Black Wings 08




Essa história é meramente fictícia, foi escrita e inventada por mim.
Usei referências de muitas histórias, filmes livros e lendas.



Emanuelle participa da cerimônia do luau, os anciões fazem uma oração com o participante, que por sua vez se concentra em fazer um pedido ou pergunta aos espíritos. Ela não cumpriu com todas as exigências, a fogueira se apagou logo depois de Emanuelle ver o rosto de Ravi, no meio das chamas.





Os anciões oradores se assustam com o acontecido, a energia da imagem de Ravi era incomum e jamais sentida nas cerimônias que já tinham feito. Aka, o orador mais antigo e também tio de Makoa, pergunta para Emanuelle:
— O que você pediu para os espíritos?
— Eu não pedi nada, só olhei para a fogueira!
— Você não foi orientada antes de entrar?



  — Que showzinho barato foi esse?  Vocês pediram para um homem ficar atrás da fogueira? Para mim, já deu, bem que eu não queria participar disso!  



Todos ficaram assustados, a fogueira apagar significava um mau presságio.



“Que pessoas estranhas, eles com essas crenças idiotas e ainda fazem teatro para as pessoas acreditarem neles, vou voltar pro resort, que ganho mais!”




Emanuelle volta irritada para o seu quarto.




Emanuelle, fica pensativa antes do banho:
“O rosto daquele homem não é estranho, parece que eu já vi ele em algum lugar… Se for encenação deles, fizeram bem, porque as roupas dele pareciam urbanas, como se fossem da cidade, e que frio que eu senti quando ele apareceu lá!… Eu acho que foi aquela bebida estranha, tinha alguma substância desconhecida nela, só pode ter sido isso… Vou tomar meu banho e tentar dormir… Nada de deixar isso estragar suas férias, Emanuelle!”




Amanhece.




Emanuelle dormiu mal, estava cansada e ainda pensava sobre o acontecido da noite passada.





“Aquele rosto, eu não consigo tirar da memória… e se Makoa conhecer ele? Eu queria conhecer também… mas se ele faz parte do teatrinho, deve estar rindo de mim, e talvez seja até casado! Deus, vou enlouquecer mesmo?”




Emanuelle, perdida em seus pensamentos, não consegue esquecer Ravi.
Makoa decide visitá-la logo pela manhã.




Ela convida ele para entrar, e ele tenta acalmá-la sobre a noite passada.
— Primeiro, bom dia! Não precisa me olhar desse jeito só porque perguntei sobre o que viu ontem!
— Eu não quero falar sobre o que aconteceu ontem! Se veio para isso, já pode voltar!
— Fica calma, doutora, eu só quero ajudar você a entender.
— Como você sabe que eu sou doutora?




— Você me disse ontem, não lembra?
— Eu quero esquecer aquela palhaçada de visão na fogueira, sério que precisava daquilo?
— Você acha que foi armação nossa, né? Nem sabemos o que aconteceu com você, o que você viu lá?



— Ah, sério, isso? Tudo bem, vou entrar na brincadeira sem graça de vocês! Eu vi um cara, na verdade, um bem bonito, ele mais parecia um… anjo…? — Emanuelle tenta assimilar a imagem de Ravi, na fogueira, com uma memória escondida no subconsciente dela, mas não conseguiu lembrar, e continua falando — Mas todos sabemos que anjos não existem, então, esquece esse comentário fantasioso e desnecessário!




— É claro que existem!
— Você já viu algum? Pelo menos um?
— Não podemos ver, não na sua forma física, só na forma de energia.
— Ai, já chega! Eu não quero continuar com esse papo de sobrenatural, quero curtir minhas férias e relaxar!




— Tudo bem! Então, vamos almoçar na minha casa, minha esposa convidou você.
— Ela me convidou?
— Convidou, e meu irmão é o mais interessado em te ver.
— Quem é o seu irmão, ele é solteiro pelo menos?
— É sim. Lembra do dançarino de ula ula? Kaleo, é o meu irmão!
— Nossa, aquele gato, claro que lembro! Que horas eu vou?




Makoa não convenceu Emanuelle de levar a sério a visão que teve, mas não iria forçá-la a isso. Ela aceitou seu convite para almoçar com a família dele, os dois trocaram números de telefone e combinaram a hora para ela ir. Makoa lhe passou o endereço pelo gps, localização em tempo real.




