Black Wings 16
Essa história é meramente fictícia, foi escrita e inventada por mim.
Usei referências de muitas histórias, filmes, livros e lendas.
Em Brindleton Bay.
O novo médico, Jorge Gael, e Emanuelle, conversavam.
— Então trabalharemos juntos em breve, eu continuo de férias, mas voltarei daqui a quinze dias no máximo. Preciso voltar ainda hoje para San Myshuno, foi bom conhecer você, doutor Jorge!
— Posso dizer o mesmo para você, doutora Emanuelle, você é uma pessoa interessante e muito agradável.
— Obrigada!
“Ele é simpático, bem-educado… diferente no jeito de conversar, vai ser bom ter mais um médico no hospital.”
— Parece que você e minha irmã vão ser amigos?
— Ela é uma mulher encantadora, com todo respeito!
Em San Myshuno.
Emanuelle, havia chegado no seu apartamento.
Estava falando no telefone com Lívia.
Lívia: — Você viu que gato o novo médico? Eu acho que agora eu me caso!
Emanuelle: — Conversei com ele no escritório do Edson, ele é bonito.
Lívia: — Então você já chegou na frente né?
Emanuelle: — Fica tranquila, eu não quero não!… Já tenho alguém em mente, e falando no modo popular, também no coração…
Lívia: — Como assimmm?? Quando e por quem, você se apaixonou??
Emanuelle: — Lembra do meu herói?
Lívia: — Mentiraaa!!!
Emanuelle: — Nos vimos no parque há uns dias, e vamos nos ver amanhã de novo, eu tô contando as horas!
Lívia: — A gente tem que se ver pra atualizar as fofocas, eu quero saber sobre esse herói por quem você tá apaixonada.
Emanuelle: — Vamos marcar um dia, sair e conversar… passar a tarde juntas, o que acha?
Lívia: — Vamos, sim, vou adorar!
As duas se despedem e Emanuelle pensa no encontro do dia seguinte, ela estava ansiosa para ver Ravi, novamente.
“Será que ele vai aparecer?… Espero que sim.”
Mesmo com muita ansiedade, ela consegue dormir.
Segunda-feira, verão. Prados de San Myshuno.
Na última vez que Ravi e Emanuelle se encontraram, marcaram para se verem novamente cinco dias depois no mesmo lugar às 18:00, e lá estava ela a espera dele uma hora antes do horário marcado.
Ela aproveitou para se divertir um
pouco enquanto ele chegava. Andou de patins, já que a pista estava desocupada.
O parque não recebia muitas visitas, as pessoas da cidade grande não tinham
muito tempo para lazer.
Jantou Nigiri.
Já eram 19:00 horas, passou duas horas desde que Emanuelle chegou.
O tempo passou, já era tarde da
noite.
Horas antes. Galeria de artes de
San Myshuno.
Na galeria de artes, um quadro estava em exposição temporária. Agnes Leão, olhava o quadro com muita admiração.
Agnes, era uma bela e jovem mulher, com pele branca, rosada, cabelos loiros, lisos e longos, olhos verdes e uma boca carnuda, seu corpo bem torneado chamava atenção, naquele dia estava vestindo um vestido de seda verde, colado ao seu corpo, calçava sandálias de salto alto.
Outra pessoa também apreciava, não só o quadro, mas a bela mulher, que estava fascinada com ele.
Ele se aproxima sem que a bela mulher perceba.
A jovem mulher ouvia Lúcifer falar sem entender o que estava acontecendo, ele continuou a falar como se estivesse no dia em que o quadro foi pintado.
— Ela usava um perfume floral e cítrico, tinha um cheiro afrodisíaco inesquecível. Cheirava a paixão, a pele macia que nenhuma seda nem mesmo a mais refinada poderia se comparar a ela, os cabelos lindos como fios de ouro, ela tem uma boca que deusa alguma jamais teria, eu ouso dizer que, tamanha beleza foi um dos motivos de ter sido afastada do seu amor.
— Acho que você não é tão velho, tem praticamente a mesma idade que eu. Mas é lindo e poético como a descreveu, parecia até estar apaixonado pela garota do quadro.
