Os Descendentes 10.

 




Depois que Hakon, salvou Raquel de ser morta e devorada pela criatura, levou ela, depois Jacques levou o pai Daniel Camargo, para serem curados. Daniel foi levado para a Rocha, como os seus ferimentos eram mais fáceis de fechar, porém não menos grave, ele foi atendido por uma curandeira do clã Krástis Agares, também poderosa ela foi aluna de Jacques, e obteve sucesso na cura de Daniel. Raquel foi atendida por Jacques, o ferimento dela foi mais profundo, e por causa da hemorragia interna, um pouco mais difícil para fechar.

Enquanto Jacques e Hakon lutavam pela vida de Raquel, com suas poções, bálsamos e feitiços, ela foi levada pelo espírito de Tessa Graham da terceira geração, para um portal em uma dimensão paralela, e lá os espíritos despejou todas as informações junto com sua ira, pelos Krástis Agares a raça superior, e por Hades, antepassado de Hakon que foi companheiro de Tessa (3º geração).

Depois de conseguir sair de lá, Raquel foi acalmada por Hakon, que durante o tratamento dela, que durou 36 horas, não saiu de perto de Raquel, velava o seu descanso, conjurando curas, feitiços com o poder da mente sobre o corpo de Raquel, que se curou e agora, não tinham feridas e nem sequer uma única marca ou machucado.




Renata cuidou de sua irmã, Hakon ordenou para que ela a levasse para o quarto dele, e no quarto de Hakon só ele, e às vezes os irmãos entravam, quando ele queria ficar com alguma mulher, usava o outro quarto, mas ele queria que Raquel descansasse lá, e deixou Renata mais uma vez cuidando de sua irmã. Ela a vestiu com roupas que o príncipe, escolheu, ele tinha deixado mais algumas para ela, guardada em um guarda-roupas, joias e também calçados.




Do lado de fora do quarto, Brandon esperava e vigiava a porta, ele ainda temia que Raquel pudesse matar Renata. Mas agora também sabia que se Raquel tentasse, ele nada poderia fazer, ela em breve seria sua rainha, pois Hakon já tinha contado para os de sua confiança e mais íntimos, que Jacques tinha a encontrado, Raquel era Tessa Graham companheira e futura rainha de Hakon.




Depois que Hakon entrou em sua mente, permitido por ela mesma, pois ela queria que ele visse o que o espírito disse e mostrou para ela. Ele viu tudo, e sentiu como Raquel ficou atormentada por saber quem realmente era, a fez dormir novamente. Raquel dormiu e acordou um dia depois.

— Que lugar é esse? Acho que estava em outro lugar quando... — Ela lembrou do que aconteceu no quarto, quando esteve ferida, e com Hakon.

— Seja bem-vinda minha irmã! Você está no quarto do príncipe Hakon.




— Renata?... Que bom ver você de novo.
— Eu fico feliz em ver você também Raquel... Minha irmã.




Raquel ainda não tinha se acostumado, com a nova aparência da irmã, pois Renata antes de ser transformada, tinha os olhos de cor azul bem claro, e a pele branca, porém bronzeada, e agora eles estavam vermelhos sangue, e a pele pálida, ela também tinha emagrecido. Raquel a chamava de Barbie, ela era popular na escola, desejada pelos garotos, sempre teve o corpo perfeito, cheio de curvas, enquanto Raquel era magricela e desajeitada, o tipo nerd que não se dava muito bem com os populares, como a irmã tinha muitos admiradores e amigas, ela se via obrigada a ter vida social também. As duas foram criadas na rigidez de treinamentos do clã, e nas horas vagas tinham suas vidas normais. Renata não gostava de ser caçadora, mas tinha que o fazer, por seu pai e sua mãe serem, já Raquel adorava e se dedicava ao clã. As duas se amavam e se davam muito bem, apesar das diferenças.




— Que roupa é essa? Eu não estava com ela quando fui atrás do nosso pai!

— O príncipe me pediu para que vestisse você, ele me deu alguns vestidos, algumas joias e sapatos, pediu para deixar você... Apresentável, e como sei o tipo de roupa que você gosta, essa foi a que se aproximou mais do que você usaria.

— Não gostei! Prefiro os meus jeans! Quero a minha roupa de volta.




— Eu sei que não gosta de vestidos, mas fique assim só até ele ver?! Por favor? Quero que veja como caprichei.

