Black Wings 05




Essa história é meramente fictícia, foi escrita e inventada por mim.
Usei referências de muitas histórias, filmes livros e lendas.


Oasis Springs, três dias depois: terça-feira de manhã.



Levi Purah observava uma família: uma mulher e duas crianças, que brincavam juntas. A menina era 3 anos mais velha que seu irmão, a mãe olhava enquanto eles brincavam.




Levi estava observando anônimo. Os humanos não podiam ver os anjos a menos que eles deixassem.



Ele olha para a jovem mãe, sentada no banco, com um olhar triste e vazio.




Uma mulher se aproxima dela.




— Esse lugar deveria ter banheiros separados, o vaso todo molhado desses homens nojentos que não sabem levantar uma tampa pra urinar! Acredita nisso?!
— Acredito, sim, por isso nem uso, só faço xixi quando chego em casa!





— Mas eu não consegui segurar, estava quase fazendo xixi na calcinha!
— Você é doida, né, Giovana? — As duas riram.




— Marcela, deixa eu te perguntar uma coisa, você não vai ficar chateada comigo, né?
— Não sei, você tem que me perguntar primeiro pra ver!
— Os teus filhos são lindos, mas essa menina é diferente… os olhos dela, o jeito que ela fala às vezes, me dá até medo, sabe?… Desculpa, amiga, mas você não lembra mesmo de nada, de quem é o pai dela?




A mulher, mãe das crianças, é Marcela. A razão pela qual Levi Purah não ascendeu ainda. Ele foi submetido a um julgamento diante do conselho celeste, mas com a intervenção de Enuma Elish, que pessoalmente defendeu Levi, amigo de seu filho Ravi. Ele foi absolvido.
Levi se apaixonou por Marcela quando ela morava no convento, ela tinha apenas 17 anos. Levi foi até lá para capturar um espírito de energia negativa escura, estava na forma de humano e iria dar aulas para as jovens do convento; para capturar a criatura ele teve que assumir também a forma humana, se esconder e esperar até o momento certo, foi quando Levi teve seu primeiro contato com Marcela, uma mulher humana, viveram um romance de dias e ele se apaixonou depois Marcela engravidou.




— Não, eu não lembro de nada! No convento, não havia homens, não sei o que aconteceu nem como pude ficar grávida, eu era virgem! — Marcela se entristece ao lembrar do passado.
— Me desculpe, amiga, não queria te deixar triste.
— Sei que Lua é uma criança diferente, mas encaro isso como um milagre, ela é muito inteligente e amorosa.
— Ela é mesmo, mas fico assustada com as coisas que ela me diz. E o seu marido, o Diogo, nossa, ele é um santo, adora essas crianças, não só o filho, mas a menina também, até parece que ele é o pai dela, claro, se ela não fosse diferente assim, daria para dizer que é mesmo filha dele.
— O meu marido é uma benção mesmo, mas não é o pai dela e eu não quero enganar minha filha. Obrigada por me dizer isso, mas por favor, para de falar que a Lua é diferente, se não vou começar a ficar mesmo chateada com você.
— Tá bom, desculpa!… É que ela me disse uma coisa estranha ontem, fiquei nervosa, mas deixa pra lá…




“Um dia vou ter que falar sobre a menina para o Ravi, sei que serei julgado por isso, e dessa vez serei condenado. Eu só queria poupar a vida da minha filha, uma nefilin, que não será aceita, eles vão querer matá-la. E os poderes dela estão se manifestando mais rápido do que previ… Marcela pode morrer se eles descobrirem sobre Lua, nossa filha… Eu não queria fazer você sofrer assim, meu amor, daria tudo para estar ao seu lado, mas não tive escolhas.”




“Eu preciso encontrar um jeito de retardar os poderes da Lua, e não deixar que eles a matem… ela não tem culpa do que fiz, as duas não têm culpa dos meus erros!”




Levi deixa o parquinho, ele voltaria a ver as duas, mas em outro dia.




Um portal se abre e Levi voltaria para o seu trabalho.





De repente. Marcela sente um arrepio no corpo, levanta para olhar, mas não consegue ver nada.
— O que foi Marcela, tem alguém vindo?



  — Não, eu só tive uma sensação estranha, como se tivesse alguém aqui…, mas já passou.  




  “Que estranho, eu hein! Por isso, a filha é esquisita também. Coitado do Diogo, um homem tão bom, não merece essa doida e sua filha esquisitinha!” — Giovana estava assustada com as revelações que Lua fez para ela. A menina disse que Giovana sofreria um acidente e não andaria mais, mas Giovana não levou a sério, pois Lua sempre falava em mortes.  



No mesmo dia, em San Myshuno:





Cidade Alta:




No apartamento de Emanuelle, Edson tentava convencê-la a tirar férias em Granite Falls.





— Por que tirar férias em Sulani? Você adora acampar, adora natureza e essas coisas de natureba. Eu acho que deveria ir para Granite Falls, eu já ia alugar uma casa perto de uma linda cachoeira para você ficar esses 10 dias.
— Eu quero ir para Sulani, adoro acampar, mas também amo o mar, praia, água de coco, corpos bronzeados — Emanuelle ri ao falar em corpos bronzeados — e tudo mais que tem na praia. Eu já comprei passagens de ida e vinda, vou para Sulani!