— Não temos a mesma idade, sou muito mais velho do que você, e estou mesmo apaixonado por ela, há mais tempo do que possa imaginar agora. O meu nome é Lúcifer Abaddon, ao seu dispor, Agnes Waterhouse!
— Que nome mais incomum é o seu. O meu nome é Agnes, você acertou, no entanto, errou o sobrenome!
— Não errei! Esse é o seu verdadeiro sobrenome.
— Você está me confundindo com outra pessoa?
— Você gostou do quadro? — Lúcifer não a estava confundindo com outra pessoa, tinha certeza de quem era ela.
— Gostei, é muito bonito!
— Apenas isso? Não sente nada em relação a ele?
— Não entendo aonde você quer chegar? — Agnes estava confusa sem entender o que aquele homem que se identificava como Lúcifer, pretendia.
— Esse quadro me pertence, o artista que pintou era amigo meu. Você sabe como se chama o quadro?
— Impossível! Tem duzentos anos que ele existe, creio que você não tem essa idade. — “Esse homem é louco!” Agnes pensou — E eu não sei como se chama!
— Eu o chamo de: “A noiva do Diabo”. Você disse que eu parecia estar apaixonado por ela, e estou mesmo! Esperei por um bom tempo para vê-la renascer novamente, e finalmente a encontro… linda como sempre foi, bem aqui na minha frente. O casal do quadro, somos eu e você, Agnes.
— Você não pode sair agora, ainda não terminas de conversar! — Lúcifer se aproxima e a segura pela cintura.
— Você é louco? Me solte agora mesmo!
— Agnes, você não lembra de quem somos? Eles a fizerem esquecer de tudo… do que vivemos, do nosso amor…
— Eu não sou quem você está pensando, sou uma mulher casada e não conheço você!
— Você é minha, Agnes, não pode pertencer a mais ninguém, estamos unidos pela alma, você me deu a sua e eu jurei te amar eternamente!
— Você é um louco perigoso! Por favor, me solta! Onde estão os seguranças desse lugar?
— Mandei todos saírem. Precisava ficar a sós com você.
— O quê? Quem é você?
Lúcifer beija Agnes, contra a vontade dela, ela tenta resistir, mas algo além dos braços dele em volta de sua cintura a impedia.
— Já disse quem sou e nunca a machucaria, não represento perigo para você. Eu a amo Agnes! Na noite em que esse quadro foi pintado, estávamos fazendo amor comemorando uma vitória sua, matou uma bruxa rival, eu a fortaleci, dei poderes a você com o meu sangue!
— Eu… — Agnes, estava muito assustada com o que Lúcifer dizia, mas lembranças de um passado muito distante estavam prestes a surgir na mente dela.
— Não adianta fazer isso, não pode me machucar… e até gostei desse tapa, mas deixaremos a diversão para mais tarde!
— Senhor, eu não sei quem você é, não sou Agnes Waterhouse, sou Agnes Leão, esposa de Eduardo Leão! Você já deve ter ouvido falar dele, e está muito encrencado se alguém nos ver assim. Por favor, me solte agora, eu não quero que você morra!
Todas a vezes que Agnes morria, reencarnava em menos de 10 anos terrestre, dessa vez demorou um pouco mais.
O senhor do inferno estava de volta à Terra para procurar sua bruxa amada, a mulher por quem tinha se apaixonado.
Agnes no seu leito de morte, pediu a ele que a salvasse, ela conseguiu ver a aparência escura de demônio que Lúcifer possuía, ele adquiriu essa aparência quando se revoltou contra os deuses, eles o puniram dessa forma, se Lúcifer praticasse maldades com os humanos ficaria com essa face de demônio por um tempo, e se fizesse isso frequentemente o tempo para voltar ao normal aumentaria. Mas Agnes só conseguiu ver por que ela em pensamentos e total desespero, cansada de clamar pelo seu Deus, clamou pelo demônio (o diabo), e ali estava ele, Lúcifer atendeu ao pedido de Agnes, a salvou e em troca ela deu a sua alma.
“Como pude ser tão idiota assim?… Pensando que ele iria aparecer, ele nem sequer me deu um número de telefone! Por que eu me sinto tão mal, por que ele é tão importante para mim se nem conheço ele direito?”
