Black Wings 14





Essa história é meramente fictícia, foi escrita e inventada por mim.
Usei referências de muitas histórias, filmes livros e lendas.



O anjo supremo, Ravi Metatron, estava apaixonado por ela, uma simples humana.




— Eu ainda não acredito que estamos aqui... e assim... — Emanuelle, não sabia lidar com o que estava sentindo.




Ravi, também não sabia o que estava acontecendo, o sentimento entre eles estava crescendo muito rápido, de um jeito como se já estivesse entre eles há muito tempo.




— Você vai desaparecer de novo, me deixar sem saber o que fazer?

— Não, eu não vou desaparecer... eu disse que se voltasse saberia onde te procurar, e aqui estou.

— Mas eu não quero isso!...

— O que você quer Emanuelle? — Ravi, olha para ela sem entender, ele quer saber o que Emanuelle espera dele.

— Eu quero saber onde te encontrar, quero falar com você todos os dias, quero te ver, quero te tocar, poder te beijar... estar com você... me desculpa, mas eu preciso disso.




— Eu não posso fazer isso!...

— Por quê?

— Terei que vir com frequência para cá, eu não tenho tanto tempo assim, tenho responsabilidades e.... eu não posso dar o que você precisa, Emanuelle!




— Eu nem sei o que eu tô fazendo, não me reconheço mais. Ravi, me desculpa?...

— Não se sinta mal, também quero estar com você, se eu pudesse.

— Por que você não pode?

— Tenho deveres a cumprir!

— Então quando puder, vem me ver?  Eu só preciso saber que você vai vir de novo, eu queria poder contar com isso.

— Você pode contar com isso!

— Então você vai vim, promete?

— Eu prometo!




— Agora eu preciso ir.

— Quando vai voltar?

— Daqui a três dias.

— Vai demorar, mas pelo menos já é alguma coisa. Onde vamos nos encontrar?

— Nesse mesmo lugar, às 19:00 horas.

— Vou esperar ansiosa!

— Eu também vou estar esperando o momento de ver você novamente. Eu gosto de você, Emanuelle.




— Esse teu cheiro... é como se eu já tivesse sentido tudo isso antes... Parece que, se eu fechar os olhos vou lembrar de onde.

"Eu também sinto que já existia esse... amor...?" — Ravi, está quase certo de que estava sentindo amor por Emanuelle, e que ela não era uma humana qualquer, o fato dele não conseguir ouvir os pensamentos dela, o convencia cada vez mais de que existia algo que precisava ser explicado.



— Eu vou voltar, mas preciso ir. Você vai ficar bem?

— Vou sim... eu ia viajar, mas vou deixar para depois que você voltar.

— Se quiser você pode viajar, eu te encontro onde você estiver.




— Como?... Eu vou pra Selvadora, como poderia me encontrar lá se você não tem o meu número telefone?

— Tem coisas que não vou poder explicar, e mesmo se eu explicasse você não entenderia. Se formos continuar nos vendo, não precisa saber como eu faço as coisas, saiba que eu apenas faço!

— Tá bom, mas eu não vou viajar, vou esperar por você.




Ravi se despede de Emanuelle, com um beijo e a certeza de que a veria de novo três dias depois, pois ele teria uma missão para cumprir.





"Volta logo, por favor!..."




Os anjos já estavam bem, apenas Miguel estava em tratamento e se recuperava lentamente, pois dos três foi o mais atingido. Levi já tinha recebido alta, ele estava se preparando para voltar para sua casa.




— Esteja em paz Levi!

— Estou em paz Ariel! Que bom ver você, veio ver seu irmão, Miguel?

— Sim, e estou feliz em ver que você já está recuperado.

— Miguel e Nathanael, ainda repousam nas cápsulas, mas logo estarão bem. Miguel foi ferido gravemente e demorará um pouco mais. Me perdoe Ariel, eu não fui um bom comandante, quase perco os dois, Ravi nos salvou, se não fosse por ele...




— Eu sei o que aconteceu Levi, vocês nunca conseguiriam sair de lá com vida. Não se culpe!

— Foi você quem avisou ele?

— Eu tinha que fazer alguma coisa. Quando ouvi a oração do meu irmão pedindo socorro, fiquei desesperada, eu sabia que ele estava morrendo, não pude ir até vocês porque eu não tenho poderes para entrar em terras sombrias, mas Ravi podia.

