Essa história é meramente fictícia, foi escrita e inventada por mim.
Usei referências de muitas histórias, filmes, livros e lendas.
Quarta-feira,
sepultura dos pais.
“Pai e mãe… hoje me despeço de vocês com mais calma e menos desespero, mas a tristeza continua a mesma, a saudade aumentou muito desde que vocês morreram… eu me sinto livre agora para sentir tudo que queria, não preciso esconder a dor, já chorei muito esses dias, lágrimas que não foram derramadas, porém, agora me sinto melhor. Sei que vocês não vão voltar e, se estão em um lugar melhor, o qual é o que meu irmão acredita, e é o que eu quero acreditar também, eu fico mais tranquila pensando assim. Se existir esse lugar, vocês merecem estar lá. Adeus, meus pais, nós amamos muito vocês!”
Emanuelle se despediu dos pais como queria, aceitando a morte e não a partida. O irmão acreditava que eles não estavam mortos e sim em outro lugar, que a passagem para outras dimensões era feita em espírito. Edson acreditava nisso, porque seus pais acreditavam, mas Emanuelle sempre foi cética quanto as crenças dos pais, mesmo tendo a mesma educação que o irmão, ela nunca quis seguir a religião deles, e depois que seu melhor amigo morreu, ela perdeu um pouco da fé que tinha nos anjos, que a mãe mais do que o pai, amava.
Depois de terem feito uma oração em nome dos pais, ela foi embora. Agora iria para Sulani, tirar férias, descansar do trabalho no qual tinha se apegado como bote salva-vidas para amenizar o que estava sentindo.
Ainda na terça-feira. Glimerbrook. Cidade onde existe um portal para outras dimensões, invisível aos humanos, visível para alguns demônios e outras criaturas poderosas, no entanto, só os anjos podem usar. O portal liga a dimensão 5 para outras dimensões, uma criatura poderosa, ou demônio de hierarquia maior, pode ver, mas não se atreve a passar, pois fazendo isso sua energia vital será consumida até a sua morte real.
O anjo Ravi Metatron estava indo visitar a sua mãe, ele iria tentar fazer o favor que prometeu a Lúcifer.
A Deusa Enuma Elish morava em um castelo de cristal, o mesmo era responsável pela energia dos portais. Havia vários outros portais em dimensões diferentes, o castelo ficava em uma rocha flutuante no espaço de uma dimensão paralela às outras.
Nem todos os anjos estavam autorizados a ir até lá, mas Ravi ia quando queria, afinal ali ficava a casa de sua mãe. Ravi não a visitava com frequência, os deveres como general dos anjos e os de sua mãe como um dos deuses não facilitavam para que isso acontecesse.
Mesmo que um anjo ou até mesmo outro ser conseguisse chegar até lá, as estátuas e os cristais roxos (ametistas energizadas), que estavam ao lado delas, drenariam a última centelha de vida ou energia que restasse em quem não fosse autorizado a passar.
Os cristais roxos estavam em toda parte, e na porta, duas guardiãs guerreiras treinadas em magias poderosas, e se precisassem usar a força física, estavam mais do que preparadas.
Sobre as ametistas: A pedra ametista lilás é a pedra da transmutação. É a pedra das energias espirituais e da proteção energética, por ser uma pedra capaz de transmutar energias negativas em energias benéficas e muito positivas.
— Ele está aqui, Camila! — A guerreira Agda, que estava à direita (com batom azul), estava particularmente feliz em ver Ravi.
— Pelos Deuses, Agda, se contenha, por favor?! — Camila, advertiu a amiga.
— Seja bem-vindo, meu príncipe! — Agda, o cumprimenta com empolgação.
— Obrigado, Agda, mas é desnecessário o título de príncipe, sou um general, apenas isso!
— Mas isso já é demais, é uma honra sem tamanho estar no comando de exércitos celestiais.
— Tudo bem, obrigado!… Irei ver Enuma Elish agora.
