tá muito vazia!” .




“Vai ser melhor assim, terminar com Higor... Eu fiz a coisa certa! Ele sempre achou que podia me controlar, quer saber aonde vou, com quem eu vou, quem são meus amigos... Já estou cansada de tudo, eu preciso me afastar um pouco, ou talvez, me afastar de vez mesmo! Só porque perdi a virgindade com ele pensa que vai ser o único na minha vida? Eu quero ser livre, e agora vou ser!”.




“Mas agora tem o outro que acha que é meu dono também!... Ah meu Deus, como a minha vida é complicada, eu só queria um pouco de paz...”.



Raquel subiu as escadas e foi para o seu quarto, tomou banho e agora iria descansar, mas antes ela pensa na conversa que teve com Hakon.




“Isso não vai dar certo, ele viver aqui comigo... Porque eu tinha que ter nascido assim? O que eles querem de mim? Eu prefiro morrer a ter um filho com aquele demônio!...Se eu tivesse um filho com ele, que tipo de criatura nasceria?”. 




“Ele tinha razão, quando me disse que eu estava me enganando, eu deixei ele me beijar... E o pior de tudo, que ainda gostei!... O que tem de errado comigo?... Isso não era pra tá acontecendo, eu não posso gostar dele!! Hakon não é um vampiro comum, é um ser antigo e, é extremamente perigoso... Mas terei que conviver com ele agora, não só por Renata; eu sinto que preciso dele pra mudar algumas coisas que nunca se encaixaram!”.




Manhã de sábado. 





Raquel não teve uma noite tranquila de sono, ela demorou a dormir pensando nos acontecimentos de sua vida, desde que encontrou Renata na mansão dos Astaroth, as coisas tinham mudado para ela, o modo de ver os seres que antes ela caçava e matava sem pensar. Raquel nunca aceitou todas as regras do clã que ela servia, achava algumas leis injustas, severas e desnecessárias, mas nada podia fazer a não ser obedecer e cumprir.




Hakon e o seu clã, eram agora a família de sua irmã Renata, a qual Raquel pode comprovar ser a mesma pessoa de sempre, apesar de Renata ter se transformado em uma vampira. Raquel viu que seu clã escondeu coisas importantes dela, informações que poderiam ter evitado mortes desnecessárias, ela estava pensando em uma possibilidade de vampiros e caçadores conviverem juntos, fazerem uma aliança contra as verdadeiras criaturas das trevas, da escuridão, essa energia ruim, ela não sentiu na sua irmã, e poderia haver outros iguais a Renata, mas isso ainda era apenas um sonho que estava longe de se realizar. 




Daniel Banes, o pai adotivo de Raquel, acordou mais cedo e já estava pronto para viajar.




— Bom dia filha! Dormiu bem? Parece que não, está com uma cara de cansada.
— Dormi sim, pai. Só estou um pouco triste por ter que deixar você ir, mas sei que será o melhor para nós dois.
— Sim, será... E você vai poder tirar suas férias atrasadas, para ir visitar o seu velho, logo.
— Espero que sim... 



— Acordei mais cedo e já arrumei as minhas coisas, tenho que chegar com atecedência no aeroporto, o restante das minhas malas já estão a caminho de lá.

— Na verdade já estão no aeroporto, eu liguei assim que acordei e conferi se tinham chegado, são quatro malas e duas caixas grandes, estão devidamente etiquetadas, já passei o qr code com a numeração das etiquetas pra você, chegando lá é só escanear e conferir se está tudo certo, separei o que achei importante, mas se você sentir falta de algo, pode me pedir que mando pra você depois.

— Você sempre pensa em tudo né minha filha? Sempre tão eficiente e responsável... Vou sentir falta de ter você por perto, Raquel!

— Eu também vou sentir sua falta, pai... 




Depois de terem tomado café juntos, e acertado os últimos detalhes, sobre visitas futuras de Raquel ao pai, e sobre outras coisas da família, que no caso, agora só eram eles dois, pelo menos era do que Daniel se lembrava.
— Eu tenho que ir, o táxi já está me esperando lá embaixo.
— Boa viagem pai! Já que não me deixou levar você até o aeroporto...
— Não precisa filha, eu sei como você fica nas despedidas, e eu também não gosto nada disso.
— Então me liga, assim que chegar lá?!
— Ligo sim. Se cuida, seja forte e sempre, a melhor!
— Vou tentar! 




Se despedem com abraços e palavras carinhosas, Raquel sabia que aquele Daniel não era o mesmo que ela viu na prisão dos Astaroth, ela não o conhecia direito, depois daquele dia, Raquel viu que o pai adotivo não era o mesmo Daniel que criou ela e Renata, na verdade, ele nunca foi um pai carinhoso, mas não era um homem mau, elas foram criadas de um jeito diferente das outras garotas, e desde crianças já sabiam que suas vidas nunca seriam iguais as das outras pessoas normais. Daniel era severo como treinador, porém, demostrava amor, ou pelo menos parecia sentir por elas. O que Raquel conheceu naquele dia, o Daniel que estava disposto a matar sua própria filha porque se tornou uma vampira, ele nunca questionava as ordens do clã, como a maioria fazia, mas Raquel sempre pensou diferente, e aquele Daniel que estava na sua frente, era uma terceira personalidade, essa era a sua melhor até então.




— Raquel...? Se cuida, eu não quero perder você também.
— Pode deixar... eu vou me cuidar. Vá em paz!




Raquel ver o último familiar que ela tem, indo embora, mas era para o bem dele e de Renata.




“Vou me lembrar desse Daniel e pensar nele todas as vezes que o outro aparecer nas minhas lembranças, o que eu conheci na prisão de Hakon, esse eu quero esquecer!”. 