— Tudo bem Renata, eu vou deixar por você!... Mas por que ele pediu para que me vestisse assim?

— As suas roupas estavam ensanguentadas, já lavei e já estão secas, mas a blusa rasgou!... Se quiser pode levar quando voltar.

— Tá... Okay está ótimo! Apesar de não gostar de me vestir assim, eu gostei do vestido. Agora quero ver meu pai, como ele está??



— Está bem... Ele está sendo mantido preso em uma cela, mas está furioso, não quer comer e nem beber nada do que levam para ele.

— Eles o maltrataram? Bateram nele?

— Não! Hakon ordenou que cuidassem dele, até você acordar e ver o que fazer... Raquel ele não sabe ainda que sou vampira, tenho medo da reação do nosso pai... Já está ameaçando de matar todos, Arakiel já indicou a sua morte, eles sabem que nosso pai vai entregar o clã.

— Ninguém vai encostar no nosso pai!... Ai meu Deus... Não vou aguentar quando ele ver você.

— O que vamos fazer?




— Primeiro vou até onde ele está... Ver e falar com ele, aí a gente verá o que fazer.

— O príncipe ordenou que ficasse aqui, até ele voltar.

— Hakon é seu príncipe e não meu!! Não devo obediência a ele, o meu mestre é Algor Fenris, do "Clã Raziel", caçadores de demônios!... Me desculpe Renata, mas isso é o que eles são, e agora, você se tornou um deles!

— Não somos demônios... O Clã Raziel, nos esconderam a verdade!

— Tudo bem Renata, sei que, apesar de estar transformada, ainda é minha irmã, e talvez ainda não tenha matado ninguém, é o que espero... Não quero ter que matar você, eu a amo. Sabe que sou contra a morte de certas criaturas, porque antes de serem transformadas eram humanos, assim como nós!... Digo, assim como eu, agora.

— Eu sei..., mas por favor, dê-nos uma chance, saiba quem somos, agora que faço parte da família, pois todos aqui se consideram como família, estão todos lutando por uma única causa, que se estende pelo bem de muitos.

— Tá bom não começa!! Sei que algumas coisas podem ser verdades, eu tive um jeito bem ruim de saber quem sou! — Raquel se referia ao encontro dela com o espírito de Tessa— Sei que os caçadores não nos contaram tudo, e principalmente essa história sobre mim com essa louca do passado, mas ainda sou uma caçadora. Vou falar com o nosso pai agora.




— Raquel espere!! Deixe o príncipe vir ver você, ele a levará até nosso pai.

— Não vou esperar um minuto a mais, quero ir agora!

— Mas Raquel...

— Nada de, mais!! Já disse que não devo obediência a ele, e quero saber sobre aquele demônio que me atacou, eu nunca tinha visto uma criatura daquela.




Raquel queria ir ver o pai, ela sabia que Hakon também tinha cuidado dele, estava agradecida por isso; agora sabia de toda a verdade sobre ela e a descendência da raça única de Tessa, porém ainda não entendia direito sobre as responsabilidades que teria com Hakon, e não queria pensar muito naquele assunto por enquanto.

Naquele instante, ele desceu as escadas e chegou até o quarto, queria ver como Raquel estava. Tinha vindo de uma reunião com Jacques, Arakiel e Aurius, um antigo que estava na mansão, ele também sabia sobre Raquel, Aurius era um Krástis Agares, amigo e tio de Hakon e irmãos, era irmão de Zorak Astaroth, o pai de Hakon.




Hakon sentiu o mal humor de Raquel, agora que tinha entrado em sua mente, conhecendo e sentindo o que eles tinham um pelo o outro, mesmo que Raquel não compreendesse ainda, ele a sentia a conhecia.  Hakon sabia que Raquel era sua, por direito e por espírito, e ele iria reclamar por isso.
— Meu príncipe! — Brandon reverenciou Hakon.
— Brandon! — Hakon respondeu, ao mesmo tempo acalmando-o, ele sentiu como Brandon estava tenso.




Raquel saiu do quarto, mesmo que Renata pedisse para que esperasse lá dentro por Hakon.




— Não adianta ter pressa criança! Ele não vai sair de onde está.
— Ahh!! Então finalmente, o grande príncipe Hakon chegou?! Quero ver meu pai!!
— Sei que quer vê-lo, e ele está bem, não se preocupe!




