Os Descendentes 08.

 





Depois de conversar com Algor, Raquel foi em busca de seu pai, ele tinha ido acampar na floresta fechada. O local que Daniel decidiu acampar era perigoso, os ursos se alimentavam por lá.




Depois de quatro horas viajando de carro, e mais trinta minutos andando a pé mata a dentro, ela chega no local onde supostamente seu pai estaria acampado.




Raquel não encontrou o equipamento de Daniel, e já estava muito preocupada, mais do que quando saiu para procurá-lo.




Andou mais alguns metros e avistou algo.




Era seu pai, Daniel Camargo. Raquel correu em sua direção.




Daniel estava gravemente ferido, sangrava muito e estava inconsciente, aparentemente tinha sido atacado por uma criatura selvagem, mas os ferimentos não se pareciam com ataques de ursos e nem de lobos, não eram marcas de presas ou garras.




Ela correu para socorrer o pai, mas logo viu que não poderia fazer nada por ele naquele lugar. Entrou em desespero vendo Daniel daquele jeito, como se já estivesse morto.




Raquel examinou os sinais vitais de Daniel, o seu coração ainda batia, mas muito fraco, ele tinha perdido muito sangue, estava muito machucado.

— Eu preciso me comunicar com Higor, ele tem que vir aqui para me ajudar, vou tentar aplicar os primeiros socorros, acionar o botão de emergência do relógio rastreador. Por favor pai, resista eu não posso perder você também! — Raquel estava desesperada, para salvar seu pai.

Raquel, saia daqui... a criatura vai voltar! — Daniel acorda e tenta avisar Raquel.

— Pai, poupe suas forças, eu vou chamar os outros!




Mas a tentativa de Daniel em avisar Raquel sobre a tal criatura, não deu certo. Enquanto Raquel tentava acalmar o pai, e se preparava para entrar em contato com Higor e os outros do clã, a criatura apareceu, saiu de trás das árvores com uma faca na mão.




Logo depois do ataque ao caçador, a criatura de espécie humanoide, cuja raça era uma mutação de vampiro e pan, (Pan: Pã (em grego: Πάν, transl.: Pán), na mitologia grega, é o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Vive em grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. É representado com orelhas, chifres e pernas de bode, amante da música, traz sempre consigo uma flauta. É temido por todos aqueles que necessitam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispõem a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente, e que são atribuídos a Pã; daí o termo "pânico".), depois do ataque, ele fez uma busca para certifica-se de que não havia outros humanos na floresta onde estava morando e também caçava ali, a criatura de raça ainda não definida até aquele momento, era extremamente agressiva e violenta, nem todos eram assim, mas aquele ser, pretendia atacar e matar qualquer um que cruzasse o seu caminho.




"Essa eu não vi chegar! Outra caçadora!! Vai morrer também!".

A criatura tinha esfaqueado Daniel o pai de Raquel, e agora queria matá-la também. 




 Ele tentaria pegar Raquel de surpresa, mas não conseguiu, ela sentiu a presença dele.

Então é você o demônio que atacou o meu pai! Você vai morrer seu desgraçado!!

— Raquel, salve a sua vida... ele não é um demônio qualquer, você não vai conseguir vencer! — Daniel avisa Raquel que essa não seria uma luta justa para ela.

— Ele sangra, então também morre!

— Você não pode morrer aqui Raquel, está predestinada a.... — Daniel não consegue terminar a frase, ele estava vomitando sangue.

A criatura observa Raquel, e percebe que ela é bem mais forte do que o outro caçador.




A criatura avança para atacar Raquel, os dois começam a lutar! Ela não tinha levado armas para caçar (era assim que eles se referiam quando iam atrás de criaturas das sombras), tinha levado apenas uma arma pequena, que estava na cintura, mas não tendo tempo de usar, pois a criatura atacou muito rápido, se movia com a rapidez de um vampiro, Raquel ficou um pouco atordoada com o que estava acontecendo, ver seu pai gravemente ferido, e uma criatura desconhecida por ela, não teve opção a não ser a luta corpo a corpo.




Apesar das desvantagens, ela lutava muito bem, e tinha uma força física maior do que as das outras mulheres do seu clã, a luta estava difícil, mas Raquel estava quase dominando a criatura.




Raquel não deu chances para que ele usasse a faca; depois de um golpe bem dado de Raquel, a criatura cai, quando viu que estava perto da morte, ainda no chão, ele começou a gritar emitindo um som agudo do fundo da garganta, um som incomum, muito forte para a frequência da audição humana, invadiu a mente de Raquel, atordoando-a.






— AAAAAAA! SEU DEMÔNIO COVARDE!!! MINHA CABEÇA VAI ESTOURAR!!
Raquel não aguentava a dor que o barulho causava.