— Você nos salvou, mas arriscou as suas asas!

— Eu sei, valia a pena arriscar.




— Obrigado!... Ariel, eu preciso conversar com alguém.

— Sou sua amiga, sabe que pode contar comigo.

— Vamos conversar em outro lugar com mais calma, é sobre Ravi.

— O que aconteceu, ele está bem?

— Está sim, mas preciso saber o que aconteceu naquele lugar. Ravi não era o mesmo...




— Como assim, Levi?

— Eu confio em você porque ele confia, então conversaremos depois em outro lugar, vou contar o que vi.




Depois de ir ver Emanuelle, Ravi não descansou, ele teria que ir em algumas dimensões que serviam de prisões para alguns seres maléficos corrompidos pela energia escura do mal.




Nessas dimensões, estavam presos os Wendigos, Aswang, Aracna e outros seres de poder maléfico menor, Ravi ia supervisionar, ele fazia isso de tempos em tempos.




Mas antes, foi conversar com sua mãe.

A deusa Enuma Elish, já esperava pelo filho, como de costume, os deuses sempre sabiam com antecedência quando iam receber visitas, tinha um portal antes da casa ou castelo de cada um, e passando por eles já os alertavam de quem estava vindo.




Enuma, estava em sua sala do trono, dispensou todos que antes estavam ali presentes, para receber o seu filho querido.




— Filho, que alegria em ver você, é sempre bem-vindo à minha casa!




— Você está muito bela, minha mãe. Gostaria de dizer que vim aqui apenas para vê-la, mas não estaria lhe dizendo toda a verdade.

— Você nunca vem aqui só para me ver, mas mesmo assim é muito bom ver você, e obrigada pelo elogio, meu querido!





— Certamente, você já sabe porque estou aqui, não sabe?
— Eu sei, mas quero ouvir você falar, por favor!
— Você sabe que a deusa Frigg, mandou Levi e dois anjos inexperientes para o vale das lamúrias, uma dimensão de energia escura, mandou executar dez demônios de nível 4, no entanto, as informações dela estavam erradas, eram doze demônios e de altos níveis.
— Sim, eu fiquei sabendo.
— Eles quase morreram, estão em cápsulas de energia se recuperando.



  — Sei o que você está pensando Ravi, mas não foi intencional, não cometeríamos um erro tão grave. Frigg, recebeu informações e designou os guerreiros que ela considerava competentes. Levi por ser o seu melhor homem, pelo menos considerado o melhor por você, e Nathanael que está se destacando muito nas missões de captura e vigília, Miguel pode até ter sido um erro, mas ele também passou com honras no treinamento de admissão para os “Asas Negras”, a ineficiência dos três não pode ser atribuída a ela, e sim a Levi por não ser tão competente quanto você pensou que fosse!





— Levi não teve culpa! Você ainda tem coragem de culpá-lo? Ela foi irresponsável por ter dado informações erradas!
— Frigg, não é a deusa da inteligência de guerras à toa! Ela localizou os demônios e mandou guerreiros aparentemente qualificados, se você não o protegesse, como sempre faz querendo classificá-lo como capaz, ela não teria dado o comando.
— Então agora a culpa também é minha?




— Meu filho, acalme-se! Você herdou essa fraqueza de mim, sempre querendo defender e proteger os mais fracos, mas com isso acabamos os prejudicando. Sua amizade com Levi é prejudicial a ele mesmo.
— Como a minha amizade pode ser prejudicial a ele?
— É como uma criança que precisa aprender a andar, se os pais sempre a levarem nos braços ela demorará a caminhar sozinha. Em breve você ganhará poderes divinos Ravi, essa amizade entre você e Levi, é desigual e prejudicial aos dois!





— Você nunca teve uma amizade em que confiasse, uma pessoa que pudesse conversar? É por isso que pensa dessa forma, não é?
— Já tive. Me apaixonei e tive um filho com ele, logo depois me transformou em uma deusa, prometeu me amar e disse que estaria sempre ao meu lado, e aí cometeu erros sendo banido! E, esse meu amigo e meu único amor, me deixou sozinha. Por isso, meu filho, não confie em ninguém, se até os deuses não cumprem com suas promessas, imagine um ser fraco como Levi? Se quer ser forte e poderoso, mantenha os fracos longe de você, isso fará bem para ele também.