Renata saiu atrás de Raquel, mas se deparou com Hakon, e ficou em silêncio observando os dois conversarem.

— Obrigada por cuidar de nós, e por ter nos salvado daquela, daquele... Seja lá o que for!

— Uma mutação de Pan com vampiro! Os celestes ainda não nomearam essa raça, eles vivem em lugares escuros e não costumam atacar humanos, raramente saem, eu não sei o que aconteceu para que ele atacasse o caçador, e depois a você!

— Você o matou... Como conseguiu? Ele não era forte fisicamente, mas quase fritou o meu cérebro, com um barulho emitido de sua garganta!... Se não fosse por você, estaríamos mortos agora.




— Eu não teria permitido!... Ninguém fará nenhum mal a você, Raquel. Pensei em deixar a criatura viva, para que você o visse, mas não consegui manter o controle e o matei!

— Obrigada Hakon..., mas não espere gratidão eterna de mim... Eu não gosto de vampiros!!

— Não espero gratidão eterna, apenas a eternidade ao seu lado, Raquel. Eu não sou um vampiro!




Raquel sentia-se confusa ao lado de Hakon, não sabia como lidar com o que sentia por ele.

— Não sei o que você quer dizer, mas já vou avisando que não aceito nada do que aquele espírito louco me falou!... E agora, quero ver meu pai!!

— Não precisa ficar nervosa, com um tempo aceitará o que é, quanto ao caçador, levarei você até ele.

— E que história é essa de mandar me vestir assim?! Eu não gosto de vestidos!!




— Você ficou linda de vestido! Deveria se vestir sempre assim, com roupas de mulher.

— Mas quem disse que não me visto como uma mulher?!!

— Calças são roupas para homem! Esse vestido ficou muito bem em você, você tem um corpo muito bonito... Devo dar os parabéns a sua irmã, ela escolheu bem o que você iria usar.

— É, ela obedeceu direitinho as suas ordens! Pois sabe que não gosto de me vestir assim, e para que se vou embora hoje mesmo daqui?!!




— Quero apresentar você para um amigo... Depois que conversar com o caçador, seu pai, é claro.

— Eu não quero conhecer nenhum vampiro amigo seu, me desculpe, mas só estou aqui porque salvou nossas vidas!

— Não é apenas por isso Raquel... Você está aqui, porque aqui, é o seu lugar por direito, você é minha, pequena. — Raquel ao ouvir Hakon afirmar com tanta certeza, que ela era sua, estremecia por dentro, ela sentia um misto de emoções, raiva e desejo por ele, era isso que sentia e tinha medo, sabia que Hakon era perigoso por ter tanto poder, era um ser antigo e poderoso, e todos os outros antigos e recém criados obedeciam e o veneravam, e ele sentia cada arrepio emanado do corpo dela, ouvia a alteração dos batimentos cardíacos de Raquel, quando se aproximavam, que ultimamente batia de um jeito descompassado, mas com um sentimento que agora ele entendia.

— Eu não sou sua! Pertenço a mim mesma!! E se não me levar agora até o meu pai, irei sozinha! — Ele achava divertido o jeito que Raquel falava, o modo como o desafiava, nenhuma mulher tinha coragem de fazer isso, mesmo quando não sabia quem Raquel era de verdade, ele já a admirava.

— Sei que é capaz de encontrar o seu pai, assim dizendo..., mas se não treinou seus poderes de teletransporte, vai demorar um pouco até chegar aonde ele se encontra... Porém, se me permitir, posso levá-la até ele — Hakon divertia-se ao falar daquela forma com Raquel, ele sabia que ela precisaria dele.

— Então me leve!! Ainda não sei, como fazer aquilo de novo — Ela odiava ter que admitir, que precisava dele.





— Bom, eu sei como fazer, tenho melhor domínio do que você, e se me permitir, poderei ensiná-la quando quiser.
— Obrigada!... Talvez eu aceite, mas agora será que pode me levar?!




— Teremos que unir os nossos corpos! Venha e me abrace.

— O quê??... Tá de brincadeira, não é?

— Não! Teremos que ficar bem próximos, teletransportarei nós dois, como fiz quando fui buscar você na floresta, já nos abraçamos antes, está com medo?




Raquel tinha medo dele, mas não de a fazer mal, e sim porque não sabia o que sentir quando ele a tocava.

