Black Wings 18


Essa história é meramente fictícia, foi escrita e inventada por mim.
Usei referências de muitas histórias, filmes, livros e lendas.



Terça-feira. 3:00 da madrugada. Verão.

Depois de tudo que aconteceu durante os cinco dias que Ravi, prometeu para Emanuelle, que a veria novamente, os dois se encontraram e fizeram amor. Ravi agora sabia que o que estava sentindo por ela, era amor.




Ele caminhou até a varanda do apartamento dela pensando no que aconteceu com eles até o momento.



No dia em que a viu pela primeira vez, o que sentiu quando segurou sua mão e a curou, também foi a primeira vez que ele se importou em salvar diretamente a vida de um humano.



Na noite em que conversaram pela primeira vez, depois que Emanuelle saiu da boate em que Ravi estava visitando Lúcifer.



Naquele dia, ele sentiu algo mais forte quando percebeu que não podia decifrar Emanuelle.



E depois no parque, quando sentiu sua falta e voltou para vê-la.



Onde se beijaram pela primeira vez.



Emanuelle, fez com que Ravi se interessasse pela Terra e despertou nele a curiosidade pela humanidade.



“Não compreendo o que está acontecendo comigo de fato, mas sinto ser algo real e forte… O que sinto por ela eu não consigo controlar.”



Ravi, deixou Emanuelle, ele voltou para sua morada na república dos anjos onde dividia o lugar com cinco generais, porém, dificilmente dormia lá, ia apenas descansar quando podia.



“Ele me prometeu que tomaria café comigo amanhã…” — ela acorda e não o encontra, fica triste e decepcionada. 



“Mas tudo bem… Disse que me ama, e eu sinto que é verdade… Vai voltar para mim!”



Ainda na terça-feira. 09:00 da manhã.



Como de costume, Emanuelle preparava o seu café, o essencial para começar o dia bem. Nada planejado para a terça-feira, ela ainda estava de férias. Emanuelle, tinha esperanças que Ravi aparecesse naquele dia para vê-la, afinal, ele prometeu tomar café com ela.



Preparou o café, fez omelete e bacon para acompanhar.

“Sei que ele vem… Que estranho isso… sinto até o cheiro dele.”


E, em um piscar de olhos, um suave vento. Ravi estava ali.



— Você veio!

— Prometi que iriamos tomar café, juntos. Aqui estou.



“Meu Deus… agora tenho certeza de que é ele mesmo, a imagem do homem que vi na fogueira em Sulani. Tenho que ligar e conversar com Makoa, pedir desculpas por não acreditar neles, na cerimônia dos espíritos!… Devo contar para o Ravi sobre aquilo que aconteceu?”



— O que foi Emanuelle? Me ilumine com seus pensamentos, não consigo decifrar você.
— Eu só estou muito feliz em ver você… tão feliz que nem parece realidade.
— Mas é real, o que sinto por você, esse amor não surgiu assim do nada.


 

— Não sei se tenho certeza que ouvi você dizendo que me ama?

— Eu te amo Emanuelle!





Ravi, não precisava se alimentar com frequência, o metabolismo dos anjos difere dos humanos, porém, a alimentação é bem parecida, afinal, foram os deuses que deram o conhecimento agrícola para os humanos; entre outros conhecimentos.





Depois que terminaram o café da manhã. Emanuelle pediu para os dois fazerem um passeio no parque “Prados de San Myshuno”, aquele lugar era calmo, os moradores iam em pequenas quantidades, e mais no final de semana.






— Obrigada por vir.
— Não precisa agradecer, gosto de estar com você.
— Sobre ontem… eu gostaria de conversar… se você quiser ouvir, não quero estragar o nosso dia, mas tenho que te falar.
— Pode me falar o que sente, eu gosto e preciso ouvir você falando, não consigo saber o que você pensa sobre mim se não for assim.





— Vim aqui ontem no horário marcado como foi combinado, na verdade, me antecipei uma hora, eu queria ter certeza de que não me atrasaria, estava muito ansiosa para ver você… fiquei até a meia-noite, fui embora porque começou a chover e é claro que àquela hora você não viria mais…
— Me desculpe Emanuelle, eu sei que você ficou magoada, fiz você sofrer por pensar que eu não viria, fiz o que pude para chegar a tempo, houve imprevistos que me impediram, mas eu queria muito estar com você, por isso fui no seu apartamento.
— Ravi, você pode entrar e sair a hora que quiser no meu apartamento, eu não tenho problemas em relação a isso, apesar de não saber como você faz!… O problema… é que eu não sei quando vai acontecer, quando vamos nos ver de novo, o que acontece quando você sai. Quem é você Ravi?