Mais tarde, na casa dos Ekualo (sobrenome da família de Makoa, que significa: próspero guardião).




Emanuelle estava indo para o almoço a convite de Makoa e sua esposa Kaylani.




Ela é recebida por Kaleo, e logo que avistou Emanuelle, foi correndo para recebê-la.




— Olá! Makoa mora aqui?
— Mora, sim, sobe até aqui, moça, pode entrar!
— Tá… eu vou até aí…




— Emanuelle, né? Prazer, meu nome é Kaleo!
— O prazer é meu!
— Vamos entrar, o almoço já tá pronto!
— Claro. Obrigada!




Dentro da casa. Makoa e Kaylani dá as boas-vindas para Emanuelle, e apresenta seu filho.

— Que lindinho, ele se parece com você.

— Ele herdou a minha beleza e inteligência, mas a força é do pai! — Kaylani fala toda orgulhosa, do seu filho.




Todos se sentam à mesa para comer o feijão com salsichas que Kaylani preparou. O bebê já havia almoçado e estava brincando enquanto eles comiam.





— Fiquei feliz por ter vindo almoçar com a gente. Makoa gosta de você e eu também gostei, você tem uma energia ótima. Ele me disse que você é médica, você salva vidas é por isso que sua energia é clara.
— Ahh… obrigada… eu não entendo bem de energias, mas salvo vidas, sim, não perdi nenhum paciente até agora.
— Você é especial, Emanuelle…
— Ah, não!… Eu sou normal como qualquer outro médico.


Depois do almoço. Kaleo e Emanuelle foram conversar e se conhecer um pouco mais.





Os dois conversaram, Kaleo falou um pouco sobre os costumes da ilha, de um modo menos formal do que seu irmão Makoa. Emanuelle achou engraçado o jeito dele falar e ficou mais à vontade durante a conversa.



Minutos de conversas depois, os dois resolveram entrar na água e pilotar os jet-skis. Emanuelle nada falou sobre seu receio de entrar na água, não ficou com medo porque eles iam ficar perto da casa no lado raso.




Os dois pilotavam muito bem, Emanuelle, apesar do medo, estava se divertindo, Kaleo dava um show de pilotagem.





Depois foram andar na areia e conversar um pouco mais. Emanuelle, apesar de achar que Kaleo pensava diferente dela e que ele não servia para um relacionamento sério, se interessou por ele de momento.





— Eu não penso em viver a minha vida inteira aqui na ilha, vou terminar minha faculdade de biologia marinha e depois quero viajar pelo mundo exercendo minha profissão.
— Isso é bom, Kaleo, se é isso que você quer, corra atrás dos seus objetivos.
— Minha família inteira viveu aqui nessa ilha por gerações, eu não quero isso pra mim… Meu irmão, Makoa vai seguir a tradição da família, ser um mergulhador até se tornar velho e depois virar um orador ancião, mas eu não!


  — Seguir a tradição de sua família tem que ser uma opção e não dever, se Makoa quer seguir e isso faz ele se sentir bem, então é bom, nós temos que fazer o que nos deixa felizes.  





— Eu penso desse jeito… Eu posso te falar uma coisa?
— Claro!
— Você é muito gata, tem namorado?
— Não, sou solteira, e você pode me beijar se quiser!…
— Tá falando sério?



— Eu tô, sim, vem cá?!… — Emanuelle não perdeu tempo e tomou a iniciativa dando um beijo em Kaleo, ela não estava querendo um relacionamento, mas uma companhia amorosa enquanto estivesse na ilha, seria bem-vinda.





— Uau!… que beijo gostoso! Acho que eu vacilei, né? Deveria ter beijado você assim que chegou.
— Não, foi no tempo certo.




— Quer beber alguma coisa?
— Não. Agora eu tenho que ir, preciso ligar para o meu irmão e responder uns e-mails.
— Posso ir te visitar mais tarde?
— Vou adorar se você for.
— Então eu vou!



Já eram cinco horas da tarde e Emanuelle teria que voltar ao resort. Kaleo acompanhou-a até perto de onde pegaria o moto táxi (moto que presta serviço de táxi, porque a ilha tem mais estradas de areia do que asfalto e assim fica mais fácil se locomover pela ilha de Sulani).