O ser maligno, aproveitou a fragilidade e agora iria dominar a situação.




Ele aproveitou o momento de fraqueza dela, e a golpeou, depois cravou a faca que segurava, na barriga de Raquel, enfiou fundo a ferindo gravemente. Raquel não conseguia ver mais nada, o grito da criatura a deixou cega, e surda, ela não conseguia ouvir e nem ver, e ele aproveitou e venceu a luta.




Agora os dois caçadores, pai e filha, estavam caídos, feridos mortalmente.




Esses nunca mais vão voltar aqui! Vou ficar com as coisas que deixaram na floresta.




Um portal se abre e Hakon aparece no local, guiado pela energia de Raquel.




Ele estava no apartamento de Raquel ainda, examinado o tipo de vida que ela tinha, hipnotizou a empregada que quase morre de susto quando ele se transformou e assumiu a sua forma normal, logo em seguida fez ela dormir e esquecer de tudo. Sentiu que Raquel corria perigo, mas não conseguiu rastrear de início onde exatamente ela estava.




Quando finalmente conseguiu sentir, se tele transportou até ela usando a energia da mesma como mapa, para chegar até onde estava.

Ficou enfurecido ao ver o que tinha acontecido, e quando viu Raquel no chão esfaqueada pela criatura, a sua ira aumentou ainda mais. Não disse uma só palavra, mas a criatura paralisou-se apenas com o olhar dele.




— O que faz fora da sua caverna, criatura desgraçada? Vai morrer agora mesmo! Sabe quem você acabou de ferir?





— Senhor, os caçadores invadiram a minha área de caça, apenas me defendi!! Tenha piedade. — Ele implorava por sua vida.




— Não merece piedade pelo que fez! Pendurarei a sua cabeça nesse lugar, servirá como exemplo para os seus, terão que aprender a respeitar as regras!




Dito isso, Hakon atravessou a criatura em segundos.




Hakon não precisava tocá-lo para matar, ele poderia simplesmente quebrar os ossos com a mente, mas fez questão de feri-lo mortalmente com as próprias mãos, tamanha era a sua fúria.




Em seguida foi ver como Raquel estava, ele ignorou a presença de Daniel, Raquel era a prioridade, ela precisava de ajuda, e urgente.




Ela estava com uma ferida profunda na barriga, estava com hemorragia interna. Hakon conjurou um feitiço de cura, ordenou aos órgãos de Raquel que se curassem, mas ela teria que estar consciente para que fizesse efeito rápido, então ele tentou acordá-la.

"Raquel!! Acorde criança!", Mas Raquel não o ouvia, apesar dele estar falando com ela mentalmente.

"Vamos caçadora!! Você é mais forte do que as feridas!! Me ouça!!", Hakon tentou, mas Raquel não o ouviu.




Ele não podia ficar ali por muito tempo, tinha que levá-la até Jacques, para que ele a curasse com seus feitiços e com suas ervas.




"Eu não vou deixar que morra", Hakon sentiu medo... Ele não sabia o que era ter medo de perder alguém, talvez fosse porque Raquel, era a única esperança da continuação de sua raça.




"Hakon??!", Raquel o sentiu. Ela não podia ver e nem ouvir, e o corpo estava paralisado pela dor física, mas a energia vinda dele a fez senti-lo.
"Estou aqui!", ele não sabia o que estava acontecendo, sentiu um grande alívio quando Raquel chamou por ele mentalmente, mas ainda tinha medo de perdê-la.




"O que faz aqui? .... Eu morri e fui pro inferno?".

"Não, e quando morrer não vai para o inferno, você é boa demais para ter esse destino! .... Vou levá-la para ser curada, está muito ferida".




"Meu pai?! Onde ele está? Não deixe ele morrer, por favor". Hakon sentiu um sentimento diferente por Raquel, vendo-a frágil daquele jeito, e pedindo para ele pela vida do pai, fez com que o medo de a perder aumentasse.

"Vou levar os dois para a ilha! .... Fique comigo Raquel, agora o feitiço começará a agir dentro de você".

"Dói muito... Eu não sei se vou conseguir... Me envergonho por ter fracassado".

"Não diga mais nada criança, você lutou bravamente, só estava despreparada, acho que não conhecia aquele tipo de criatura... Raquel??", ele chamou, mas ela não respondeu.




Raquel tinha desmaiado de novo, e Hakon agora corria contra o tempo.




Continua...

Comentários

  1. Golpe sujo esse em.

    Hakon é brabo mesmo em?!

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    1. Sim, Raquel não conhece todas as criaturas, ela não esperava por essa. Obrigada Tatsumi!

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