Black Wings 09






Essa história é meramente fictícia, foi escrita e inventada por mim.
Usei referências de muitas histórias, filmes livros e lendas.


Amanhece em Sulani.




Emanuelle acordou cedo e foi conhecer outros lugares da ilha.




Já fazia três dias que ela estava de férias.




Os dias estavam ficando entediantes para Emanuelle, ela não conseguia ficar muito tempo longe do trabalho. Ser médica era prazeroso e gratificante para ela, pelo menos os dias de férias na ilha serviram para tirar o medo do mar.




Mais tarde, já no resort.




“Que tédio… acho que está na hora de voltar para San Myshuno, vou passar uns dias lá e depois vou para Selvadora.”




Uma pessoa interrompe os pensamentos de Emanuelle.




Kaleo conversou sobre o acontecido na noite passada, entre ele e Emanuelle, e Makoa foi pedir desculpas em nome do irmão.



— Boa tarde, Emanuelle!
— Boa tarde, Makoa.
— Tá tudo bem? Vim conversar sobre o cabeçudo do meu irmão… Peço desculpas.
— Não precisa se incomodar, eu já esqueci.





— Eu me incomodo, sim, fui eu que te convidei pra almoçar lá em casa, aquele moleque idiota não deveria ter te tratado daquele jeito!
— Eu tive culpa também, dei liberdade demais e ele confundiu as coisas… Kaleo é imaturo, agiu por impulso, mas não foi muito longe, coloquei ele no seu devido lugar!
— Meu irmão é um bom garoto, mas ele pensa diferente de nós. Ele é imaturo mesmo, age sem pensar e se entusiasmou com você, que é tudo o que ele quer. Uma garota bonita e que mora na cidade, perfeita para o que ele quer fazer!




— É... eu acho que entendi. Ele me disse que quer sair da ilha, morar na cidade e conhecer novos lugares.
— Idiota!
— Eu não acho ele um idiota, só quer algo diferente de você!
— Kaleo não pode fugir do seu destino, ele tem que entender isso… nenhum de nós pode!
— Destino? Podemos seguir o caminho que escolhermos, essa crença de destino traçado, eu não acredito nisso. Deixa o seu irmão ser quem ele quiser ser!




— Você não entende sobre nossas crenças. Kaleo não pode sair da ilha.
— Acho vocês estranhos e me dão um pouco de medo, mas gosto de vocês. Eu não entendo isso mesmo, só acho que Kaleo tem que ser quem ele quiser e não o que vocês quiserem, mas é claro que eu não posso me meter na vida de vocês.
— Eu queria poder sair da ilha também, mas esse é o nosso mundo, não podemos ficar longe por muito tempo… Você também tem o seu destino, Emanuelle, vai saber quando chegar a sua hora.
— Eu já sei qual é o meu destino: salvo vidas, sou médica, e já tá na hora de voltar pra minha vida!




— Um dia você vai voltar aqui, voltará diferente de agora, e então vamos nos entender.
— Mas já estamos nos entendendo, e talvez eu venha mesmo, acho que vou trazer uma amiga junto comigo — Emanuelle rir. — Lívia adoraria conhecer Kaleo, ela nem ia reclamar do jeito apressadinho dele.
— Vem, eu sei que vou te ver de novo. Obrigado por ter desculpado o meu irmão, ele se arrependeu muito do que fez.


  — Pede para ele desencanar, eu entendo que sou irresistível! 

— Ahh, você é mesmo, tremenda gata! — Os dois riram juntos.  



Makoa se despede de Emanuelle, pressentindo que aquela não seria a última vez que iriam se ver.




Logo depois:




“Já chega de sol…, na verdade, já chega mesmo, vou voltar para San Myshuno hoje!”




“Não sei por que estou triste, esse lugar é maravilhoso, mesmo que eu não tenha tido sucesso na minha paquera com o Kaleo… e ainda tem o rosto daquele homem, ele não sai da minha cabeça nem um segundo, a imagem dele, aqueles olhos me olhando… Quem será ele?”




  Horas mais tarde:
Emanuelle conversou com Mainara, a dona do resort, e lhe informou sobre a mudança de planos e que ela estaria voltando para sua cidade.





— Que pena, eu gostei muito de ter você como hóspede e espero que volte!
— Eu também gostei de ter me hospedado aqui, escolhi bem antes de vir e não errei, vocês são excelentes no atendimento, pessoas boas e carismáticas, se eu voltar vou me hospedar aqui novamente.
— Muito obrigada, querida, estaremos esperando a sua volta e, se puder, indique o nosso resort para os seus amigos.
— Indicarei, com certeza!



  Domingo, verão.
Emanuelle estava de volta a San Myshuno.



“Finalmente em casa! A ilha estava ótima, mas o meu cantinho é tão bom.”




“Eu mal chego e já tenho que atender aos pedidos da Liv!”




  “Oi, Tedy, tudo bem com você? Eu voltei e prometo te levar na próxima vez que eu for viajar!” — Tedy, o urso que Max, o amigo de infância, deu a ela.  





Lívia havia convidado Emanuelle para ir em uma festa, uma balada. O clube era o “Nefertite” e estava sob nova direção.
— Tá bom, Liv, eu vou, apesar de estar muito cansada, porque eu acabei de chegar de viagem! Mande o endereço para mim.




“Eu vou, sim, estou precisando de agitação, dançar um pouquinho vai me fazer bem.”




Noite:




Emanuelle está indo para o Nefertite.





Nefertite.
Então, Lúcifer estava na terra, seis dias se passaram desde que Ravi foi falar com ele. Lúcifer comprou a boate “Nefertite”, reformou e deixou a seu gosto, ele estava hospedado lá, foi onde escolheu ficar até o dia de voltar para o inferno.