“Por que fico mendigando atenção assim? Ele deve ter outra pessoa, na verdade, eu devia ser a outra pessoa, mas hoje ele desistiu de ter uma segunda.”
“Eu não devia estar assim… o que está acontecendo comigo? Nunca quis ser amante de ninguém!” — Ao pensar que Ravi não a veria mais, Emanuelle sentiu uma profunda tristeza, ela não entendia o que estava acontecendo, não era normal amar tão intensamente uma pessoa que acabou de conhecer e que possivelmente já era compromissado.
O motivo pelo qual Ravi não conseguiu chegar a tempo foi uma missão que se complicou, ele teve que demorar um pouco mais, houve outros contratempos que quase o impediu de cumprir com o seu compromisso com Emanuelle, mas Ravi conseguiu, desobedeceu uma ordem direta só para ir vê-la.
Agnes Waterhouse, foi uma bruxa poderosa e má, antes, uma camponesa criada para servir a igreja, quando criança foi doada, ela seria freira quando atingisse a idade certa, mas o convento foi invadido e saqueado, Agnes foi estuprada e deixada para morrer quando era uma adolescente, em seu desespero e agonia de morte, ela clamou pelo seu Deus, mas não houve respostas, naquele momento Lúcifer apareceu, ele estava passando pelo local e viu o que aconteceu, no entanto, pela lei dos deuses ele nada poderia fazer, não podia interferir na vida e escolhas dos humanos, por isso, os estupradores saíram ilesos.
— Olha aqui… Lúcifer! Me solte agora! Eu já falei que não conheço você, e chamarei a polícia se me beijar de novo. Onde estão os seguranças do meu marido? Ele é perigoso, meu marido é um homem muito importante, não se aproxime de mim novamente!
— Já disse que eles não vão se aproximar, ordenei que ficassem do lado de fora. Vou presenteá-la minha querida, ficará viúva antes do anoitecer! Eu não devia, mas já quebrei muitas regras por você e sempre estou disposto a quebrar mais uma.
— Continua acreditando que somos esses dois? Você é o diabo e eu sou a bruxa noiva do diabo? Não seria tão ruim assim, se não fosse loucura da sua cabeça. E a ideia de ficar viúva é muito tentadora, mas preciso daquele idiota!… Você é doido, um doido bonito, eu até gostei de conhecer você, sei lá o que deu em mim. Adeus, Lúcifer Abaddon!
— Agnes. Volte para mim! — Lúcifer ordena, mas ela continua a andar.
— Não pode ir ainda, vai se lembrar de quem você é em breve, e tem que estar comigo. Ficará confusa.
— Lúcifer, eu já pedi por favor… eu… — Agnes, começa a passar mal, logo teria suas lembranças de vidas passadas — Minha cabeça está doendo, o que você fez?
— Amei você demais, por todas as suas vidas até o último dia delas…
Ela consegue andar até a rua e Lúcifer segue atrás.
— Onde estão os seguranças?…
— Você não precisa de mais ninguém, além de mim. É impressionante a sua resistência mental, não resista ou sentirá dor.
— Lúcifer?… Amor, eu… — Agnes começa a recordar, ela se desequilibra e ele a segura nos seus braços.
— Estou aqui, meu amor, não se preocupe, cuidarei de você.
Agnes a bruxa, estava de volta.
Horas mais tarde.
De volta a San Myshuno. Atualidade.
Emanuelle ainda esperava por Ravi, já eram quase meia-noite e ele ainda não havia aparecido.
Ela esperou por seis horas desde que chegou ao parque, até que se cansou e desistiu.
Já em seu apartamento.
Ela sofre sozinha em silêncio, e
adormece no sofá.
Depois de alguns minutos, Ravi aparece para vê-la.
Continua...
Meu Deus! Esse Lúcifer é quente hein! Gostei demais da cena dele.
ResponderExcluirE eu já tava put@ achando que Ravi tinha feito a Manu de trouxa, mas ele veio, antes tarde do que nunca!
O Lúcifer não brinca kkkk
ExcluirO Ravi teve alguns contratempos, mas foi.
Fico feliz que tenha gostado. Obrigada s2