Eu não tenho medo de você!!

Eu sei que não tem, você me abraçou antes, lembra?

Eu não sabia que estava abraçando você!!

Venha, não quer ver o seu pai? Só preciso unir a minha energia com a sua, e logo estaremos lá!





Raquel ficou receosa em tocá-lo, ela temia pelo que sentiria.
— Não tema, pequena... — Ele falava quase como um sussurro para acalmá-la, pois sentia os temores dela, Raquel estava lutando contra os novos sentimentos por Hakon.




E finalmente, os dois se tocam.

Viu, não é tão ruim assim, é?

Você é tão cheio de si!!

Sou mais vazio do que você pensa... Raquel.




Renata estava feliz, em ver os dois tão próximos, ela e Brandon sabia o que Hakon queria dizer como ele se sentir vazio, ele estava sempre aborrecido ou triste, e naquele momento ele parecia estar diferente, nunca tinham visto Hakon daquela forma.




E em um piscar de olhos, os dois foram parar na "Rocha".





— Eu sei que não sente medo por mim, desde o primeiro dia, nunca senti o medo vindo de você, apesar de ter tão pouco tempo de existência, você é incrível!
— A sua pele... Ela não é fria...





Mais alguém estava lá. Arakiel estava esperando por Hakon.




— Não... Eu já disse que não sou um vampiro... e você está segura comigo, eu quero cuidar de você Raquel, e eu sei que você me quer por perto.




— Eu sei cuidar de mim mesma! ... Não precisamos mais ficar assim. Vamos parar com isso!

Raquel afastou-se de Hakon, ela sentiu-se envergonhada, por estar demonstrando fraquezas, estar cedendo a sedução dele era demonstrar fraquezas, Raquel sabia que os vampiros, tinham grandes poderes de sedução.

— Vim aqui para ver o meu pai, vai me levar até ele?

— É claro que sim! Vou levá-la.

"Não posso estar sentindo isso por ele, Hakon é uma criatura das sombrsa, só está me seduzindo para conseguir o que quer!" — Raquel pensou consigo mesma, mas Hakon conseguiu ouvir esse pensamento dela.





Mas ele não revelaria a ela, que teria quebrado mais um escudo de sua mente, tinha conseguido porque Raquel, estava se apaixonando por ele. Não queria perder essa vantagem, porém, o senso de moral dele não estava deixando que continuasse. Resolveu então conversar com ela depois, Hakon não era de mentir, e nem se permitiria ler os pensamentos dela sem que a mesma deixasse, ele também sabia que os sentimentos por Raquel despertaram, Hakon a amava, agora tinha certeza.





Daniel estava preso, na mesma cela em que Raquel ficou, quando foi em busca de Renata.
Estava furioso em estar preso, já tinham se passado dois dias e meio, que os dois estavam na ilha.





— Pai?! Que bom ver você de novo, e bem dessa vez.
— Você chama estar atrás das grades, de estar bem? O que você está fazendo aqui, com esse vampiro, Raquel?




— Pai, ele salvou as nossas vidas. O que você fazia sozinho naquela parte da floresta fechada?

— Não vou falar nada enquanto estiver aqui, e não devo minha vida a essa criatura, prefiro me matar do que dever favores a esse vampiro!!

— Pai, ele... Ele não vai nos fazer mal!





— O que está acontecendo com você? Por que está vestida como se fosse para uma festa? Eles conseguiram hipnotizar você? Não pode ser!!

— Ninguém me hipnotizou! Sabe que não conseguem... As minhas roupas estão rasgadas e, me deram essa.

— Conversa fiada! As minhas também estavam, e ainda assim estou com elas. O que está acontecendo aqui? Você está livre e muito calma.




— Eu já estive aqui... Nessa mesma cela que você está agora.
— Eles prenderam você aqui? Quando?
— Quando vim atrás de Renata, mas não vou explicar agora onde nós estamos, e como entrei aqui.
— Renata? Ela está aqui também? Minha filha está aqui??!! O QUE ESSES DESGRAÇADOS FIZERAM COM ELA??




Renata ouvia os gritos do pai, do lado de fora da cela.
— Eu vou entrar! Quero falar com ele.
— Não pode entrar até que Hakon ordene! — Arakiel advertiu.





