Black Wings 11




Essa história é meramente fictícia, foi escrita e inventada por mim.
Usei referências de muitas histórias, filmes livros e lendas.




San Myshuno. Segunda-feira, manhã de verão. 




Emanuelle, toma seu café da manhã enquanto pensa no que aconteceu na noite passada.





Na noite de domingo, depois que Ravi saiu, ela chamou uma ambulância para socorrer Maicon. Emanuelle se prontificou para ir com eles, pois teria que dar satisfações para a polícia sobre o acontecido. 
Horas após o ocorrido, após ter contado tudo o que aconteceu sobre o assédio de Maicon, os policiais deram orientação para ela fazer um boletim de ocorrência acusando Maicon de assédio sexual e tentativa de estupro, ela disse que não precisaria, pois não tinha certeza se era realmente isso que ele pretendia fazer. Os policiais perguntaram sobre o homem que ajudou, Emanuelle disse que não o conhecia, que ele apareceu na hora e simplesmente ajudou.
Maicon, estava internado, mas não corria risco de vida, no entanto, estava sem falar e sendo alimentado por sonda nasogástrica (a sonda nasogástrica é um procedimento médico evasivo, onde um tubo de polivinil é introduzido desde as narinas até o estômago do paciente para a alimentação, quando o indivíduo não consegue se alimentar por conta própria), por conta do enorme inchaço no pescoço.
Lívia não estava sabendo ainda o que havia acontecido.

“Ravi… eu preciso te ver de novo, mas como vou encontrar você?” — Emanuelle passou a noite pensando em Ravi.



A campainha toca, era Edson e Valentina, eles já tinham avisado Emanuelle que ia visitá-la.
— Entra!!




O casal havia ido dar a notícia para a futura titia.




— Que saudade de vocês!!
— Tanta saudade que nem avisou que chegou ontem! — Edson reclama para a irmã enquanta a abraça carinhosamente.




— Avisei sim! — Ela responde abraçando Valentina.
— Às quatro horas da manhã, o que você estava fazendo acordada naquela hora? Sei que você chegou bem antes. — O irmão protesta.





— Pois é, eu tive uma noite bem agitada. Mas pelo menos avisei né?  — Ela responde pensando em tudo que aconteceu, mas decide não contar nada para ele, não queria preocupá-lo.
— E você tá com uma cara ótima, Manu! Mais tranquila e descansada! — Valentina fala.




— Então… nadei muito, andei de jet-esqui, tomei sol, curti bastante a ilha de Sulani, conheci boas pessoas, foi ótimo, agora estou em paz com o mar! Vocês têm que conhecer a ilha, devia ir com a Valentina, Edson.
— Eu ia adorar sair um pouco daqui, pegar um bronzeado não me faria mal! — Valentina rir.
— Talvez eu saia de férias com a Valentina, ela vai precisar descansar um pouco nos meses que virá, mas não para Sulani, quem sabe Granite Falls, tem natureza, lagos, rios e até cachoeira!



Valentina se senta ao lado de Edson, os dois estão prestes a contar para Emanuelle, sobre a gravidez, Emanuelle continua de pé observando os dois.




  — Eu apoio, já é um começo!… Mas espera, como assim a Valentina vai precisar descansar, o que está acontecendo com ela?  




— Conto eu, ou conta você Valentina?
— Acho melhor você!
— O que vocês dois estão me escondendo? Falem logo!




  — Você vai ser tia, Valentina está grávida! — Edson, muito feliz, dá a notícia para a irmã.





— Ah tá, que brincadeira sem graça! Seria muito bom se fosse verdade mesmo.
— Mas é verdade, Manu, eu estou mesmo grávida, de seis semanas!




— Parabééénnnsss!!! Meu Deus… Valentina, eu não sei se choro ou morro logo de felicidade!
— Obrigada! Mas eu quero você bem viva, pra me ajudar com meu bebê.
— Seu não, nosso bebê! Por que tia babona tem direito também né?
— Claro que tem! — Valentina rir e fica muito feliz com a reação de Emanuelle.




— E você Edson, como reagiu? Está tudo bem com você? — Emanuelle pergunta, porque sabe que o irmão não queria a paternidade.