No andar de cima, Lúcifer reservou uma cabine vip só para ele, porém, naquela noite, ele esperava um convidado especial.





— Então, é esse o lugar que escolheu para ficar enquanto passa os seus dias na Terra?
— E tem lugar melhor? Estou em ótimas companhias aqui.
— Você sempre dando importância aos prazeres carnais!



— Meu caro Ravi, posso aproveitar os meus dias na Terra da forma que eu quiser, não estou violando nenhuma regra, estou?




— Não… Estando com essa forma, você pode se relacionar como quiser com os humanos, mas já sabe. Não deve interferir na vida deles, portanto, cuidado com o que você faz!
Lúcifer podia ter relações sexuais com os humanos, no entanto, não podia mudar o curso da vida, ou seja, não intervir na morte ou na vida, não pode engravidar nenhuma mulher, e nada desse tipo.



Metatron, como havia prometido a Lúcifer, foi ao planeta Terra para interagir com os humanos e para isso teria que ir como um deles, não poderia aparecer como um anjo, vestiu-se e assumiu sua aparência humana, isso não diminuía seus poderes como acontecia com outros anjos, porém, essa forma trazia algumas fraquezas e emoções humanas. Ravi não estava confortável com sentimentos e sensações estranhas.



Passaram-se quase uma hora, Ravi bebeu e conversou com Lúcifer, não quis interagir com nenhuma das garotas que estavam ali, ele mal olhava para elas.





Lúcifer até tentou convencê-lo a se sentar com uma delas, mas Ravi deixou bem claro que não iria mudar de ideia, então ele não insistiu mais.
— Você tinha que comprar esse lugar? Só vai passar poucos dias aqui.
— Eu não gosto de hotéis, e o ex-dono é filho de um velho amigo meu, vou dar de presente a ele novamente, quando eu voltar para o inferno.
— Faça como achar melhor!



— Como se sente na forma humana Ravi?
— Estou bem, apesar de não apreciar esta forma.




  — A forma humana, a mais querida e adorada criação dos deuses!… Os humanos são tão complexos e, ao mesmo tempo, tão simples, eles têm a liberdade para amar quem quiser, escolher o caminho que vai seguir, diferentes de nós que já nascemos com nosso caminho traçado, e se não andarmos por ele, pagamos com a morte, ou a eterna servidão. — As garotas achavam estranha a conversa entre eles, mas Lúcifer havia dito para não darem importância ao modo como falavam ou sobre o que conversavam, e elas estavam sendo generosamente pagas. Ravi ouviu as palavras de Lúcifer, e nada disse, ele pensou um pouco: — “Devo admitir que essa forma de humano desperta sentidos diferentes, os cheiros, os barulhos, as músicas… é tudo tão intenso!” — Ravi, não queria que Lúcifer percebesse que ele estava começando a gostar de sentir essas sensações estranhas, era a primeira vez que Ravi assumira sua forma humana.  




Ravi se cansa de ficar sentado, as garotas apesar de belas não agradaram a ele.




— Já está indo Ravi? A festa nem começou, escolha uma das três e vamos nos divertir!




— Vou dar uma volta por aí, pode ficar com as três, elas não me agradam... São humanas!




 Meia hora antes:
Emanuelle chegou na boate.




Lívia já estava esperando há quase duas horas, ela havia chegado pouco antes da boate abrir e estava com dois amigos.





  — Até que enfim você chegou, Manu!



— Só você mesma para me fazer sair em pleno domingo e logo depois que chego de viagem!
— Ah, não fala assim, eu estava morrendo de saudades de você e estou acompanhada de dois gatos maravilhosos, eu vou te apresentar o seu!
— O meu?… Ah, não, Lívia, eu não quero ficar com ninguém, só vim para te fazer companhia mesmo. Você quase chorou no telefone, Lívia! Pelo amor de Deus, né?
— Ah, para de ser assim Manu! Eu tive que ser convincente, sei como você é chata pra sair de casa.
— Eu tô vendo que você já bebeu muito.




— Bebi, sim, mas eu tô bem… olha eles ali, vamos até lá que eu te apresento o Maicon!
— Tá, mas eu já disse que não vou ficar com ninguém.



Lívia apresentou os amigos para Emanuelle, e Maicon seria o indicado para ficar com ela, mas Emanuelle não estava com vontade de tentar se relacionar novamente, ela não se considerava boa nisso.





Todos se sentam para conversar e beber. Algum tempo depois, Lívia escolheu seu parceiro para aquela noite.
— Vamos dançar, Lívia e Kaio já tão dançando e eu tô doido pra te dar um beijo! — Maicon, estava certo que Emanuelle ficaria com ele.
— Eu não estou afim de dançar, mas obrigada por convidar. Na verdade, eu acho que vou tomar um ar lá fora… — “Ele só fala sobre academia, festas e mulheres, não gostei dele, a Lívia me paga! Já chamei ela para sair daqui, várias vezes e ela nem liga, acho que vou embora mesmo, deixar que se divirtam, foi um erro vir aqui, eu deveria ter ficado em casa descansando”.




Ravi, havia acabado de sair da sala onde Lúcifer se divertia com as garotas, olhou para baixo observando as pessoas no bar, e uma em particular chamou a sua atenção.
“Aquela garota, é a mesma do hospital!”




Continua...

Comentários

  1. Emanuelle é uma viciada em trabalho né?

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  2. Eita! Ravi e Manu se reencontraram.
    Me diz, fortes referências a série Lúcifer ou é impressão minha? xD

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    Respostas
    1. Finalmente se encontraram.
      Ahuahuahua! sim! Referências fortíssimas.
      Obrigada por está lendo e comentando, Cat s2

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