— Tem certeza de que não quer que eu vá te deixar?
— Tenho, espero por você mais tarde.




Eles se despedem:





Noite, 19:00.



Como combinado, Kaleo foi visitar Emanuelle.





— Olá! É aqui que mora uma médica muito gata?
— Não é aqui não, mas serve eu?



Os dois brincam um com o outro, Emanuelle dá as boas-vindas a Kaleo, com um beijo caloroso.




— Que bom que você veio, quer beber um vinho que eu trouxe de San Myshuno?
— Eu quero, deve ser muito bom.






— Quantos dias faz que você chegou em Sulani?
— Dois dias, cheguei ontem pela manhã.
— Vai ficar quantos dias?
— Pretendo ficar cinco dias e depois vou passar em outra cidade, Selvadora.
— Já ouvi falar sobre Selvadora, é uma cidade pequena como Sulani, mas em vez de mar ela é cercada por uma floresta, né?




— Na verdade, ela fica dentro da floresta, tem que ir pelo rio Selvadora para chegar até onde eu quero me hospedar.
— Eu bem que poderia ir com você, me aventurar na floresta com uma gata como você?…
— Seria legal mesmo… mas não vai ser possível, de lá eu volto para casa.




Algum tempo depois:
Emanuelle percebe que Kaleo já está sob o efeito do vinho que estão bebendo, já era a quinta taça, ela pede licença e se levanta para ir ao banheiro.





Mas ela não esperava que ele fosse atrás.
— Espera, Kaleo, eu preciso ir ao banheiro! Você pode me esperar lá?
— Posso, mas eu não consigo parar de olhar pra você… Vamos tomar um banho juntos, tá fazendo muito calor!
— Agora, mas eu já tomei banho e passei hidratante, se entrar na água salgada agora…




— E quem disse que eu tô falando de água salgada?
— O quê…?
— Quero entrar no banheiro com você, tomar banho no chuveiro… não vejo a hora de te ver sem essas roupas, você tem uma bundinha linda.



Kaleo estava empolgado demais, ele pensou que Emanuelle estava gostando do jeito que ele se comportava, já que foi ela que tomou a iniciativa de beijá-lo, e o efeito do vinho também ajudava na sua empolgação indevida, pois Kaleo não tinha costume de beber tanto.



— Que bunda linda, tira a roupa, deixa eu te ver nua?




— Ficou louco, o que você acha que está fazendo?





— Tomando a iniciativa! Você tomou primeiro quando me beijou!
— Idiota!… Só porque te beijei não quer dizer que pode transar comigo quando quiser!
— E as bebidas? Você me chamando aqui toda gostosa desse jeito?



— Que infantil você é. Eu queria companhia, uma que fosse agradável e talvez tivesse chance de rolar algo mais, se você não fosse tão apressadinho.
— Me desculpa, então… eu achei que você fosse pensar que eu sou mole!
— Mole…?
— Trouxa, sabe?… Vocês, garotas da cidade, são…
— Fáceis!… é isso, Kaleo?
— Não, não é bem isso!




— Olha, é melhor você ir embora!
— Emanuelle, me desculpa?
— Tudo bem, mas por favor saia, depois conversamos!




— Tá, eu vou…

Kaleo, sai triste do resort.




“Ele não tem toda a culpa, acho que eu fiz isso acontecer, mas foi tão precipitado, imaturo…”




Emanuelle se decepcionou com Kaleo, mas não ficou com raiva dele.



“Acho melhor eu desistir de tentar me relacionar com alguém… Sou um fracasso mesmo. Nem só para curtição dá certo?”




Continua...

Comentários

  1. Emanuelle não acredita no sobrenatural? Quero só ver oque aconteceria se ela desse de cara com uma sereia aí em Sulani.

    A gata já chegou arrasando corações aí em Sulani. Os 2 irmãos interessados nela.

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    1. Verdade Tatsumi, ela despertou interesses dos dois, mas Makoa deixou o caminho livre para o irmão, que não soube esperar!
      Obrigada pelos comentários! Bjs!

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  2. Claro, claro é tudo culpa da bebida xD
    Como convencer a Manu a ir em qualquer rolê: vai ter um gato solteiro lá ahauhau
    Gente! Que desastre esse jantar!

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