— Entendo a sua desilusão amorosa, mas esse não é o meu caso. Eu amo Levi como um irmão e vou protegê-lo de qualquer injustiça, tudo que eu puder fazer por ele e por outro anjo que sofre injustiças, eu farei! Vocês só se importam com vocês mesmos, o importante é o poder e a posição?… Eu não sei se realmente quero ser como vocês.




— Você já é um de nós, e Levi não é seu irmão. Você é diferente de qualquer anjo que existe até agora, só não entendeu a grandiosidade da sua energia, é filho de Enlil!
— Não sou tão diferente assim e não vou me afastar de Levi. Quando chegar a minha hora de ascender para um ser divino, vou ser diferente de você!
— Parece seu pai Enlil, falando… Não sei o que sentir em relação a essa semelhança, mas seja sábio e cauteloso, não cometa os mesmos erros, eu não quero perder você também.




— Sim, eu devo me parecer com Enlil… Me pergunto se ele realmente mereceu ser banido, se realmente cometeu um erro tão grave em querer extinguir a humanidade, já fizeram isso com incontáveis outras raças, por que essa tão fraca e problemática é tão especia?… Até mais, deusa Enuma Elish! Agradeço por me receber.




— Meu filho, guarde seus pensamentos somente para você. Será sempre bem-vindo na casa de sua mãe. Ravi Metatron!





“Preciso saber quem contou para ele onde os três estavam. Se for preciso eliminar Levi para a ascensão de Ravi, assim o farei! Tirarei tudo dele para alcançar o seu propósito. Levi deve ser afastado dos caminhos de Ravi. Depois o reencarno na dimensão 5, viverá como um humano e descansará!”




Dois dias depois, em Oasis springs.





Marcela e Lua, foram até a casa de Giovana para fazer uma visita, ela havia acabado de chegar do hospital. Giovana sofreu um acidente de carro quando dirigia para o trabalho, estava em cadeiras de rodas, como Lua havia previsto para ela anteriormente.




  — Puxa Giovana, que susto que você deu na gente, mas agora vai ficar tudo bem, e que bom que o seu irmão pode vir cuidar de você. — Marcela fala com sinceridade para a amiga.




 — Pois é, não foi um acidente grave, mas machuquei a coluna, por isso vou ficar de cadeira de rodas por algum tempo, mas com o tratamento e a fisioterapia vou voltar a andar logo eu sei que vou! — Enquanto Giovana fala é observada por Lua, filha de Marcela com o anjo Levi, a menina não simpatiza com a amiga da mãe.




“Não vai não, eu te avisei sua chata! E não tô nem aí, sei que você não gosta de mim… até posso te ajudar, mas eu não quero, você tá doida pelo meu padrasto, eu não ligo pra ele, mas a minha sim!”




“Essa demônia dessa menina… ela que me rogou praga, mas eu nem vou tocar no assunto e não dá bola pra ela, tomara que esse demoniozinho saia logo da minha casa!”





— Tia Giovana, posso comer uma torrada com Nutella, eu tô com fome? — Lua finge não estar incomodada e se comporta como uma criança normal.
— Claro que pode, Lua. Vai lá com o Mário que ele te dá um copo de suco também. — “Peste dos infernos!” — Giovana, também finge um comportamento normal.
— Obrigada Giovana, desculpa a falta de educação da minha filha.



Lua foi comer com o irmão de Giovana, enquanto a mãe dela conversava com a amiga.




— Bem, você deve estar cansada, então eu já vou indo, mas se precisar de alguma coisa que eu possa fazer por você, por favor me liga.
— Eu ligo sim Marcela, pode deixar, e obrigada pela visita!
— Arrumei um emprego, queria te contar, vou trabalhar na biblioteca de Willow Creek, começo amanhã mesmo. Ah, e o Diogo mandou um abraço pra você, na próxima visita ele vem com o Flavinho, só não vieram hoje porque foram pra casa da Denise, a irmã do Diogo, foram passar o final de semana lá na fazenda.
— Ah, que bom, fico feliz por você ter arrumado um emprego. Manda um beijo pros dois!
— Tá, eu mando… Até outro dia, amiga, você vai ficar bem e voltar a andar logo.



Fora da casa de Giovana.