— Pai... Renata está aqui por vontade própria... Eles não fizeram nada além do que salvar a vida dela, o mesmo que fizeram por nós dois.
— Eu não posso acreditar no que estou ouvindo, você não pode estar me dizendo isso!!





"Mande-a entrar!!", Hakon, ordenou mentalmente para que Renata entrasse.





Os três ouvem o comando. Brandon olha para a esposa, sente a dor dela.

— Vai ficar tudo bem... Vai que ele está aguardando você entrar.




Então ela entra...




— Abra a cela! — Ele ordena e Renata obedece, temerosa pelo que podia acontecer com o seu pai.




Daniel Camargo sai da cela, incrédulo no que estava vendo. Hakon sentia as emoções e sentimentos sujos do caçador, Daniel pensou em quebrar o pescoço de Renata ali mesmo.





— Eu lhe digo, que se pensar de novo em fazer isso, eu o mato sem ao menos tocar em você! — Ele ameaçou Daniel, Renata era primeiramente irmã de Raquel, mesmo que não fosse de sangue as duas tinham um vínculo de energia fraterna, e foi esse vínculo que trouxe Raquel até a ilha, facilitando assim, o rastreamento áureo de Raquel (Tessa), foi isso que fez com que Jacques a descobrisse, revelasse a energia descendente de tessa dentro dela, então Renata que antes era inútil para eles, agora era importante e protegida por ele, e assim por todos; depois ela era esposa e companheira de energia, de Brandon.

— Você permitiu que eles a transformassem, agora é uma vampira... Eu preferia ter visto você morta!!

— Pai, não diga isso, sou sua filha — Renata chorava de dor ao ver o pai, falando aquilo, desejando que ela tivesse morrido.

— Você é um demônio!! Quero que morra!! Ainda bem que sua mãe morreu sem te ver assim... Por que não a matou ainda Raquel? O que está acontecendo com você?



— Eu fiquei assim como você está agora, quando vi Renata transformada em uma vampira, desejei a morte dela... E procurei forças para matá-la, mas não encontrei, porque só consigo matar o que é mal, o que emana energia sombria, e Renata não tem!!

— O que está dizendo, está ficando louca?? Foi treinada e criada para combatê-los!! MATE-OS!!

— Eu não posso!... Ela é minha irmã, e ele nos salvou...




Raquel então entendeu, ela encontrou a resposta por sentir pena, por ter piedade de alguns vampiros, ela não sentia a energia das sombras, das trevas, a energia negra do verdadeiro mal, por isso não conseguiu matar a irmã, e nem odiava Hakon, no fundo ela sentia que eles não eram o que o clã a fez pensar. Apesar de não confiar, e não achar normal aqueles seres, ela não os odiava.

"Eu consigo entender tudo agora, e não me sinto tão mau, eu não sou uma traidora do clã, apenas sei diferenciar as energias!!”, Ela pensava, e se consolava.





Hakon ouviu os pensamentos dela, sentiu a sua angustia e também alívio de tanta culpa, que carregava por não conseguir acatar todas as ordens do "Clã Raziel".
Agora era tão natural a conexão entre eles dois, as dores que Raquel sentia vinham em dobro para Hakon, ele enfurecia-se cada vez mais com o caçador, estava fazendo com que Raquel sofresse, e ele não gostava disso; sentia raiva de si mesmo em lembrar que a machucou antes, quando ela foi presa, ali naquela mesma cela.





"Não atormente a sua alma, acalme-se! Evite a dor mental e física, eu sinto-a, deixe eu resolver e acabar logo de vez com isso".

"O que vai fazer? vai matá-lo?!! Eu não permitirei!".

"Sabe que não vou fazê-lo, não posso mais sentir você sofrer... Apagarei a memória dele, implantarei memórias que poderá contar aos outros, não posso deixar que saia daqui sabendo quem somos".

"Eu não queria... ".

"É preciso, criança!... O que lembrará é: Você chegando na floresta, e os dois resolveram passar mais tempo descansando, caçando e pescando, e depois conversaram sobre sua viagem às montanhas, e o fim de sua busca pela irmã, superaram a morte de sua mãe, e ele continuará sua vida de caçador".

"Faça!!, mas deixe que ele queira encerrar sua vida de caçador, e finalmente ir morar em Riverview, na fazenda aonde minha mãe queria ir com ele"

"Como você quiser!".





— Pai por favor, eu sou a Renata, a sua filha, ...