— Agora estou bem, levei um tremendo susto quando ela me confirmou, já estava suspeitando há alguns dias. Eu não queria agora, mas aconteceu, e já estou ansioso.
— Fico muito feliz meu irmão, vamos ser muito felizes com essa criança!
— Vamos sim!… Meu filho… — Edson fica feliz e pensativo.



No plano celeste.
O deus Maat, chamou Ravi, para lhe pedir um favor.




O guardião mais poderoso de Maat, já o esperava.




— Seja bem-vindo Ravi, o deus Maat, aguarda você.
— Obrigado, irei falar com ele!




Ravi caminha em direção ao deus Maat, que já estava esperando próximo ao portal.





— Seja bem-vindo general Ravi, agradeço por vir tão rápido.
— Me pareceu um chamado urgente, por isso vim imediatamente.




— É um chamado urgente. Eu sei que você é muito ocupado, tem muitos exércitos para comandar, portanto, eu vou ser breve! Você sabe que a dimensão 5, o planeta Terra, é o berço de muitos seres, alguns tiveram que sair de lá, foram transferidos para dimensões criadas, as chamadas de dimensões paralelas.
— Sim, meu pai, Enlil, criou a maioria delas, para manter os humanos a salvos dos não humanos, algumas são moradas compatíveis com as espécies, e outras são prisões.
— Isso mesmo, no entanto, alguns sobrenaturais ainda vivem na Terra, inclusive a raça protetora que também foi criação do seu pai, sendo sobre eles que eu quero falar!
— Os Astaroth?
— Exatamente!
— O que aconteceu com eles?




— Essa raça foi uma criação quase perfeita, eles são os guardiões da Terra por milênios da vida humana e poupamos muitos anjos com isso, sendo que não precisam ficar muito tempo por lá, assim usam o seu tempo para cuidar de outros assuntos que exigem mais a nossa atenção.
— Então, eu ainda não entendo o que você quer, está parecendo que a raça, apesar de cuidar dos problemas humanos, não está sendo bem vista por vocês.
— Não é bem isso, estamos preocupados com reclamações feitas por alguns generais, anjos como você, mas que andam com mais frequência pela Terra.
— Do que eles reclamam?
— Uma nova raça está por vir, originária dessa raça com outra que não foi criação de nenhum Deus, uma criatura está crescendo no ventre da prometida do príncipe dos Astaroth, essa criatura será uma fêmea!
— Estão com medo de um bebê fêmea e que ainda nem nasceu?
— Esse bebê representa um perigo real, não o ignore Ravi!






— Então por que uma criança, Astaroth, representa tanto perigo?
— Os Astaroth são protetores, mas, ao mesmo tempo predadores da raça humana, eu sei que parece ser um pouco confuso, mas simplificando: o sangue humano é a fonte de energia vital para eles, sem os humanos eles não sobreviveriam.
— Tenho conhecimento sobre isso. Mas eles só abatem os negativos e quando precisam, diferentes dos humanos que também abatem os animais domésticos para se alimentarem, e fazem isso sem precisarem de fato!
— Enlil, foi quase perfeito nessa criação, errou ao fazer com que o sangue humano fosse a fonte de energia deles, porém, isso também garante que eles sejam protegidos pelos mesmos. Mas também tem as mutações que se originaram dessa mesma raça: os vampiros, que matam sem pensar e sem nenhuma culpa, semelhante aos demônios, e ainda não conseguimos resolver o que fazer com eles.