— Lua, eu não gostei de como a Giovana tava, ela ficou diferente com a gente e eu já sei porque, é claro que foi pelo acidente e dela não poder andar, mas também por sua previsão, você disse pra ela que ia acontecer isso?
— Eu disse, mas era pra avisar mamãe, eu só queria ajudar!
— Lua!! Filha eu disse pra você não contar nada, se ficar falando essas coisas as pessoas vão pensar mal de você! Meu Deus, filha?
— Desculpa, mamãe… eu não queria que ficasse brava comigo.




— Eu não tô brava, só tenho medo que as pessoas façam mal a você, arrumei um emprego, e não vou poder cuidar de você o dia todo. Por favor, filha, me prometa que vai parar e que você não vai mais falar isso e nem nada parecido pra mais ninguém além de mim?
— Eu prometo mãe, nunca mais falo nada pra ninguém!
— Então vem cá e me abraça! Eu só quero o seu bem, meu amor.
— Eu sei, mãe. Eu te amo, você é a melhor mãe do mundo!
— Eu também te amo, e você é a filha mais linda do mundo inteiro!




Lá dentro:
— Tem certeza que não quer a minha ajuda?
— Eu posso fazer sozinha, Mário! Tenho que me acostumar a me virar, você loga vai precisar voltar pro seu trabalho.




— Eu vou pagar alguém pra te ajudar, pelo menos durante o dia.
— De jeito nenhum você não vai gastar seu dinheiro que já é pouco comigo. Eu vou receber do INSS (instituto nacional do seguro pessoal), vou ver se a Regina pode vir fazer comida e lavar umas louças pra mim, eu pago um precinho barato, ela é minha amiga e vai aceitar.
— Tudo bem, então… Aquela menina é a mesma que falou sobre o seu acidente?




  — É ela mesmo, aquele demônio em forma de criança, me deu até arrepios quando ela chegou aqui. Eu não quero mais que a Marcela venha me ver, aquele diabo dela só traz desgraça!


— Não fala assim da criança, se você tivesse dado ouvidos ao que ela disse teria evitado o acidente!
— Não vem não Mário! Foi ela que me rogou praga!
— E se ela for uma daquelas crianças que prevê o futuro? Uma vidente!
— Ela é fruto de um estupro, deve ter nascido com a natureza ruim do pai dela, não pode vir nada bom daquela peste! Coitado do Diogo, eu queria poder ajudar ele a se livrar desse fardo.





— Fardo que ele gosta muito de carregar. Trata a menina como se fosse filha dele mesmo, e ama tanto a Marcela que já teve até um filho com ela.
— Macumba dessa sonsa! Eu aposto que aí tem coisa errada e eu vou descobrir, agora que eu provei um pouco do que é ruim dessas duas, desconfio muito que o Diogo é vítima da Marcela, ela deve ter feito mandinga das pesadas e ele caiu porque sempre foi coração mole, eu conheço o Diogo, desde criança ele é assim, tem fama de bom samaritano… A Marcela se aproveitou dele, ele encontrou ela desmaiada e grávida, depois levou pra casa com a intenção de ajudar, e ela nunca mais saiu de lá, vive as custas dele uma verdadeira parasita, garantiu logo o sustento pra vida toda, mal saiu um e já entrou outro: engravidou dele! Ele merecia uma mulher que amassasse ele de verdade.
— Giovana, até parece que uma mulher bonita como a Marcela precisa fazer macumba, o Diogo melhorou e muito depois que foi morar com ela, ele era todo relaxado, e agora tá feliz. Você nunca superou isso minha irmã? O Diogo não é mais seu namorado!
— Parece que até você caiu nos encantos dela, quando os dois se separarem, assuma o fardo! E, ele ainda seria o meu namorado, se ela não tivesse caído de cabeça nele, a gente ainda ia voltar.



— Você tem que superar isso e arrumar um marido! Eu vou pegar umas almofadas lá no quarto, assim fica melhor pra você deitar!




“Até quando ela vai esperar por ele?”. — Giovana não havia aceitado o fim do relacionamento com Diogo, o atual marido de Marcela, o irmão dela estava preocupado.




Continua...

Comentários

  1. Os dois estão perdidamente apaixonados mesmo, porque se um cara chegasse pra mim e falasse "nos encontraremos daqui a 3 dias, às 19h" acharia que perderia um rim nesse encontro xD

    A Lua é uma criança encapetada! A Giovana não é flor que se cheire.

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    1. KKKKK eu nem iria! Emanuelle é doida kkkk
      A Lua é uma peste mesmo. A Giovana é daquelas amiga que você não queria ter.
      Obrigada Cat s2

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