— A sua mãe, a deusa rainha, o aguarda feliz e ansiosa por vê-lo!
— Devo agradecer por me lembrar quem é a minha mãe, Agda? — Ravi responde ironicamente.
— Não precisa! Estou sempre à sua disposição, meu príncipe… quando e onde quiser!
— Vou me lembrar disso, quando eu precisar.
— Estarei esperando ansiosa…
Terminando a conversa. O anjo entra no castelo de sua mãe, ele irá vê-la.
— Você perdeu o juízo, eu não acredito no tamanho do seu atrevimento!
— Está me ofendendo, Camila, eu não perdi o juízo, sei até onde posso ir! Só quis tirar ele do sério e funcionou! Viu o sorriso lindo que consegui arrancar dele?
— Vi, sim, mas não entendi nada. Ele é sempre tão sério, o que aconteceu aqui?
— Não finja que não entendeu, você sabe que precisa ser mais íntima para conseguir um sorriso daquele?!
— Você quer dizer que…?
— Sim, nós trepamos!
— Eu não ouvi isso, eu não ouvi isso!! — Camila estava incrédula e boquiaberta com a revelação de Agda.
A Deusa Enuma Elish já estava à espera do seu filho, Ravi Metatron.
— Bem-vindo, meu filho, que alegria eu sinto ao ver você.
— Minha senhora, eu também me alegro em ver você!
— Ravi, meu filho amado, você quase não me chama de mãe. — Enuma se entristece por Ravi não chamá-la de mãe.
— Me perdoe, é o costume, quando nos vemos, você sempre está rodeada de assessores e outros deuses.
— Eu sei, querido, fiquei muito feliz quando soube que viria. O que traz você até mim, meu filho, sei bem que não é só saudade da sua mãe.
— Capturamos todos os demônios fugitivos. Lilith foi a responsável pela fuga deles, não quer cumprir com sua obrigação, está sendo uma péssima carcereira, temos que puni-la e não a Lúcifer!
A Deusa ouve atentamente o seu filho enquanto ele fala:
— Deixei o último sob a responsabilidade de Lúcifer, acredito que terá a punição que merece.
— E ele teve, virou areia de almas, está nutrindo o solo do submundo agora, mas eu acho que você está querendo me falar mais do que isso, alguma coisa em particular com o governante do submundo: Lúcifer, o caído?
— Você está lendo os meus pensamentos?
— Sabe que não podemos mais ler os pensamentos dos anjos, e mesmo se eu quisesse ler os seus, eu não conseguiria. Você é mais do que um simples anjo, é um arcanjo.
— Eu conversei com ele, me pediu um favor, que achei muito justo e possível de fazer.
— Você conversou com o impuro e ainda quer atender um favor pedido por ele?… Nada do que ele quer é justo, ele é um caído e consegue corromper almas.
— Acalme-se. Lúcifer não tem poder de corromper a minha alma, não sou fraco, sou seu filho!
— Eu sei e não duvido da sua força e sua pureza, sua alma não se corrompe. Mas o que ele lhe pediu, meu filho?
— Já faz cinquenta anos terrestres que ele não sai do inferno. Lúcifer quer tirar férias!
— Cinquenta anos terrestres, isso não é nada! Ele quer ir visitar a dimensão 5, para fazer o que mais gosta, promover o caos e a discórdia!
— Isso é um direito dele, não é? Enki, deu esse direito a ele. Lúcifer pode visitar a terra e interagir da forma como quiser com os humanos, nesse tempo que ficará por lá.
— Não é exatamente assim, ele pode interagir com os humanos, porém não pode mudar nada em suas vidas, não pode afetar a vida humana com as suas… interações.
— Não entendo o porquê de ir à terra, ficar no meio de criaturas tão frágeis e inferiores, não entendo como Lúcifer perde seu tempo com eles?!