 — Eliminem! Podemos resolver esse problema facilmente. Os Astaroths praticamente já resolveram esse problema. Destruíram quase todos, atualmente eles são minoria, na verdade, tem outras raças criadas pelos deuses, que também tiveram variações e algumas mutações: os elfos, por exemplo, os orcs, que são originados deles e com seu alto temperamento tiveram que ser banidos para viver em outra dimensão, os lycans, que também são considerados agressivos, mas mantiveram a sua forma humana, pelo menos na maior parte do tempo, entre outras que ainda vivem na dimensão 5. Os Astaroths, não representa tamanha ameaça aos seus queridos humanos, são guardiões deles, e nem representam ameaças a nenhum de nós, apesar de serem fortes o bastante a ponto de se igualar em poder com um anjo de hierarquia menor, eles não ousariam enfrentaram nenhum deles.
— Existem regras! Não podemos interferir nos feitos humanos, a evolução desse planeta deve acontecer naturalmente, você mais do que ninguém deveria saber o que acontece com quem tenta interferir no curso da vida terráquea! — Maat, fez referências a Enlil, o Deus pai de Ravi, que se irritou com a humanidade e tentou destruí-los com o dilúvio. — Raquel, é uma mutação incomum, ela é descendente de uma bruxa de grande poder, Tessa Graham, cujo foi uma experiência de bruxaria com ciência. Raquel tem o sangue de cinco raças, incluindo a de um nefilins!
— Ela tem sangue de nefilins? Mas eles não podem procriar.
— Extraíram o sangue de um e modificaram no laboratório, Raquel é uma aberração e essa criança é perigosa!




Em outro lugar em uma dimensão paralela.
Levi estava em uma missão, com outros dois anjos: Nathanael e Miguel. Estavam no vale das lamúrias, dez demônios estavam escondidos lá e já fazia bastante tempo, pretendiam se fortalecerem para depois fugirem e habitarem corpos em qualquer dimensão que conseguissem passar, a ordem não era de captura e sim de execução vindo direto pela deusa Frigg, encarregada pela inteligência das missões. Os demônios seriam de nível 3, foi essa a informação que Levi recebeu, e sendo assim, eles poderiam aniquilá-los com facilidade.




Os três já estavam à procura dos demônios há algumas horas, eles foram à caça logo que Ravi saiu para atender ao chamado do Deus Maat. 
Caminhavam pela terra do vale, e essa estava carregada em energia sombria.
“Esse lugar é agoniante, uma energia escura semelhante à do inferno de Lúcifer… demônios fracos não sobrevivem aqui, não por muito tempo, devo me preparar!” — Levi já estava esperando algo maior acontecer.
— Levi, já andamos por horas e nada de demônios, esse lugar é exaustivo… acho que estamos aqui à toa! — Miguel, um anjo recém-formado estava começando a perder forças, o vale das lamúrias estava drenando as energias dele.




Mas logo que terminaram de falar começou a surgir os demônios que estavam escondidos ali.



Não havia apenas demônios de nível 3, a maioria deles eram bem acima do que foi informado, além de serem mais fortes eram mais do que dez, havia doze demônios variantes entre nível 3 e 8.





Doze demônios contra três anjos. 

Os anjos guerreiros eram poderosos, o comandante Levi era o mais forte e experiente, Nathanael estava a uma hierarquia abaixo de Levi, mas não deixava a desejar, ele apesar de não muito experiente era bem poderoso. Miguel tinha se formado recentemente e essa era a primeira missão considerável que ele estava tendo, e desde que entrou no vale suas forças diminuíam, a energia de um anjo que não tinha tanto poder e experiência era consumida fácil nesses lugares, por isso só os mais fortes podem ir.



  — Muito bem, vocês perceberam que tem mais do que fomos informados, tanto em quantidade como em poder escuro, fiquem juntos um do outro, protejam as retaguardas. Teremos um pouco mais de trabalho, mas será uma experiência e tanto para somar! — Levi tenta encorajar seus soldados — Miguel fique perto de Nathanael, deixe os mais fortes para nós dois!  




Dito isso, eles partem para o ataque.





Miguel não obedeceu como devia a ordem dada por Levi, ele ficou nervoso e não sabia bem como agir.





Poucos minutos antes de Levi encontrar os demônios.
O deus Maat, explicava para Ravi, que a filha do príncipe dos Astaroths, Hakon, poderia ser uma ameaça real para muitos anjos, na verdade, a raça Astaroth já se igualava a alguns dos poderes celestes, Hakon, no seu pleno poder poderia facilmente matar um anjo de alta hierarquia. Enlil foi perfeito na criação dele, ao seu ver não cometeu erros, cada detalhe foi pensado, acontece que os Astaroths, não preocupavam apenas os anjos, os deuses já começavam a temê-los.
Então Maat, Continua a falar:
— O que estou tentando lhe dizer é que a aberração, Raquel, dará à luz a uma menina, a raça Astaroth não concebem fêmeas, pois essas dariam à luz criaturas muito perigosas.