— Tudo bem, se eu não posso te convencer do contrário… espero que se divirta e fique longe de barcos e lanchas!
— Não se preocupe, maninho, eu vou voltar bem… O que aconteceu com nossos pais foi um acidente, não quer dizer que vai acontecer o mesmo com a gente se entrarmos na água novamente. Você também deveria ir ao mar. Desde que eles morreram, a gente nunca mais foi à praia.




— Eu não gosto quando você fala assim!
— Assim como? Na forma correta de se falar? Eles morreram sim!
— Eles partiram, estão vivendo em um lugar melhor!





— Edson! Você sabe que isso não é verdade, já está na hora de aceitar isso: eles morreram!
— Manu, sei que você está abalada com tudo que vem acontecendo: a venda da casa onde crescemos, os carros que nossos pais usavam e o resto dos bens que faltavam…
— Não, Edson! Estou bem, você é que não está. Estou cansada do trabalho e muito preocupada com você, de como ficou quando descobriu que tínhamos dinheiro mais do que pensávamos. Você é quem não está bem com isso, meu irmão… ficar chateado com nossos pais por privar a gente de ter uma vida de privilégios é normal.
— Eles devem ter tido motivos para isso.
— Claro que tiveram, ou talvez estavam reservando o dinheiro para outra coisa melhor, para o futuro, quem sabe… O que importa isso agora?




— Nada! No final, acabamos sem eles, e ficamos com o menos importante: o dinheiro.
— Mas estamos nos saindo bem, não é?
— É claro que estamos, você é uma mulher e tanto, eu me orgulho de você.
— Eu te amo tanto, meu irmão, também me orgulho muito de você!



Quando os pais de Emanuelle e Edson morreram, deixaram uma herança para os filhos. Os dois não imaginavam que os pais tinham tanto dinheiro, a família Torres, na verdade, era muito rica, mas viviam uma vida simples, sem luxos.




Os filhos foram criados sem muitos privilégios, estudaram em escolas públicas e fizeram faculdade de medicina, sendo bolsistas (ganharam bolsas para fazerem a faculdade).





Emanuelle terminou a faculdade há apenas 1 ano, e estava exercendo a profissão desde que terminou.




Com a repartição dos bens, ela comprou um apartamento considerado luxuoso e bem localizado. Quando crianças, ela e o irmão dividiam o mesmo quarto.




“Edson não tem coragem de ir até o cemitério, mas eu vou!”




As coisas mais valiosas entre os bens eles venderam: casas de aluguel, terrenos que ainda nem haviam sido construídos, carros que eles desconheciam, e joias que eles nunca viram sua mãe usar, os bens que eles conheciam, como a casa onde cresceram e os carros que eles usavam, foi o que mais demoraram a vender, e Edson ainda não estava bem por isso, ele estava dividido entre a dor e a mágoa, por eles esconderem a riqueza deles, no entanto, Edson tentava esconder da irmã esse sentimento de mágoa.




No dia seguinte, Emanuelle foi visitar a sepultura dos pais, eles foram enterrados em um cemitério particular de Windenburg.




Windenburg foi a cidade onde os pais nasceram, se conheceram e se casaram.




Os corpos foram sepultados, com caixões lacrados.





O coveiro e orador da capela, é quem cuidava do cemitério. Emanuelle e o irmão faziam doações consideráveis para manter o túmulo dos pais em perfeito estado.




Desde o sepultamento, eles não visitavam o cemitério, conversavam por telefone com o coveiro.





Os Torres tinham uma verdadeira adoração pelos anjos, eles colecionavam estátuas de anjos, as que foram colocadas nas sepulturas estavam guardadas no porão da casa deles, com outras estátuas, avaliadas em consideráveis quantias.




O motivo dos pais esconder essa fortuna em dinheiro e bens dos filhos era um verdadeiro mistério.




Continua...


Comentários

  1. Caramba! Esse Levi tá se mostrando um verdadeiro Deus Grego.

    Acho que os pais da Emanuelle esconderam a fortuna dos filhos pra eles não ficarem como a Cecilia da minha historia.

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    1. É mesmo kkkk, mas a fraqueza dele é compartilhada viu, outros anjos cederam aos pecados com as humanas, Levi foi descuidado.
      Quanto aos pais de Emanuelle, talvez sim ou talvez não? Vamos descobrir o real motivo com o decorrer da história. Obrigada Tatsumi!

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  2. Caramba! Essa Emanuelle é bem gatinha!

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    1. Oiii! Obrigada por acompanhar a história, e que bom que gostou da Manu! Obrigada!

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  3. CHOCADA com o anjo que tem filho com uma humana xD isso me lembra muito uma passagem da bíblia que pede para as mulheres se cobrirem para evitar os olhares dos anjos as cobiçando.

    "— Eu não gosto quando você fala assim!

    — Assim como? Na forma correta de se falar? Eles morreram sim!

    Essa banheira da Manu é a cara da riqueza!!

    Quero saber porque os pais escondiam essa grana toda, hummmm

    — Eles partiram, estão vivendo em um lugar melhor!"
    Morri que o Edson parece estar falando com uma criança xD

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    1. Os anjos são atraídos pelas filhas dos homens, humanos da Terra.
      Até os deuse já caíram no charme das humanas, né?
      O Edson, é meio traumatizado com esse negócio de morte.

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