— Não sou o seu pai, demônio das trevas, bebedor de sangue dos inocentes!!! Quando eu tiver oportunidade, matarei você!! Eu juro com toda a minha alma... Minha filha morreu... Você não é mais ela.



— Saia Renata! deixe-nos a sós!

— Por favor meu príncipe, não o mate?!!

— Não mandarei duas vezes!!

Renata obedeceu à ordem, sabia que a vida do pai corria perigo, mas sabia também que Raquel não o deixaria fazer isso.




— Você vai me deixar aqui com esse demônio? Não está transformada e mesmo assim o obedece?! Isso a torna pior do que ela!
— Tudo vai ficar bem meu pai, eu prometo!... Vamos voltar a ter nossas vidas, como era antes.
— Você é e sempre será, um erro genético!! Também, é metade demônio!! Tessa Graham!
Raquel não ficou surpresa, ao ouvir aquelas palavras de seu pai, normalmente ficaria desesperada, mas uma energia acalmava a sua alma, energia essa, emanada de Hakon.





Logo que as duas irmãs saíram, Hakon entrou na mente de Daniel, e descobriu sua verdadeira identidade, a do antepassado dele, Damien Banes.

— Então é daí que tira tamanha prepotência!! Não é tudo que pensa ser caçador, seu ancestral era um covarde, escondendo-se atrás de Tessa, sabia que ele matou a própria esposa? Enfurecido pela dor da traição, ao qual a esposa não teve culpa, foi seduzida por um demônio, ela nada podia fazer, era uma simples e fraca humana, mas ele a matou e colocou a culpa em um vampiro, simulou a morte da esposa como se fosse um vampiro que a tivesse matado. Um covarde!! Como você.





— Você é um mentiroso! Ardiloso dos infernos!! Sai da minha mente!! — Hakon lançou um orbe de energia intensa, que manipulava os pensamentos de Daniel.
— Sabe que é verdade! E você também é um covarde, querendo matar a sua filha, entregar a outra para o conselho, assim ficaria em uma boa posição no clã.





— PARE COM ISSO!!! SAI DA MINHA MENTE!!





Hakon continuou, e foi muito fácil acessar os comandos da mente de Daniel, ele não teve pena e nem poupou Daniel, dominou a mente dele e não se preocupou em não causar dor a ele, se Daniel entregasse Raquel ao clã, era o fim da liberdade dela, e eles caçariam Renata. O orbe de energia mudava de cor, consumindo as lembranças de Daniel.





Ele continuou dando os comandos, limpando e reprogramando as memórias de Daniel, colocou tudo o que Raquel pediu, fez ele não querer mais voltar para o clã, Daniel agora iria ser fazendeiro, iria morar em Riverview, e sempre que alguém tentasse o convencer de voltar a ser caçador ele sentiria dores. O processo foi bem doloroso para Daniel, Hakon o fez sofrer de propósito, fazendo pagar pela dor que Raquel sentiu, pela tristeza que sentia ao ver o pai daquele jeito com a irmã.





Estava finalizando, mas Daniel precisava dormir, e esqueceria por completo, assim poderia sair da ilha, vivo, então ele desmaiou, a invasão e reprogramação mental, foi muito forte para ele.





Continua...

Comentários

  1. "Não espero gratidão eterna, apenas a eternidade ao seu lado, Raquel. Eu não sou um vampiro!" Qual a diferença?

    Raquel não para de chamar Hakon de Vampiro. Eu tava vendo a Hora do Hakon perder a paciência.

    "— Teremos que unir os nossos corpos! Venha e me abrace.

    — O quê??... Tá de brincadeira, não é?" KKKKKKK

    Não seria necessário só encostar na Raquel pra se teletransportar com ela?

    "Raquel sabia que os vampiros, tinham grandes poderes de sedução" Acho que os poderes de sedução da Makenna da minha história tão enferrujados.

    Hakon pegou pesado em?! Podia ter feito aquilo com jeitinho!

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    1. Hakon queria tirar uma casquinha dela kkkkkk

      A diferença entre vampiro e a raça de Hakon, é que os vampiros são seres originados deles, ou seja, são criados, e os Astaroth, são a raça original criada pelo deus Enlil, pai de Ravi. Eles nascem como os humanos.

      A Makkenna tem que aprender a usar os poderes dela kkkkk

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