— Você não entenderia…
— Como você sabe se nem tentou me explicar?
— Peço paciência a você, contarei se um dia achar que devo!
— Então vai ser assim? Tenho que me conformar em ter você desse jeito, ocasionalmente e quando der?
— Amor, não é assim, não foi o que eu quis dizer. Eu a amo Emanuelle, e o relacionamento que tenho é apenas com você, no entanto, tenho deveres importantes e que ocupam quase todo o meu tempo, são perigosos e eu não posso expor você a nenhum deles. Não poderei falar no telefone com você, não vou apresentá-la a ninguém que conheço, não vou poder ser o... — Ravi pensa um pouco antes de falar, a palavra namorado e o significado dela ainda era novo para ele — namorado, que você quer…, mas sou alguém muito e verdadeiramente, apaixonado por você, pela pessoa e boa alma que você tem, farei tudo que eu puder para protegê-la de qualquer mal, eu só posso lhe oferecer isso, por enquanto… se quiser é claro, mas você pode desistir agora, me recuperarei longe, a prioridade é o seu bem-estar.




— Ravi, você acha que quero desistir de você?… Está enganado meu amor. Não sabe o quanto eu te quero, cada minuto, cada segundo ao seu lado, me traz uma felicidade que jamais senti. Eu só queria garantir que isso nunca acabasse.
— E não vai, não para você… vou amá-la até final dos dias da sua vida.
— Por que você sempre fala até o final dos dias da minha vida? Não é o das nossas vidas?
— Não posso explicar, é mais daquelas conversas que a assusta.





Ravi entendia o que Emanuelle sentia, as incertezas que ela tinha em relação a ele, mas não podia contar para ela a verdade sobre sua vida para a própria segurança dela. Emanuelle, nunca acreditou em anjos, ela não tinha uma religião definida, e falar de coisas sobrenaturais não a agradava. Ele prometeu amar Emanuelle até os últimos dias da vida dela, porque Emanuelle era mortal, um dia ela iria envelhecer e morrer naturalmente, enquanto ele não, Ravi era imortal e sofreria a morte da amada.





A garota que perdeu a fé em anjos e seres celestiais, agora estava amando e namorando um. Ravi Metatron não era um simples anjo, ele era filho de um Deus supremo e se tudo seguisse o seu curso, logo se tornaria um.
 



Naquela mesma manhã, um homem idoso também passeava no parque, ele se aproxima do casal apaixonado.




O seu nome era Cisseu Únxia, um feiticeiro antigo que tinha 278 anos. Cisseu, não estava no parque apenas a passeio, estava lá para ver Ravi.




  “Como foi profetizado. Eles se reencontraram” — Cisseu Únxia, havia ido até Ravi para explicar o que estava acontecendo entre ele e Emanuelle.





Emanuelle percebe que estavam sendo observados.
— Ravi, você conhece aquele homem parado ali olhando para nós?
— O quê?…




— Aquele senhor idoso, olha pra lá, amor?! — Ela segura o rosto de Ravi, para que ele se concentrasse menos em beijar o seu pescoço, e prestasse atenção no homem parado olhando diretamente para os dois.
— Fique atrás de mim, Emanuelle! — Ravi, logo assume a posição de defesa, o idoso não oferecia perigo para ele, mas poderia machucar Emanuelle.
— Por quê? Quem é ele, alguém perigoso? 




— Não precisa temer, Ravi Metatron, eu venho em paz!
— Pronuncia meu nome, mas não sabe quem eu sou!
— Sei exatamente quem você é. Mas temo que a moça, da forma como está, não entenderá a nossa conversa, senhor.
— Senhor…? — Emanuelle, estava confusa, ela não sabia o porquê daquele homem idoso, aparentemente de classe alta e bem refinado, estava tratando Ravi, daquele jeito, com respeito exagerado e muita cautela ao falar.




— Se você sabe quem sou, porque pensa que eu temo a você, criatura insignificante?
— Meu Deus, Ravi! Não precisa tratar esse senhor assim! — Emanuelle fica horrorizada com a forma que Ravi, fala com o idoso.
— Trago informações, esclarecimentos para algumas de suas perguntas em relação ao que está acontecendo agora, se tiver um tempo para me ouvir, senhor!





Ravi entendeu que o feiticeiro Cisseu, queria lhe contar algo que Emanuelle, logicamente, não poderia entender.
— Emanuelle, volte para o seu apartamento, vejo você mais tarde!
— O quê? Por quê?…
— Preciso conversar com esse… homem!
— Tá, mas… posso esperar em outra parte do parque, não preciso ir para o meu apartamento!
— Por favor, me espere lá! — Ravi foi firme e direto, Emanuelle, apesar de não ter gostado, faria o que ele pediu, ou mandou.





— Vai me deixar esperando quantos dias dessa vez?
— Algumas horas talvez. Agora vá, por favor!
— Eu vou, mas você não vai brigar com esse homem idoso, né?
— Não vai ser preciso. Vai meu amor, dormiremos juntos hoje.
— Então vou, espero você chegar.




Emanuelle, deixou os dois a sós para conversarem à vontade.



Continua...

Comentários

  1. 278 anos? Esse feiticeiro é novinho ainda. Quero só ver como Ravi vai explicar um dia que é um anjo sem Emanuelle achar que ele tá louco.

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    1. Vai dar trabalho até ela entender kkkk. Obrigada Tatsumi!

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  2. A Manu é muito doida e confiante. Se um cara diz que tem um trabalho perigoso já pensaria que é um mafioso, saia correndo xD ela não tem noção do perigo mesmo.

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