— Porque você é puro, meu querido filho! Os humanos não são tão frágeis assim, foram feitos à nossa imagem e semelhança, portanto, têm qualidades e forças de que precisamos. Devemos amá-los como filhos e irmãos, sendo as criaturas perfeitas que nós fizemos. Lúcifer não os ama dessa forma, e nem pudera, ele não é um Deus e nem mais um anjo, ele os trata como seus bichinhos de estimação, os humanos só servem para diversão, por assim dizer.
— Os Deuses não pensam tão diferente dele, eles também já brincaram e ainda brincam com as suas criações.
— Você não pode comparar Lúcifer, o caído, com um de nós! Muito cuidado com o seu modo de pensar, Ravi Metatron, se continuar a pensar assim terá o mesmo destino do seu pai!… Um Deus supremo reduzido a um mero governante de um planeta insignificante.
— O meu destino certamente seria governar no lugar de Lúcifer, já que ele está muito entediado, cansado de ser o senhor do inferno! — Ravi, responde em tom de provocação à sua mãe.
— Que absurdo é esse? Você jamais será como Lúcifer!! Estou preparando você para assumir o meu lugar, e não menos do que isso. Você será um Deus!
— Tudo bem, exagerei um pouco e peço perdão… Sei que não podem me rebaixar a tanto, diferente de Enki, pai de Lúcifer, Enlil garantiu nosso lugar e importância diante do conselho celeste, ele nos amou até a última esperança, enquanto Enki, condenou o filho a viver naquele lugar fazendo o trabalho sujo que ninguém quer fazer, e por isso acho justo ele descansar por vezes, você não concorda?
— Já basta!! Sempre atendo os seus pedidos, você é o filho do meu ventre, meu único filho… Ainda amo o seu pai, lamento pelo que aconteceu com ele, e sei que estou aqui graças ao poder e posição que ele me garantiu, o meu dever é honrar esse mérito e tornar você no que ele foi um dia, por isso tenha cuidado com o que fala, seja cauteloso, seja obediente e eficiente quando precisarem de você… Quanto ao Lúcifer, vou ver o que posso fazer, mas porque você me pediu, eu não acho que ele mereça mais nada de nós!
— Obrigado, minha mãe, por atender esse meu pedido. Serei o general que sempre fui, obedecerei sem questionar!
— Que assim seja, Ravi!
Ravi,
reverencia Enuma e sai.
“Não posso deixar que nada e ninguém atrapalhe os meus planos para Ravi, nem mesmo ele!”
Os Deuses possuiam características físicas diferentes as dos anjos, possuiam a pele muito branca, alguns tinham a pele cinza e os olhos pareciam ter o mapa da galáxia, os de Enuma eram grande e azuis cheio de estrelas, os cabelos lisos, finos, longos e brancos, seus cílios extremamente longos da cor do cabelo. Isso acontecia por causa de sua luz e poderes celestiais.
No dia seguinte:
Depois de conversar com a deusa Enuma Elish, Ravi viajou rapidamente ao submundo para dar a notícia a Lúcifer.
Dessa vez, Ravi não levou Levi, ele estava em um trabalho rotineiro em outra dimensão. Quem estava com Ravi era Nathanael, um de seus soldados.
O guardião das portas de Lúcifer aguardava por eles. Nathanael esperaria do lado de fora, com Adramalech.
Ele entra e os dois cumprimentam-se. Lúcifer sabia que seria uma boa notícia, Ravi estava de bom humor. Então, lhe oferece uma bebida, e Ravi aceita.
— Você está autorizado a tirar suas férias, porém apenas por um mês dessa vez.
— Apenas por um mês, por que tão pouco?
— É difícil de saber por quê?… Fugas recentes de suas celas, uma carcereira irresponsável! E você, o ser mais poderoso do inferno, quer tirar férias? Não sei por que teve piedade de Lilith, deveria tê-la castigado, certamente estaria melhor atrás das grades sendo drenada e torturada.
— Ela terá o seu castigo quando eu voltar.
— Ela já não tem mais acesso aos portais, se sair do inferno ficará presa na floresta sombria, será banida para uma dimensão qualquer e será mortal sem direito à reencarnação!