O deus Maat, estava sendo usado por outros deuses, ele participou de uma reunião com alguns e decidiram usar o anjo supremo, filho de Enlil, para eliminar a raça que o próprio pai criou, se Ravi obedecesse à vontade deles, seria punido futuramente pelo conselho intergaláctico e provavelmente banido como o seu pai foi. O que os deuses temem, é que a filha de Hakon e Raquel, possa dar à luz, a um Deus na terra.





— Está me pedindo para ir até a Terra matar uma criança que ainda não nasceu? Eu teria que matar a mãe grávida ainda!
— Você corrigirá um dos erros do seu pai… Você bem sabe que basta Enlil, se ajoelhar diante de Enki, e pedir perdão pelos erros cometidos que ele pode voltar e se juntar a nós novamente!
— Sim. E isso nunca irá acontecer! Além disso, eu não sou responsável pelos erros dele, não posso lhe fazer esse favor, não mato inocentes!
— Ela não é uma inocente!
— Ainda não nasceu, e a mãe não fez nada para morrer, portanto, não são ameaças!




— E se fosse uma ordem, um consenso entre os deuses, você teria que obedecer, não é?
— Vocês iriam me fazer lutar contra o que eu acredito? Nos ensinaram a proteger os mais fracos, a não matar as criaturas de vocês… Nos ensinaram a ter ética, a ser puros e retos, somos seres de luz, o nosso poder e o controle dele vem do que acreditamos. Matamos demônios, e não matamos humanos ou criaturas que não apresentam perigo, que não tenham energia escura. A menos que tenham mudado de ideia, e as leis agora são outras?






O deus Maat, não teve argumentos contra Ravi. Maat sabia o perigo que palavras mal faladas representariam. Se os anjos perdessem a ética moral eles fugiriam do controle dos deuses, uma rebelião em massa seria uma verdadeira desgraça para eles, se os anjos perdessem a fé ficariam corrompidos e poderiam virar criaturas piores do que demônios.



Ravi, sabia que se ele matasse Raquel, travaria uma guerra contra os Astaroths, e isso causaria grande caos e pânico sobre a terra, também sabia que o medo por essa raça não era apenas por parte dos anjos, eles eram temidos pelos deuses.
“Falarei com Enuma Elish, sobre isso” — Pensou Ravi.




Ele saiu sem agradar ao Deus Maat, e certamente seria desagrado de outros deuses.




Ravi se teletransportou para a dimensão dos orcs.





Estava no topo de uma montanha refletindo sobre os princípios morais dos deuses.
“Querem fazer parecer que meu pai é perigoso por querer que cada um cuide da sua vida… Os humanos são capazes de se cuidar, deviam deixar que tivessem o real livre arbítrio! Os humanos culpam os demônios por suas más ações, mas não sabem que eles só vão onde são chamados, porque, na verdade, são originados deles.”
Ravi acreditava que se um humano pratica o mal, ele o chama para si próprio, ou seja: um ser humano que procura praticar o bem está repreendendo os espíritos malignos (os demônios), e o ser humano que faz o inverso, que gosta de ferir seus semelhantes, que cultiva sentimentos negativos e perversos dentro de si, atrai com muita facilidade esses mesmos seres.




Enquanto refletia sobre os deuses e os humanos. Ariel, uma general do exército asas amarelas, vai até ele.



Continua...

Comentários

  1. "Os humanos culpam os demônios por suas más ações, mas não sabem que eles só vão onde são chamados, porque na verdade são originados deles" Essa não entendi.

    ResponderExcluir
  2. O Edson gosta de Granite Falls hein xD
    E meu Deus que treta! Será que no final Ravi vai aceitar essa "missão"? Atenta...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Edson gosta de natureza, acampar e curtir uma fogueira. Granite Falls é o lugar certo pra isso.
      Ravi pode não aceitar, mas a pressão é grande sobre ele.
      Obrigada por ler e também comentar, Cat.

      Excluir

Postar um comentário