Daniel estava indo viver uma nova vida, uma que não fosse tão perigosa e que não exigisse tanto dele. Depois que Hakon fez a reprogramação do cérebro de Daniel, e colocou a repulsa e dor que ele agora sentia pelos caçadores, não teve outra escolha a não ser sair da cidade, e ir morar onde sua falecida esposa queria viver: Riverview.




Enquanto isso no “Clã Raziel”.



Naquele dia de sábado, Byron estava conhecendo os novos membros do clã, alguns adolescentes que estavam em treinamento, e também alguns adultos que tinham sido transferidos recentemente da outra base. 





— Quantos vieram da Base C? — Byron pergunta para Ana Clara.
— Oito! 
— E onde estão os outros? 
— Já saíram para fazer a ronda com outros membros dessa base.
— Então os outros três não precisam de treinamento tanto quanto esses, já estão na ativa?!
— Sim, estão sob o comando de Algon, ele não foi junto, mas está monitorando o grupo, estão em ronda informal pela cidade, entre os civis, estão em três grupos de quatro caçadores, então não correm tanto perigo.
— Eu preciso conhecer e me familiarizar com todos, os novos e os antigos que já faziam parte da Base B.
— Não se preocupe, logo vai conhecer todos, e vai enjoar da cara de cada um!




Lá dentro, Algor e seus filhos conversavam, eles tinham recebido ordens da base matriz, a “Base A”, para caçar e capturar vampiros que tinham sido vistos em três pontos da cidade, ao que parecia, estavam caçando em grupos separados, tinham atacado pessoas pela cidade.
— O delegado Garcia, passou a informação com as localizações dos ataques, um homem morreu com mordidas profundas no pescoço, o sangue foi drenado do seu corpo, as mordias não são de presas comuns, então pode se esperar uma aberração diferente, eu quero que Higor e Byron investiguem esse caso, espero que capturem essa criatura.
— Considere feito, pai! Garcia, enviou filmagens de onde o desgraçado se esconde vamos tentar capturar, mas não garanto que sobreviva. — Higor responde a ordem que Algor lhe deu. 
— Tente trazer vivo, se for realmente um nova espécie será bem útil ser estudado vivo, mas se não conseguir, traga morto mesmo assim!




— O outro ataque foi de um Nosferatus, a doutora Monique, confirmou o ataque, três vítimas, duas não resistiram às infecções que o vampiro causou, e o garoto que sobreviveu, está em coma, possivelmente não vai resistir por muito tempo. 
— Desse cuido eu! — Algon se prontificou.
— Sim, e leve Allanon com você, ele pode ajudar com os feitiços contra as doenças que essa espécie de vampiro causa, caso ele venha a fazer novas vítimas antes de capturarem! 

Nota: Nosferatus (são uma das espécies de vampiros que espalham doenças no mundo, a tradução da palavra romena nosferatus é “portador da praga”). 




Enquanto eles conversavam, Raquel estava chegando na base, para cumprir com suas obrigações e se juntar aos demais caçadores, afinal, essa sempre foi a sua rotina de vida, caçar e matar vampiros não importa de que espécie ou idade.





Valentina e Allanon, estavam estudando um novo tipo de veneno, eles tinham feito recentemente um poderoso e muito letal, extraíram das raízes de uma planta rara que cultivavam, essas plantas exóticas eram desconhecidas pela medicina convencional, apenas os sobrenaturais sabiam de sua existência, o clã Raziel as usavam para encher balas de revolver ou em flechas das bestas que usavam para matar vampiros.




— Estão crescendo bem nessa estufa, parabéns Valentina, sua ideia deu mesmo certo! 

— Eu disse para você que daria, com a temperatura controlada teremos o crescimento ideal, breve poderemos mandar algumas mudas para a base c! 




Em outro cômodo da base:

— Olha só quem chegou?! Raquel, a turista! — Algon, ironiza.





“Gostaria que ele fosse pro inferno com essas ironias, mas o diabo não ia aceitar esse infeliz lá!... Eu não sei o que é, mas não me sinto bem aqui... Não como me sentia antes”.





— Que bom que você finalmente chegou, Raquel, temos trabalho a fazer!
— Nós sempre temos, não é?
— Sim, infelizmente o mau nunca acaba, e felizmente, existem caçadores para combatê-los e defender as pessoas! Mas o que está acontecendo, você está bem? — Algor o alfa, percebe que Raquel não estava tão à vontade e animada, como de costume.
— Não é nada!... Acabei de me despedir do meu pai. Mas o que vamos matar hoje, vampiros como de costume?!




Algor passou as informações para Raquel, e pediu para ela fazer dupla com Ana Clara, elas iriam caçar um híbrido que foi visto nas proximidades dos penhascos, ainda não tinham certeza de que tipo de vampiro era, ultimamente estavam surgindo novas mutações de criaturas das sombras, era assim como costumavam chamar todos os vampiros. 




Higor e Raquel apenas se olham, sem dizer nada um para o outro, ele não tinha comentado sobre o término dos dois com ninguém, até aquele momento, e se trataram friamente.




Essa frieza entre eles não passa despercebida. 
“Alguma coisa aconteceu com esses dois! Higor lambe o chão que ela pisa, e quando eu critiquei Raquel, ele não me disse nada, agora mal se olharam direito... O que Raquel andou aprontando com meu irmão? Ele não seria capaz de faze qualquer coisa que desagradasse essa folgada!” — Algon iria conversar com o irmão depois, ele apoiaria Higor para o que precisasse.




Meia hora depois, todos estavam devidamente armados e preparados, prontos para a caçada.




Continua...



Comentários

  1. “Gostaria que ele fosse pro inferno com essas ironias, mas o diabo não ia aceitar esse infeliz lá!" KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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