— Tirar a imortalidade de Lilith? Isso não é possível, não podemos ser como os mortais!
— Nós não, mas ela sim. Lilith é uma criação do começo da humanidade, ela já foi humana e pode voltar a ser uma novamente.
— Ser mortal seria o pior castigo para Lilith, na verdade, é uma condenação direta!
— Pois é, e você teria que renunciar ao cão fiel. Para o caso de isso acontecer, Adramalech irá assumir o lugar dela, ele voltará para o portão 2!
— Não será necessário, Ravi, eu vou cuidar de Lilith! Muito obrigado por conversar com Enuma Elish. — Lúcifer não queria condenar Lilith e muito menos perder o seu fiel Adramalech.
— Seja grato, agindo da forma correta quando estiver por lá, ela pediu por você, não nos envergonhe diante do conselho.
— Vou seguir as regras dessa vez, mas só porque você me fez esse favor. Apesar de estarmos em lados diferentes, nos entendemos bem, não é mesmo, primo?
— Sem exageros, Lúcifer!
— Ahh, eu não estou exagerando, e tem mais, convido você a tomar um drinque comigo quando eu estiver na Terra.
— E por que eu iria? Não gosto da dimensão 5, os humanos são criaturas irritantes! Gosto mais dos Orcs!
— Não precisa conversar com eles, apenas observe, é divertido! Eu também gosto dos Orcs, mas ainda prefiro os humanos.
— Vou pensar, depois falo com você.
— Vamos, Ravi? Você sabe que comigo não tem enrolação, e pode ir em segredo, como um humano, os anjos não vão saber.
— Não tenho nada a esconder de ninguém, posso ir aonde eu quiser sem dar satisfações!
— Então por que não vai?
— Tudo bem, eu irei, mas tenho certeza de que vai ser uma perda de tempo. — Ravi aceita o convite de Lúcifer para ir tomar um drinque na Terra e observar os humanos. Dito isso, ele encerra a conversa.
Depois
da conversa:
Os dois anjos saem do Inferno.
Minutos depois. Adramalech e Empusa já tinham sido comunicados que, naquele mesmo dia, Lúcifer iria para a Terra.
— Eu não gosto disso, ele está muito próximo desse anjo, será que tá querendo redenção? Lúcifer tá agindo diferente, você não percebeu isso, Adramalech?
— Eu também não gosto de ficar aqui sem Lúcifer, mas você está exagerando como sempre, guarde sua língua venenosa dentro dessa boca ou vai perdê-la!
— Vai me punir de novo, vai fazer o quê dessa vez, me trancar no poço de almas? Eu não ligo, é até mais divertido do que ficar com vocês dois!
— Sua cobra repulsiva, sempre disseminando a discórdia!
— Adramalech, o cão fiel… sempre pronto a obedecer! Sou sua única diversão aqui, sei que sentiria minha falta se eu partisse. Vou trabalhar agora, mas queria tomar um banho com você mais tarde, teremos muito tempo a sós já que Lúcifer vai tirar férias!
— Vai logo, demônio!
Empusa se retira.
“Ela tem razão… Lúcifer está mesmo diferente.”
Continua...
Agda levando o filho da chefe pra o mal caminho
ResponderExcluirAcho que o tempo não foi legal com a Enuma
Emanuelle tem q ir mesmo para Sulani. Já percebi que ela tem vício em trabalho e é bom tirar férias as vezes.
Pois é, os anjos também namoram kkkk
ExcluirSobre Enuma: os Deuses adquirem essa aparência devido ao excesso de poder e luz
Emanuelle, tem mesmo vício no trabalho, uns dias de férias cairá bem, mas não sei se ela consegue ficar tanto tempo longe!
Obrigada Tatsumi!
Agda safadinha, comendo o Ravi com os olhos!
ResponderExcluirE esse Lúcifer ainda vai aprontar!
Agda, já provou do que é bom kkkkk
ExcluirAcho que vai mesmo, mas Ravi pode vigiar ele.